Este post tem várias partes, se não tiver tempo, leia a parte que lhe é dedicada. Contudo há dois conceitos que são comuns a todas elas. São de consulta obrigatória, eles são
"Circulo Virtuoso da Economia" e
"Circulo Vicioso da mesma, dita Economia". !ª Parte, dedicada à minha mulher, desesperada por ainda não termos planeadas as fériasCavaco Silva lançou o repto. Não, não foi só um. Foram dois, sendo um deles mais ou menos encapotado. Ao primeiro, “Vá para fora cá dentro”, respondi de imediato, embora não tenha a certeza de ter interpretado bem. Estou candidato a acampar nos jardins do Palácio de Belém, pois entendo que por “cá dentro” Cavaco se estaria a referir à sua acolhedora residência presidencial… Como entender de outra maneira? Com “as medidas do costume” onde estará o poder de aquisição para aceder a um T2 no mercado paralelo, dois quartos num hotel de 3 ou 4 estrelas…O segundo repto, mais ambíguo, resulta do facto de ele parecer estar a passar recados ao Governo e, assim, estar alinhado com o meu "Circulo Virtuoso da Economia". Escrevo isto ao entender que Cavaco, ao defender que o consumo interno junto dos operadores nacionais de turismo e restauração, iria estimular a economia e, também, evitar a saída daquele dinheiro que deveria ser canalizado para as PME. A ambiguidade resulta do facto de, no seu longo curriculum político, Cavaco Silva ter estado sempre, sempre ao lado do povo… endinheirado. O mesmo é dizer, que sempre se manifestou pelo "circulo Vicioso da dita Economia". De forma sustentada por todos os ex-ministros da economia…
As PMEs poderiam ser o motor da economia. Poderiam ser a solução para o desemprego. Poder podiam, mas não são. Por várias razões e já vimos que, contradição das contradições, Cavaco Silva “gostaria” que fossem. No “Circulo Virtuoso”, não se atingiria o poder aquisitivo de milhões de portugueses que assim, poderiam manter a sua dieta intocável, comprar umas roupitas no pequeno retalho, andarem calçados como as pessoas,, comprar leite e pão com o IVA na conta certa e aceder a serviços públicos (agora em risco). Quem pagava o equilíbrio das contas? Outros que não os mesmos. Houve propostas para isso… O crédito privilegiaria as Micro e Pequenas
Empresas com menos de 10 trabalhadores (que segundo a Prodata, são cerca de 94% do total das empresas, incluindo as do PSI 20!). As Médias empresas, também em risco são cerca de 19 mil (segundo a Prodata, o que corresponde a cerca de 8,5% do total de empresas…) . Estão em risco porque estão descapitalizadas e mesmo as de exportação estão vendo as suas encomendas em risco, agora aumentado pelas medidas da Sr.ª Merkel com medidas semelhantes que levam os milhões de alemães a reduzir o consumo. Salvem-nas Lula da Silva, Hugo Chaves e o Rei de Marrocos, entre outros…
Sem consumo e sem crédito, ou com ele muito
mais caro, as PME levarão um rombo do caraças. E como empregam 2/3 da população activa. Adeus ò vindima… Queriam “clusters” sectoriais?
Bancos de Terras? Energia mais em conta? Combustíveis a preços acessíveis? Boa execução do
QREN? Mas não vão ter. Não vão ter, nem os patrões falidos terão onde se agarrar, em situação de
patrão desempregado…
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3ª Parte, dedicada a apoiantes de Manuel Alegre, desesperados pelas divisões da esquerda
Apoiem o gajo, mas apertem com ele! Isto de vir dizer, como ele disse ao 18º minuto da sua entrevista, que a política económica de Lula da Silva é que é bom (lembro que Lula é o pai do “Circulo Virtuoso da Economia brasileira), tem que ser apoiado. A imprensa de referência omitiu qualquer comentário a essas afirmações. Se as mantiver, fará o pleno da esquerda e terá com ele, cerca de 200 mil pequenos e médios empresários e muitos muitos dos seus trabalhadores… Se ele recuar, nada de Fernando Nobre. Podem, em alternativa, apoiar o próprio Lula (se é verdade que Pepe, Deco e o Levezinho é que vão safar a selecção de todos nós, porque não há-de Lula salvar o Portugal desses mesmos?).
