19 agosto, 2012

Qual natureza humana, qual tanga? - 4


A sequência de imagens não engana. Querem fazer crer que a evolução de humanidade é um emaranhado continuado de depravações e violência e que, assim, eis-nos chegados aqui sem emenda. Dar-nos essa imagem (ou permitir que a tenhamos) não é tarefa inocente. Nem é tarefa distraída de objectivos da classe dominante. Querem-nos fazer crer que não temos nada a esperar, que nos deixemos ficar sossegados no nosso lugar... Ficamos?

8 comentários:

  1. E o meu amigo já reparou que o sexo e o poder estão no centro de tudo??? Ah pois é... (e assim continuará a ser)

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  2. Caro Rogério
    Não ficamos não!
    Só falta alguem (com direito e dever) tocar a unir!
    Abraço
    Rodrigo

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  3. Rogério

    A questão é que o Tempo passa e passa e o Homem continua ad eternun a comportar-se da mesma forma que os primitivos, salvaguardadas as ditas evoluções da espécie, físicas e científicas.

    O problema é que não se vislumbra que a curto prazo se consiga mudar drasticamente o modus operandi do homem do círculo da classe dominante. E, bem vistas as coisas, todo o bicho homem, lá no seu íntimo egoísta, almeja essa oportunidade.

    O Saramago é que tem razão:
    "A Terra rebentará, podemos tê-lo por seguro, mas não será para amanhã. Do que estamos a necessitar é de um bom susto. Talvez despertássemos para a acção salvadora."

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  4. Bom dia Amigo

    As coisas que eles dizem e outras que guardam para nos oprimir...

    Não sei se a imagem deve ser vista ao contrário de baixo para cima.
    Cada dia alguns iluminados pensam ser os enviados para meter tudo na ordem.

    a ordem que lhes convém...

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  5. Este notável conjunto de desenhos de Milo Manara -já passou no bth- propõe uma maneira simples, ainda que polémica, de contar a História da Humanidade através de imagens enquadradas por uma excelente linguagem sequencial, que constitui também um olhar antropológico sobre a sua evolução e a maneira como os homens se têm relacionado e têm exercido o domínio sobre outros homens desde das época das cavernas, apenas adaptada às sucessivas transformações da sociedade.
    Está aqui tudo: A posição vertical, o corpo, a agressividade humana, a violência sexual, as guerras, a grupalidade, a escravatura, o machismo, a intriga, o sexo, a misoginia, a tortura, a intolerância religiosa, o extermínio, o racismo, a exploração, o colonialismo, as relações de poder, as revoluções, o imperialismo, a repressão, o ócio, as cenas do quotidiano, as mentalidades, etc.

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  6. Querem fazer-nos crer que tudo continuará na mesma, façamos o que fizermos, porque está escrito nos genes, nas estrelas, nos mercados, no diabo que os carregue. Mentira. Se assim fosse, as lutas empreendidas no passado contra a escravatura e a favor dos direitos humanos não teriam tido qualquer resultado. Se assim fosse, ainda hoje se venderiam escravos e se queimariam pessoas vivas nas praças públicas deste país. É tudo mentira. O destino do homem é ao homem que cabe construir, não ao DNA, nem ao destino, nem à ganância de uma minoria que a qualquer preço quer "sentarse sobre los demás", parafraseando o poeta espanhol José Goytisolo.

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  7. nem a "fatalidade" da natureza, nem "engenheiros de almas"...

    ... enfim, digo eu, mas sou "herético"!

    abraço

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  8. Há espaço para mais uma imagem no quadrado que suporta estas.
    As cenas que nela serão representadas dependem de nós. Mas dentro deste "nós" reside a pluralidade e a diversidade com tudo o que isso comporta de bom e de menos bom para a humanidade.

    Lídia

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