---------------------------------------------------------------------------------------------------------------Foto retirada daqui
Era uma tonalidade tão bela que só poderia ser obra de mulher
a afastar o sol no horizonte. Chamei-lhe Maria do Sol
"Passado um declive muito acentuado, a coluna subiu uma ravina pouco inclinada e avistou o aquartelamento. Logo a seguir, mais de uma centena de soldados vieram ao nosso encontro gritando coisas diversas. Fixei apenas uma exclamação: «Olha a nossa salvação!» E éramos. Vínhamos render aquela gente e por isso estavam tão felizes. No céu, para onde olhei inadvertidamente, talvez para perceber de que lado estava Deus, se com a satisfação dos que iam regressar se com a tristeza dos que acabavam de chegar, apenas vi uma tonalidade avermelhada e calma do sol a partir. Era uma tonalidade tão bela que só poderia ser obra de mulher a afastar o sol no horizonte. Chamei-lhe Maria do Sol e ela antes de a estrelada noite aparecer, pareceu-me ter dito: «Rogério, amanhã o sol voltará, para te alegrar a Alma…»"
Rogério Pereira, in "Almas que não foram fardadas", pág. 33
As mulheres t~emessa capacidade infinita de consolação de quem sofre...
ResponderEliminarTudo de bom
Fui espreitar de onde vinha a foto e fui parar ao flip...vinagre e achei graça por haver mais blogues avinagrados :)
ResponderEliminarQuanto ao sol nascer todos os dias... já dava jeito uma Maria da Chuva ;)
Bjos
o tom
ResponderEliminare o dom, o seu
de escrever bem
um abraço, Rogério
Caro Rogério
ResponderEliminarUm dos episódios que memorizei ainda no blogue e que talvez tenha sido um dos que mais me fez perceber a sua forma de passar por uma guerra e aparentemente dela ter saído sem traumas "visíveis".
Fez bem em destacar.
Abraço
Rodrigo
Bem... que foto linda! Estou perplexa!
ResponderEliminarA imagem estava lá, antes da imagem. Igualzinha!
ResponderEliminarDa escrita repito-me, encanto-me...
Um beijo
Voltei para deixar um beijinho. :)
ResponderEliminarTão bela que só poderia ser feminina.
ResponderEliminarHá mulheres assim
ResponderEliminarO problema é que quando o Sol nasce, não é para todos...
ResponderEliminarRogério, por tua única e exclusiva responsabilidade, sempre que penso em algo penso-lhe na alma. Mesmo que não a tenham. das que têm penso na minha alma castanha quando me refiro ao meu gato siamês, na alma a preto e branco e na alma doirada em relação ás outras gatas e até o meu contrário se urinou a rir, que eu não, quando deitei fora uma gilette e a minha alma me segredou que aquela alma cortante já tinha cumprido o seu papel. Sou um addicted!
ResponderEliminarabraço :-)
ResponderEliminarHistórias fantásticas, dolorosas a maior parte delas, mas muitas que nos deixaram intensas marcas emocionais, aquelas que os que andaram por essas terras que Vasco da Gama e tantos outros acabaram por nos legar, mal imaginando os imensos dramas que os portugueses e os nativos acabaram por viver durante meio milénio.
ResponderEliminarEstou com curiosidade de ler este livro.
Aquelas terras vermelhas, quentes, as plantas a crescerem vários centímetros do dia para a noite, as trovoadas e chuvadas intensas que tínhamos que suportar.
Eu parti para Moçambique, numa Sexta-Feira, 13, num avião da TAP, em rendição individual, que era da Administração Militar.
Acabei por ser um miliciano privilegiado, a minha filha Inês, hoje com 42 anos, nasceu em Nampula.
Fiquei apaixonado por Moçambique.
A imagem é única, belíssima.
ResponderEliminarO sol de África é diferente e todos os poentes são em si diferentes, um festival da natureza.
O texto esse tenho-o bem presente, ainda fresquinho e relê-lo é como olhar uma pintura bela como aquela fotogrfaia, mas uma pintura da vida real, com nuances de várias cores.
Beijinhos
Era chegado o momento do sol delirar nos braços morenos da Maria...
ResponderEliminarUm grande bj querido amigo