Por cada texto escrito, aqui, diariamente, eu leio milhares de palavras: leio frequentemente para optar sobre o tema que devo escolher ou fundamentar os meus escritos; leio o que se escreve e o que escrevem amigos. A estes quase sempre deixo um comentário, de improviso. Essa tarefa diária de o fazer, vai-me marcando cada vez mais a impressão de que meus amigos se afundam na vã procura de uma felicidade que entretanto afirmam inalcançável. Parece que foram tomados pela desilusão de, durante o que lhes resta da vida, chegarem a ela um dia. A mim, se fosse dado a depressões, deprimir-me-ia mais que não se procure a harmonia das coisas, o seu equilíbrio e que para isso não se procure, na relação com o outro, as pontes para entendimentos mais estáveis do que as que estimulam os sentidos, o prazer, a paixão, ou o inverso de tudo isso... Vivemos numa sociedade que se deixou envolver por um individualismo atroz que a si próprio se engana e que serve para enganar (ou distrair) os outros. E esses outros a outros ainda. Será por isso que um meu poeta dedicou aos "netos dos meus netos" as suas memórias? Talvez, pois não vejo nem nestas nem nas próximas gerações qualquer apetência ou mesmo aptidão para outras procuras que não seja essa vã tentativa de chegar à felicidade individual...
HOMILIA DE HOJE
«Eu não gosto de falar de felicidade, mas sim de harmonia: viver em harmonia com a nossa própria consciência, com o nosso meio envolvente, com a pessoa de quem se gosta, com os amigos. A harmonia é compatível com a indignação e a luta; a felicidade não, a felicidade é egoísta.»
A Harmonia pressupõe várias felicidades.
ResponderEliminarÑão existe na vida felicidade todo o tempo, mas sim momentos de felicidade,mas ela não se procura, porque não existe um lugar para tal, estas gerações estão mais virados para coisa materias do que para emoções, raras excessões.
ResponderEliminarBeijinho e uma flor
Sem ser pessimista nem ter tendências depressivas... ainda... a felicidade tornou-se numa utopia. A não ser que se considere aqueles momentos fugazes em que se sente euforia que interpretamos como felicidade para depois dar lugar à realidade, não obstante harmoniosa, mas longe de ser felicidade. Acredito no bem estar, num equilíbrio harmonioso (sem redundâncias), físico e emocional durante os quais as pessoas se sentem bem com a vida. E isso, por si só, é um estado que nem todos podem ou têm a oportunidade de sentir mas deverá ser uma meta a alcançar. De qualquer forma, e recordando uma pessoa amiga: “we should count our blessings.”
ResponderEliminarAm I making any sense?! : ))) filosofia barata (a minha), expressão que li algures e que achei gira…
Na minha opinião a procura da felicidade é tudo o que existe, é tudo o que é possivel perseguir, no entanto a identidade da felicidade varia com a maturidade da percepção entre o experimentado e o estimulado.
ResponderEliminarAbraço livre
Presentemente, a desarmonia impera... diria que o mundo está completamente desiquilibrado... parece que um manto negro se abate sobre os mais fracos... mas quem sabe... há 50% de possibilidades para os dois lados... só é preciso uma ideia que, como cola, os agarre e se dê um clic... ou não... mas a felicidade, a harmonia... está sempre nas mãos do todo... apesar de as quererem convencer do contrário.
ResponderEliminarSe calhar também não faço sentido ao explicar... mas, pelo menos, faz sentido para mim :)
Bjos
Caro Rogério
ResponderEliminarTalvez a felicidade hoje seja um estado a que o ser humano tenha dificuldade em chegar. Os meios de comunição vão-se encarregando de nos lembrar que isso foi "coisa" que acabou. Vamos aproveitando os pequenos momentos da dita e procurar viver em "harmonia",pelo menos com a a nossa consciência.
Abraço
Rodrigo
ocupam-se tanto com a tal felicidade que esquecem de sim, harmonizarem-se com cada dia, consigo mesmos.
ResponderEliminarDe repente, um café no final da tarde, num lugar tranquilo pode ter uma conotação de infinito.
E Saramago eu desfruto .
Barbara
Existem momentos felizs e isso é importante, até para podermos suportar os que não são.
ResponderEliminarEm vez de harmonia eu digo serenidade, mas estou falando da mesma coisa.
Boa semana, amigo meu
Nem mais!
ResponderEliminar"A felicidade é egoísta"
Beijinho
Ná
Palavras sábias e cheias de sentimento humano.
ResponderEliminarComo já disseram, o homem constrói muitos muros e poucas pontes... não vão querer invadir a sua felicidade.
Um beijinho.
Este post parece escrito para mim.
ResponderEliminarPrecisava dele!
Beijinhos meu amigo
"Eles não sabem nem sonham..."
ResponderEliminarUm beijo
sábias palavras - as do nosso escritor. e as tuas...
ResponderEliminarabraço
A felicidade não existe! Há momentos felizes e mais nada. Alguns desses momentos vêm da leitura dos poetas, o seu (que também é meu) e outros!
ResponderEliminarBeijos poéticos...
Saramago
ResponderEliminarquando escreve àcerca da felicidade
vai muito longe
Terá Saramago razão. A felicidade é apenas o momento. Depois a vida...
ResponderEliminarHoje em dia o poder partilhar berves momentos com os nosso familiares, sejam eles avós, tios, filhos com saúde já é uma felicidade imensa.
ResponderEliminarO resto vai-se batalhando dia a dia.
Embora os meus textos por vezes sejam "escuros" até sou bastante colorida e depressões é que não, não tenho tempo para elas, eheh.
Beijo
O mosaico da felicidade nunca poderá ser completado, sob pena de nos tornarmos vazios de esperanças.
ResponderEliminarAinda um dia espero poder sentar e conversar contigo longamente. Tenho certeza que mais uma pecinha colorida vai ser anexada a minha mandala.
Um grande bj querido amigo