As várias obras de ficção e de estudo dos problemas nacionais (com destaque para "A questão agrária em Portugal"), os trabalhos de tradução (O Rei Lear, de William Shakespeare) e de ilustração ("Esteiros" de Soeiro Pereira Gomes) e os desenhos e pinturas de Álvaro Cunhal, são alguns exemplos que projectam dele uma dimensão humana, que tende a apagar-se, na espuma dos dias, na luta política, na intolerância e no branqueamento do passado.
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Contudo, muitos não o esquecerão. Esses o farão perdurar na memória do tempo procurando, nessa dimensão humana, um caminho...
Ficam, do seu funeral, os testemunhos insuspeitos de seguidores e adversários políticos
Uma vida e uma obra de referência, Rogério... e um funeral digno de quem a viveu e protagonizou!
ResponderEliminarUm abraço.
Tinha 16 anos quando se deu o 25 de Abril e lembro-me muito bem de ouvir, anos a fio, o A.C., mas há uma coisa que tem de ser dita, ele repetia-se mesmo muito, desculpe lá Rogério, ele até podia ser uma excelente pessoa, mas aquela de que quando falava parecia que metia a cassete...até era verdade :)
ResponderEliminarAgora só espero que não fique chateado comigo por lhe falar francamente, mas não consigo ser de outra maneira.
Bjos
Rogério
ResponderEliminarHá Homens que ficam nas nossas memórias, mesmo que deles tenha-mos divergido. Obrigado por mais este seu post.
abraço
Cara Ana Paula
ResponderEliminarRecordá-lo-emos
Pela obra,
Pela ética.
Pela coerência
Na política, também aí o temos de o recordar pois algumas das suas propostas continuam com a discussão em aberto no seio da esquerda...
Acho eu!
Abraçinho
Isa,
ResponderEliminarAs papoilas são sempre vermelhas
A esperança é sempre verde
O céu é sempre azul
(As núvens que o cobrem só lhe escondem a cor)
As estações são sempre quatro
E Abril é sempre na primavera
Cada causa
gera sempre o mesmo efeito
Cada corpo, largado do espaço,
Chega sempre à terra
4+4 são sempre oito,
quer para dar, quer para receber
A família, o estado e a propriedade privada são criações humanas, foram sempre alteradas em ciclos longos da história humana...
Se me fixar nestas preocupações (natureza, conhecimento e destino do homem)e for coerente, minha boa amiga, o meu discurso será (e é) uma repetida mensagem, tão mais repetida quanto mais se diversificarem as afirmações de que tudo, ou parte daquilo é ao contrário...
Se hoje tivesse 16 anos também estaria aqui, com o seu útil comentário...
Aqui assino-me
"Cassete Rogério"
Caro Folha Seca
ResponderEliminarDedico-lhe o mesmo comentário feito à querida amiga Paula Fitas
Abraço
Rogério,
ResponderEliminarFiquei surpreendida com algumas coisas, tais como a tradução do Rei Lear e as pinturas.
Posso perguntar se é separável o homem da sua ideologia? Percebe o que eu quero dizer...
Beijo
Caro Rogério
ResponderEliminarAlvaro Cunhal faz parte de um conjunto de personalidades que em Portugal marcaram o nosso País e ficaram para sempre como grandes protagonistas do século XX. Dele guardo grandes recordações, umas directas outras indirectas. o Nick Name que hoje uso nestas coisas da blogosfera (como bem sabe) a ele se deve e foi com sentido pejorativo que a mim e a a mais uns quantos, ou a uns e a mais uns quantos, ele colou este epiteto.
No entanto os Homens ficam na nossa memória pelo que fizeram de positivo.
Acontece que hoje já depois de ler o seu post desloquei-me a meia duzia de Kms para levar a minha companheira ao massagista a uma terrinha que se chama Coimbrão. Como não sou muito de estar na sala de espera fui dar uma volta pelas imediações. Estive frente a uma casa onde Alvaro Cunhal passou uns tempos "escondido". Como disse no comentário anterior há homens que nunca esquecemos.
Tive a felicidade de com ele ter convivido. Tive a infelicidade de com ele ter divergido e com ele ter discutido essas mesmas divergências. Guardo dele a imagem "do que antes quebrar do que torcer"
Meu caro desculpe a extenção do comentário, mas de vez em quando você mexe comigo.
Abraço
Olhe que o Rogério não tem nada de repetição no seu discurso e sabe que A.C. era capaz de repetir exactamente as mesmas palavras uma dúzia de vezes, sem mudar uma única vírgula :)
ResponderEliminarIsa,
ResponderEliminarDe facto procuro não me repetir...
Quando digo "Cuidado! A rosa é bela (por isso lhe chamam Rosa), mas tem espinhos..." e, mais tarde, falando da Rosa, não me repito e digo: "Os espinhos de uma Rosa são sempre arma de defesa perante quem a quer maltratar". Tenho! Eu tenho um discurso diverso.
Mas esse discurso dirige-se a si, ao Folha Seca, à Maiuka, à Ana Paula...
Se tivesse que me dirigir a operárias, trolhas, magarefes, pescadores de rio triste, balconistas e operadoras de "cal centers" eu teria de simplificar o meu discurso, centrando-o nas mensagens prioritárias, de forma a alertar, repetidamente,exactamente com as mesmas palavras, uma dúzia de vezes, sem mudar uma única vírgula:
"Cuidado! A rosa é bela (por isso lhe chamam Rosa), mas tem espinhos..."!
"Cuidado! A rosa é bela (por isso lhe chamam Rosa), mas tem espinhos..."
"Cuidado! A rosa é bela (por isso lhe chamam Rosa), mas tem espinhos..."
Claro que quem não gosta de rosas, quem se está borrifando para que alguém se pique ou que a rosa possa morrer por ser colhida... Esse alguém passaria a chamar-me lá vem o "cassete Rogério"! Tirem-mo daqui!
Beijo a quei sei que gosta de rosas
nãnãnãnã, isso não era repetição, seria uma lavagem cerebral lol
ResponderEliminarSeja a quem for, deve-se mudar o discurso mesmo que a mensagem seja a mesma, explicar sempre de várias formas, maneiras, com humor, por metáforas,...
porque sempre da mesma maneira, a mensagem acaba por cansar e, depois, acaba por entrar a cem e sair a mil lol
Bjos