Vou acrescentando nomes. Hoje um poeta, (re)conhecido há bocadinho ["A gente não faz amigos, reconhece-os.", disse Vinicius}. E foi o que aconteceu. Porquê colocá-lo nesta interrogação sobre o Plano B? Leia o poema abaixo e responda-me você...
.
Como iremos dar de nós algum sinal
como iremos dar de nós algum sinal
exaltando de repente a madrugada
a fazer-se em tons de anil e quase nada
sugerindo o ressurgir de um madrigal?
ou tentar então unir o que é diverso
como soltar de nós a voz no tempo incerto
como trazer o sempre longe bem mais perto
e vesti-lo de coragem nalgum verso?
que o porvir não se faz de mãos fechadas
sem abrir essas mãos à vida acesa
que desperta os horizontes e alvoradas
uma estrada haverá tenho a certeza
por sabermos outrossim das mil estradas
que se abrem pela mão da Natureza.
Quase sempre quem um poema lê,
vê sempre mais do que o poeta imagina que se visse.
vê sempre mais do que o poeta imagina que se visse.
Isso por vezes é bom, por vezes é uma chatice
(neste caso não parece que o seja. E se for...)
Já conhecia o Jorge de outros blogs. Excelente!
ResponderEliminar(Um título muito Neruda, que me agrada)
Um poema que exalta a nossa coragem e que nos une!
ResponderEliminarAcho que é brilhante este poeta!
Vou ver!
beijinhos
Um outro poeta que não conheço, mas também não admira, uma vez que sou uma ignorante.
ResponderEliminarClaro que a CPLP faz parte do Plano B. Angola aí está a comprar bancos em saldo, o Brasil até ver está mais interessado na TAP, e o Relvas até anda a vender "formação na comunicação social" em Moçambique...
ResponderEliminarCara Ariel, isso é o Plano A. Até parece que não é de cá (eu sei que está a brincar, com o seu ar). O plano A, esse de que fala mereceu de Saramago o seguinte comentário:
ResponderEliminar"«Privatize-se tudo, privatize-se o mar e o céu, privatize-se a água e o ar, privatize-se a justiça e... a lei, privatize-se a nuvem que passa, privatize-se o sonho, sobretudo se for diurno e de olhos abertos. E finalmente, (...) privatizem-se os Estados, entregue-se por uma vez a exploração deles a empresas privadas, mediante concurso internacional. Aí se encontra a salvação do mundo... e, já agora, privatize-se também a puta que os pariu a todos.» Estes, nos CPLP ninguém, ninguém os vai querer...
Lindamente escrito.
ResponderEliminarMas esta na hora do poeta largar a caneta e agarrar a terra com as maos.
Estando agora eu num dos cplp, ( que nao Portugal), o que vejo e que para os cplp Portugal nao tem interesse para um Plano B, eles estao so agora a sair de uma verdadeira crise, e nao even muito interesse em ser ( outra vez?) usados.
Bjinhos
Paula
Estou com uma lombalgia.- lado esquerdo, acima da anca.
ResponderEliminarEscrevo com uma mão enquanto, com a outra seguro o saco de água quente. Já tomei um adalgur n, mas não senti melhoras.
Perdoa vir assim, com uma mensagem pré-feita. É contra meus princípios faze-lo, apenas o faço por ser uma situação excecional
Ha´algum médico por aí’
Só venho desejar um bom domingo.
bshell
Caro Rogério
ResponderEliminarSou do tempo em que olhavamos para o futuro e sabiamos (ou pensavamos) como o deviamos construir. Sou do tempo dos sonhos e da utopias.
Tambem sou do tempo em que nos querem fazer crer que não há um mundo melhor para construir. Apenas nos querem fazer crer que só há que subsistir.
Mas sou dos que ainda acredita que há que saber resistir e reagrupar forças para um mundo novo construir.
Peguemos nos poetas e no que eles nos dizem e percebamos que a utopia ainda não acabou.
Abraço. Bom Domingo
Obrigada por me dar a conhecer alguém que assim escreve.
ResponderEliminarUma semana boa.
Se a canela é a parte mais afrodisíaca do sonho... não vou esquecer a canela!!!
ResponderEliminarDesejo ao Rogério um domingo repleto de sonhos afrodisíacos...
Querido Rogério.
ResponderEliminar"Como iremos dar de nós algum sinal
exaltando de repente a madrugada...?"
Foi numa madrugada de há mais de três décadas atrás, que surgiu um novo Madrigal...
será que o Plano B
não exige novo sonho
de reerguer Portugal?
Beijnhos e bom Domingo.
Cerrar as mãos para que o futuro também se faça de mãos abertas.
ResponderEliminarSe ele há poema, em havendo quem lhe faça eco, cumpre-se o ciclo da vontade.
ResponderEliminarApenas ficará por cumprir o tempo incerto. Mas esse há-de ir chegando. Haja amor pela poesia... Claro, com as mãos bem mergulhadas na terra, sempre.
Grato e com um forte abraço, meu amigo, pelo destaque.
Jorge Castro
"que o porvir não se faz de mãos fechadas
ResponderEliminar"sem abrir essas mãos à vida acesa
que desperta os horizontes e alvoradas"
Não sei que plano serve. Se o A ou o B. Serve uma ideia de empenhamento na construção do futuro. Mas que futuro, se são tão diversos os caminhos quanto as vontades?
(Os caminhos da Natureza são os mais concensuais,levam-nos às origens, quando os homens eram todos iguais e verdadeiramente livres.
L.B.