À mensagem da minha-mai-nova "queres vir jantar?" dei a resposta costumada "Isso é uma pergunta ou um convite?", no retorno ela remete-me um sorridente emoji que não deixava dúvidas, e fui.
Na mesa, éramos seis: as filhas próximas, os respectivos genros e o neto, o Diogo. O Mário preparou o repasto e também o serviu. A minha-do-meio animou-me o copo com um néctar que me deu gozo desde o primeiro golo. E não foi necessária muita garfada, para o tema chegar: a dependência da tecnologia.
Cada um de nós lançava uma tese. Umas eram refutadas, outras aceites. E falou-se dos comportamentos, das famílias desestruturadas e das que não o sendo aceitam como inevitável o uso intensivo, falou-se da escola distante, dos professores desmotivados que enjeitam a responsabilidade de fazer o quer que seja. Falou-se desde o corte com o tradicional ambiente familiar até ao negócio das multinacionais que alargam a produção de jogos a jovens criativos que desenvolvem software cada vez mais apetecível e sofisticado e terrível.
Quem diria que o vídeo abaixo se refere à publicidade a um jogo que mantém 100 milhões de jovens simultaneamente ligados, num jogo onde a proximidade com a realidade não é nada inocente e em que cada jogador do "League of Legends" é um potencial recruta...
Este vídeo conta com 333.594.220 visualizações...
E assim passou um agradável jantar em família .
ResponderEliminarSim... e o Mário cozinha divinamente!
EliminarVisualizei o vídeo que é deveras interessante.
ResponderEliminar...é deveras... monstruoso!
EliminarQue bom poder conviver com os filhos e os netos, nem para todos isso é possível.
ResponderEliminarAh, e não havia telemóveis por ali... comentámos isso. No fim o Diogo pediu para aceder ao seu huawei (lá teve de ser)
EliminarQue tema, Rogério!
ResponderEliminarO refrão repete constantemente; "Somos os guerreiros que, a partir do pó, construíram esta cidade"...
Como responder-te se nenhum jogo online, com excepção do xadrez, me é simpático?
Deverei retratar-me e aceitar que a poesia não passa de um jogo de palavras e conceitos? Recordo que me é frequente usar o soneto como guerreiro de uma causa que passa pelo enriquecimento de todos, mas... sobretudo pela sua própria sobrevivência no palco da literatura do futuro...
Hummm, sei onde está a diferença! Os meus pobres sonetos têm um muito reduzido número de leitores e NÃO visam alienar nem encher de dinheiro os bolsos de ninguém. Acertei?
Abraço grande para ti e para a tua linda família!
Maria João,
EliminarNão fazes a mínima ideia do que falo, nem do significado do vídeo. Tinha escrito aqui um extenso comentário, que não ficou gravado. Pifou. Não o repito deixo-te isto
Abraço de macaco
Ok, Percebo, mas mantenho o que disse, embora obviamente descontextualizado por culpa do extenso comentário que "pifou"...
EliminarAbraço de bípede primata :)
São bons os encontros de família.
ResponderEliminarNo dia 4 juntaram-se 68 descendentes do avô materno do meu parceiro, num enorme piquenique, ao ar livre, obviamente.
Ainda não há sinais de vírus e o encontro foi organizado por uma médica. :)
Já ontem fui convidada para almoçar por uma amiga que também está sozinha e o tema de conversa da tarde teve a ver com a a crença/descrença no Além.
Um tema também interessante mas sem conclusões.
Abraço
Eu, avô
Eliminarnão tenho descendência
tão extensa
mas foi bonito
quanto ao tema
foi sobre a dependência onde o jogo é o expoente máximo a que se chegou... triste
Abraço
Bem, acabei agora de lhes somar mais uma visualização, confesso é demasiado barulhento e rápido para a minha cabeça, deixei-o logo nos primeiros minutos :)
ResponderEliminarMas sei, porque estou atenta, como "isto" afecta os nossos jovens e não só.
Todos alienados ( o que convém , não é verdade ? )
Mas o que importa agora, é que o meu amigo, passou junto da sua família, um bom serão !
Um beijinho
Meu Pássaro Azul,
EliminarSe fossem todas as reacções como a tua, o jogo não seria o que é... e estamos preocupados pois o meu neto, o Miguel, é um jogador compulsivo...
em tempos falei disso, aqui
Beijinho
Depois de apreciar o "repasto" familiar, reparei numa expressão, em particular - "dos professores desmotivados que enjeitam a responsabilidade de fazer o quer que seja." Não gosto nada de generalizações que servem ideias feitas a martelo. Sei que a preocupação e o sentimento de incapacidade proliferam, mas também sei que a nossa Escola precisaria de "poderes mágicos" para construir um exército capaz de desafiar o fascínio que este tipo de produtos exerce sobre os jovens de hoje, inseridos numa sociedade que se constitui a obreira da escola que temos. Inevitavelmente, por mais que "nos" doa.
ResponderEliminarFalar, em família, das preocupações comuns é um bom princípio.
Lídia
Olá, Lídia,
EliminarOportuno o seu reparo. Mas não deixo de reafirmar, sem generalizar, que a escola e os professores vêm registando cada vez menos condições para poder responder... claro que não lhes imputo qualquer culpa... A Escola precisa mesmo de "poderes mágicos" e eu sei quem luta por dar-lhos!
Quando ao bom princípio, ainda eu não era nem pai quanto mais avô e já a família o fazia... é hábito enraizado!
Que bom vê-la por aqui
O convívio familiar foi excelente, o tema de conversa, deveras preocupante.
ResponderEliminarAbraço, saúde e uma boa semana