4ª parte, dedicada aos “Gato Fedorento, desesperados por terem deixado de ouvir falar em “Nano, Mini, Micro, Pequenas e Médias Empresas”
Desde as últimas eleições, que a imprensa deixou de falar disto:
Deixaram de falar nas nano,mini,micro :))) pequenas e médias empresas porque, praticamente, estão todas em vias de extinção, ficamos, finalmente, a ser um país pequeno que passa a pertencer, a uma grande empresa, Sócrates & CªLda :)
ResponderEliminarGostei do titulo (cantiga do gafanhoto?)
ResponderEliminarNão sendo empresaria, não sendo para já apoiante de Manuel Alegre e já tendo visto os Gatos, meti a colher entre si e a sua mulher. Foi essa a parte que li... Pode decidir as férias em cima da hora. Há muitas casa de férias disponíveis.
Beijo da Maiúka
Li li todas as partes, mas o que o Rogério escreve sobre a Alemanha, volto aqui para comentar.
ResponderEliminarPara já respondo à primeira parte:
Obedeço ao Cavaco e faço férias em Portugal.
Antes de partir, deixo um desafio e um selo.
O selo não representa a Justiça, nem nenhuma das outras virtudes, representa sim, o "ematejoca azul".
Guarde-o bem aqui!!!
Caro Rogério
ResponderEliminarObrigado pela parte do post que me dedicou. Tenciono acrescentar qualquer coisa, durante o dia de hoje. Para já uma noticia que acabo de ler e que se enquadra.
Abraço
"Boas novas para as PME
09/06/10 00:05 | Económico --------
As pequenas e médias empresas (PME) têm uma boa e uma má notícia. A boa é que vão ter mais 1.250 milhões de euros de crédito à disposição no novo programa PME Investe VI. A má é que vão passar a pagar taxas de juro muito superiores.
Com efeito, as micro e pequenas empresas estavam, até aqui, a pagar a taxa Euribor em vigor mais um ‘spread' de 0,75% e vêem esse ‘spread' aumentar para 2%. Também as médias empresas, com classificação de PME Líder, que pagavam 1,75% de ‘spread' sobre a taxa Euribor, vão passar a pagar 2,75%, podendo ir até aos 3,37%, consoante o grau de risco de cada uma. Esta é uma consequência da subida do preço do dinheiro nos mercados internacionais e da necessidade de o Estado, no âmbito do plano de austeridade, reduzir a bonificação das taxas de juro. A nova linha de crédito para PME é, basicamente, idêntica às anteriores com algumas ‘nuances' importantes. A primeira diz respeito ao montante, de 1.250 milhões de euros, quando o normal nas anteriores era de 750 milhões. Além disso, a nova linha PME Investe VI vai dar um tratamento especial às empresas exportadoras, que terão uma cobertura de risco de crédito até 60%. Apesar de não resolver os problemas estruturais do tecido empresarial português, trata-se de um instrumento que vai apoiar as dificuldades de tesouraria das PME, com taxas de juro comportáveis para as empresas e para o Estado. Esta notícia é tanto mais importante quanto surge num momento em que os bancos estão a fazer uma selecção apertada e a colocar entraves à concessão de crédito às PME."
1-Sempre fiz férias cá dentro, já desisti de ter outra ambição.
ResponderEliminar2-Também vejo o dinheiro voar e eu a não conseguir alcançar.
3-Ainda não sei quem vou apoiar pois a mim ninguém me apoia.
4-Os "gato fedorento" também, já me cheiram mal.
Conclusão:
Todas as partes me eram dedicadas :-)
Já adicionei no meu post o seu "ponto 10" .
Um abraço
Fê
Isa,
ResponderEliminarEssa não!
Com que então:
"ficamos, finalmente, a ser um país pequeno que passa a pertencer, a uma grande empresa, Sócrates & CªLda :
seria a maior desdita
um verdadeiro monstro da concentração capitalista
Acredite, eu não vou deixar...
(tenho poderes insuspeitos)
Maiúka,
ResponderEliminarTem razão
Acampar no palácio presidencial
Não!
Há muitas cazas, de facto. Fiz 6 mails, recebi 8 ofertas. Entre 630 e 900€/ T2/semana...
