10 outubro, 2021

UM JANTAR EM FAMÍLIA, COMO HÁ TANTO NÃO ACONTECIA


À mensagem da minha-mai-nova "queres vir jantar?" dei a resposta costumada "Isso é uma pergunta ou um convite?", no retorno ela remete-me um sorridente emoji que não deixava dúvidas, e fui.

Na mesa, éramos seis: as filhas próximas, os respectivos genros e o neto, o Diogo. O Mário preparou o repasto e também o serviu. A minha-do-meio animou-me o copo com um néctar que me deu gozo desde o primeiro golo. E não foi necessária muita garfada, para o tema chegar: a dependência da tecnologia. 

Cada um de nós lançava uma tese. Umas eram refutadas, outras aceites. E falou-se dos comportamentos, das famílias desestruturadas e das que não o sendo aceitam como inevitável o uso intensivo, falou-se da escola distante, dos professores desmotivados que enjeitam  a responsabilidade de fazer o quer que seja. Falou-se desde o corte com o tradicional  ambiente familiar até ao negócio das multinacionais que alargam a produção de jogos a jovens criativos que desenvolvem software cada vez mais apetecível e sofisticado e terrível.

Quem diria que o vídeo abaixo se refere à publicidade a um jogo que mantém 100 milhões de jovens simultaneamente ligados, num jogo onde a proximidade com a realidade não é nada inocente e em que cada jogador do "League of Legends" é um potencial recruta...

Este vídeo conta com 333.594.220 visualizações...

16 comentários:

  1. Visualizei o vídeo que é deveras interessante.

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  2. Que bom poder conviver com os filhos e os netos, nem para todos isso é possível.

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    1. Ah, e não havia telemóveis por ali... comentámos isso. No fim o Diogo pediu para aceder ao seu huawei (lá teve de ser)

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  3. Que tema, Rogério!

    O refrão repete constantemente; "Somos os guerreiros que, a partir do pó, construíram esta cidade"...

    Como responder-te se nenhum jogo online, com excepção do xadrez, me é simpático?

    Deverei retratar-me e aceitar que a poesia não passa de um jogo de palavras e conceitos? Recordo que me é frequente usar o soneto como guerreiro de uma causa que passa pelo enriquecimento de todos, mas... sobretudo pela sua própria sobrevivência no palco da literatura do futuro...

    Hummm, sei onde está a diferença! Os meus pobres sonetos têm um muito reduzido número de leitores e NÃO visam alienar nem encher de dinheiro os bolsos de ninguém. Acertei?

    Abraço grande para ti e para a tua linda família!

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    1. Maria João,

      Não fazes a mínima ideia do que falo, nem do significado do vídeo. Tinha escrito aqui um extenso comentário, que não ficou gravado. Pifou. Não o repito deixo-te isto

      Abraço de macaco

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    2. Ok, Percebo, mas mantenho o que disse, embora obviamente descontextualizado por culpa do extenso comentário que "pifou"...

      Abraço de bípede primata :)

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  4. São bons os encontros de família.
    No dia 4 juntaram-se 68 descendentes do avô materno do meu parceiro, num enorme piquenique, ao ar livre, obviamente.
    Ainda não há sinais de vírus e o encontro foi organizado por uma médica. :)
    Já ontem fui convidada para almoçar por uma amiga que também está sozinha e o tema de conversa da tarde teve a ver com a a crença/descrença no Além.
    Um tema também interessante mas sem conclusões.

    Abraço

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    1. Eu, avô
      não tenho descendência
      tão extensa
      mas foi bonito
      quanto ao tema
      foi sobre a dependência onde o jogo é o expoente máximo a que se chegou... triste

      Abraço

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  5. Bem, acabei agora de lhes somar mais uma visualização, confesso é demasiado barulhento e rápido para a minha cabeça, deixei-o logo nos primeiros minutos :)
    Mas sei, porque estou atenta, como "isto" afecta os nossos jovens e não só.
    Todos alienados ( o que convém , não é verdade ? ​)
    Mas o que importa agora, é que o meu amigo, passou junto da sua família, um bom serão !

    Um beijinho

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    1. Meu Pássaro Azul,

      Se fossem todas as reacções como a tua, o jogo não seria o que é... e estamos preocupados pois o meu neto, o Miguel, é um jogador compulsivo...

      em tempos falei disso, aqui

      Beijinho

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  6. Depois de apreciar o "repasto" familiar, reparei numa expressão, em particular - "dos professores desmotivados que enjeitam a responsabilidade de fazer o quer que seja." Não gosto nada de generalizações que servem ideias feitas a martelo. Sei que a preocupação e o sentimento de incapacidade proliferam, mas também sei que a nossa Escola precisaria de "poderes mágicos" para construir um exército capaz de desafiar o fascínio que este tipo de produtos exerce sobre os jovens de hoje, inseridos numa sociedade que se constitui a obreira da escola que temos. Inevitavelmente, por mais que "nos" doa.

    Falar, em família, das preocupações comuns é um bom princípio.

    Lídia

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    1. Olá, Lídia,

      Oportuno o seu reparo. Mas não deixo de reafirmar, sem generalizar, que a escola e os professores vêm registando cada vez menos condições para poder responder... claro que não lhes imputo qualquer culpa... A Escola precisa mesmo de "poderes mágicos" e eu sei quem luta por dar-lhos!

      Quando ao bom princípio, ainda eu não era nem pai quanto mais avô e já a família o fazia... é hábito enraizado!

      Que bom vê-la por aqui

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  7. O convívio familiar foi excelente, o tema de conversa, deveras preocupante.
    Abraço, saúde e uma boa semana

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