https://francis-janita.blogspot.com/2021/10/so-vivendo-se-aprende-viver.html
Estão vendo aquele aviãozito, no canto superior direito da capa do livro? Fui nele!
Fui e vim, fui e vim, uma dúzia de vezes. Por isso a TAP deu-me, há cerca de 20 anos, o prémio de "passageiro frequente", cobrindo uma viagem gratuita para mim e para ela, à Madeira. Tal recompensa, devida aos milhares de milhas acumuladas pelas frequentes viagens, entre outras, a Moçambique ( já falei delas) arrastou-me outra a de "pensageiro" e que se traduz num frequente Pensando a Traço Fino que por aqui vão lendo.
Sobre Mia Couto, de quem citei ou escrevi vezes sem conto, diria que também lhe devo a ele a minha atitude na vida e a minha identidade...
Mia Couto, numa dessas viagens, apresentara um seu livro (e soubera a bordo) em Maputo, mera escala, no meu destino a Cahora Bassa e eu, que queria tanto conhece-lo, fiquei a "chuchar no dedo". Voltei a "chuchar no dedo" quando ele falou de sua obra, em Setembro de 2018, na Festa (Aquela Que Não Há Outra Como Ela).
Estas linhas foram inspiradas por aquele "Cantinho" nosso conhecido que trouxe ao seu espaço belas frases de Mia Couto. Como recompensa, publico um poema. Este:
Identidade
Preciso de ser outro
para ser eu mesmo
Sou grão de rocha
Sou o vento que a desgasta
Sou pólen sem insecto
Sou areia sustentando
o sexo das árvores
Existo onde me desconheço
aguardando pelo meu passado
ansiando a esperança do futuro
No mundo que combato
morro
no mundo por que luto
nasço.
Mia Couto
Homessa!...
ResponderEliminarVejam só que coisa mais bonita
Ou bem que o Cantinho linkado
fica em Cahora Bassa
ou, então...é da Janita!!!
Promete-me os louros
de primeira Pensageira
e atira-me à Barragem?
Quer eu queira
quer não queira?
Isso é pensar a grosso traço e provocar-me um embaraço.
Mas, Ok... Talvez eu lhe traga uma notícia que me orgulha mais do que isso.
O Engenheiro que andou em Moçambique a trabalhar nos Sistemas e Tecnologias de Informação da barragem, foi uma pessoa que me é muito chegada.
O moço estava no início da sua carreira e foi proposto pela Empresa onde havia feito o estágio.Já não recordo bem os pormenores mas descanse que irei saber... :)
Já está tudo conforme
EliminarNão me leves a mal
mas estava bem distraído
a ver o jogo de futsal
As minhas desculpas
Caro amigo, como poema com poema se paga aqui fica a minha retribuição.
EliminarCruzo as mãos
sobre as montanhas
um rio esvai-se.
Ao fogo do gesto
que inflamo
a lua eleva-se.
Na tua fronte
enquanto tacteias a pedra
até ser flor.
Mia Couto
"Promessa de uma Noite"
Tacteei a pedra
Eliminare surgiu uma flor vermelha
não é cravo, nem rosa
indistinta, contudo, bem cheirosa
confesso
que desconheço
que flor represente tal promessa
Como disse naquele Cantinho, que não é em Cahora Bassa, gosto imenso do Mia Couto de quem já li alguns livros, embora muito poucos perante a sua extensa obra.
ResponderEliminarAbraço e saúde
Leste poucos? Deixa
EliminarTambém não sou leitor compulsivo
Por vezes para satisfação
Basta ler um só livro
(de Camões apenas li Os Lusíadas
e alguns poemas avulsos)
Tudo de bom!
Abraço amigo
Sim, fui ler o "FINTADO POR UM VERSO".
ResponderEliminarCedo conheci a escrita do Mia. Desde a RAIZ DE ORVALHO, li todas as suas obras até ao momento em que deixei de ser vizinha de uma amiga com quem partilhava livros e entrei na minha fase de "pobreza material crónica". Já lá vão mais de trinta anos...
Abraço!
Não li a Raiz,
Eliminarli apenas "Terra Sonâmbola", "A Confissão da Leoa" e "O Último Voo da Flamingo". Doei estes livros e mais uma dezena de outros, de outros autores, à Associação de Moradores do Bairro do Pombal" e ficaram disponíveis para tertúlias e leituras colectivas...
(a pior coisa que se pode fazer a um livro é mantê-lo fechado e perdido num qq canto...
Sempre que quero reler uma passagem ou outra, sem problema... http://desacato.info/mia-couto-19-livros-em-pdf-para-download/
Abraço e... boas leituras (quando tiveres óculos)
Gosto muito de Mia Couto e já li bastantes mas não ao ponto de fazer poemas!
ResponderEliminarAbraço
Todos fazemos poemas
EliminarUns escrevem-nos
outros não
Abraço