Acho que o Folha Seca, vai interceder por mim, para a obtenção de crédito. Tenho direito pois, segundo os Gatos Fedorentos, sou uma nini-micro empresa...
Bjs da minha Teresa, agradecida
Folha Seca
ResponderEliminarBoas noticias para as PMEs?
passar dos actuais 1,75% de ‘spread' sobre a taxa Euribor e passar a pagar 2,75%?
Bom, verdade se diga eu não sei o que é um "spread" mas se diz que isso é bom, eu acredito...
(acho que os bancos também acreditam...)
Abraço deste
"Aprendiz de Financeiro)
ematejoca
ResponderEliminardisse-me que obedeceu a Cavaco. Mas na verdade a sua viagem da Alemanha significa entrada de dinheiro de fora para dentro a troco do seu "matar-saudades". Estamos, assim e rigorosamente, perante uma exportação. O Cavaco sobre isso disse nada.
Deu-me uma prenda sua
Deu-me uma prenda bela
Deu-me "ematejoca azul".
Vou mostra-la, orgulhoso, no meu melhor sitio. DEpois assegurar que fique lá no meu baú...
Beijos e gracejos
Fê
ResponderEliminarTodas as partes lhe eram dedicadas? Foi sem querer, juro.
Não lhe quero assim tanto mal... obrigar um passarinho azul a ler aquela tralha toda...
Beijolas e graçolas
Foi um gracejo, meu caro Rogério, eu não obedeço nem ao Cavaco, nem a ninguém!!!
ResponderEliminarA minha viagem a Portugal não significa um "matar-saudades".
Um dos sonhos da minha vida foi viver na Alemanha. Dizem até, que eu sou mais alemã do que o próprio Papa.
A minha "exportação" é devida à minha vontade de fazer férias longe da família, não interessa aonde, podia até ser na África, apesar de eu ser alérgica ao sol e ao calor.
Abração ainda de Düsseldorf!
Caro Rogério
ResponderEliminarQuando lhe “encomendei” este post, foi a propósito do saco em que meteram a maioria esmagadora das empresas e consequentemente responsáveis também pela esmagadora maioria dos postos de trabalho ainda existentes neste país.
A minha indignação é a classificação demasiado genérica de PMEs, que vão de 10 a 250 trabalhadores, ou seja cabe quase tudo, ficando de fora as, EDPs, CIMPORs, CTT, BANCOS e afins.
Quando, especialmente nos últimos tempos muito se fala dos apoios que as PMES necessitam, intencionalmente ou por ignorância mete-se no mesmo saco a pequena oficina que faz uns portões e tem 11 trabalhadores e factura milhão e meio de euros e uma J.P. Sá Couto qualquer com 249 trabalhadores e factura um balúrdio. Estamos a falar duma empresa que tem que enfrentar a concorrência e dar orçamentos à tangente para ganhar a obra ao seu concorrente e a empresa a que lhe são ( por obra e graça do Espírito Santo) entregues sem concurso, a encomenda de uns milhões de computadores pelo preço que querem (salvo seja).Este exemplo pode não se enquadrar no que respeita ao nº de trabalhadores, mas é só um exemplo.
Agora quando se trata de obter os tais apoios por aí propalados, sem qualquer duvida que medindo o risco, a 2ª é preferida em relação à primeira , não sobrando nada e meu caro Rogério isto já funciona assim há muito tempo, veja-se o dinheiro que a Europa para aqui despejou em fundos estruturais. Quem os recebeu?
Vejamos o ultimo “invest” que rapidamente esgotou os setecentos e cinquenta milhões de euros ( acho que era isto) onde foram parar, alguém sabe? Eu conheço algumas pequenas empresas que se candidataram, não conheço nenhuma contemplada e este “apoio era com o spreed a 0.75%
Podíamos exemplificar muito mais, mas como comentário já vou longe, concluindo:
PMES há muitas e aparentemente têm direitos iguais “mas umas mais do que outras”
Renovo os agradecimentos
Abraço
As nano, mini e micro empresas vão ser "papadas" pelos glutões, como no Monopólio , por isso eu vou mesmo passar férias fora do país e, quem sabe, deixar-me ficar por lá, porque essa ideia de passar uns dias em . Bento não me agrada. Ouvi dizer que o casal importou a moda das marquises para lá.
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