03 fevereiro, 2013

Algo que há muito já devia ter dito... com ar de quem pede perdão


Tenho os defeitos que me apontam mais aqueles que consigo disfarçar e conter... tenho as virtudes que me reconheço, mais aquelas que dizem eu ter. Até aqui, nada de novo e até todos nós nos vemos mais ou menos assim... 
No "Conversa" não tenho nada a esconder e sempre afirmei estar aqui para desassossegar, por isso não posso levar muito a sério quem discorde deste meu estar... Não é pois sobre este espaço que resolvo vir dizer o que já deveria há muito ter dito. É sobre os comentários que por aí faço... É sobre os escritos deixados... São conhecidos por falta de adjectivos, estilo "que belo" ou "que bonito" e por entrar sem cumprimentar e sair sem me despedir, sem beijar, sem abraçar... São conhecidos por entrarem em espaços que deviam ser respeitados ou, no mínimo, interpretar sinais que devia levar em consideração antes de eu próprio deixar o que, no momento, tenha a dizer.  Contudo, sou assim, nada a fazer. Se tenho que pedir desculpa, teria de pedir desculpa por existir...
Mas há uma coisa de que não me podem acusar: passar ao lado de uma ideia ou emoção no espaço que me é (foi) dado...
"...Ser marginal - sê marginal. Afecta a ti próprio o espaço que é para ti e para ti te foi dado. Na intimidade de ti, na reserva de ti, na pobreza de ti. O mais que viesse e te invadisse o teu espaço, que é que te dava? A ampliação do teu rumor na amplificação alheia dele, seria alheio e não teu. A tua voz é breve, não a amplies ao que não é. E o teu pensar, o teu sentir, o teu ser. Não os sejas mais do que és. E então verdadeiramente serás."
Vergílio Ferreira

27 comentários:

  1. GOSTEI!!!!!
    (e tens o blog a 'pendurar', novamente...)

    ;)

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  2. Olá, boa noite!
    Obrigado pelo seu comentário.
    Agora já tem som.
    Mas ainda estou a aprender...
    Deixo as minhas cordiais saudações poéticas

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  3. Muito Bem Dito!
    E o que está dito, está dito!

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  4. Bom dia Rogério
    Se estivesse por perto dava-te um abraço por esta sinceridade.
    Somos todos do mesmo barro. Os moldes alguns enfermam de mais cuidados e ou de formação social.

    O valor de cada pessoa é aceitar-se e aceitar os demais, trabalhando para ser ainda melhor em cada dia.
    «penso eu»

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  5. Cada um tem o seu estilo e as suas razões para andar por aqui!
    Todos diferentes, todos iguais, uns mais iguais que outros, outros muito diferentes entre si!
    É na diferença que nos completamos e na igualdade que nos entendemos!

    Abraço

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  6. Somos o que somos. E desde que nessa identidade própria sejamos, em verdade,integros no que pensamos, dizemos, escrevemos ou fazemos, de que nos podem apontar? Virtudes? Defeitos? Nada mais ou a menos que não seja propriedade de qualquer um.
    Está dito. Muito bem dito, por sinal :-)

    Um abraço ( esse que, realmente, gostaria de lhe dar. )

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  7. Gosto de si como é e dos comentários que faz... porque o espelham.

    Beijinho

    laura

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  8. :)))
    Se fosse de outro modo não valia a pena sermos pessoas.

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  9. Ferreira tem razão e eu aprecio-te tal como és.

    Por mim escusas de mudar, rrss

    Bom resto de domingo.

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  10. Sim ... e não... :)
    Se bem entendo, este teu post tem a ver com aquilo que somos e a forma como interagimos... mas este espaço virtual é muito mais complexo do que os espaços que frequentamos na vida real... e está tão dependente da forma como o vemos...
    Quando temos algo - e reduzo-me ao básico; um sustento, uns previsíveis largos anos de vida pela frente, sei lá... - podemos dar-nos ao luxo de olhar este espaço - refiro-me a todo e qualquer espaço online, não ao Conversa Avinagrada - com a ligeireza de quem olha para o jornal do dia... quando não temos praticamente nada, senão esta tremenda força que um talento nos dá, pode ser que - e a mim aconteceu-me isso, estou perfeitamente consciente - vejamos, neste espaço que é a net, ou mesmo um blog, o livro em branco que as circunstâncias da vida nos não proporcionaram escrever...
    Mas louvo-te, muito sinceramente, se conseguiste não passar ao lado de uma única ideia ou emoção. São tantas, amigo, tantas, que só mesmo um computador, daqueles que ainda só existem na ficção científica, conseguiria registar...

    Abraço grande!

    PS - Quanto aos teus comentários, sempre os achei muitíssimo criativos!

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  11. A convivência virtual deve ser, como a real, fundada na autenticidade. E só há razões para aplaudirmos quem assim age. Os posicionamentos são bem pessoais e levam em conta a experiência e a vivência de cada um. Seu espaço é rico e suas manifestações habilitam o pensar, quando adormecido. os comentários que já recebi de você mostram sua sensibilidade e talento. É capaz de colocar em versos, que me encantam, o que lhe despertaram as palavras lidas.
    Abraços!

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  12. Exatidão de bússola

    Barbara

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  13. Rogério:

    Não vou dizer: "adorei", porque se o dissesse mentia, porém, não posso dizer: "detestei".
    Simplesmente, noto aqui alguma contradição entre o título e o texto tão convicto.

    Ex: Título do post:

    " Algo que há muito já devia ter dito... com ar de quem pede perdão"

    Texto (parcial)

    " Contudo, sou assim, nada a fazer. Se tenho que pedir desculpa, teria de pedir desculpa por existir..."

    Eu, e creio que todos os seus leitores, já o aceitámos tal como o Rogério é!
    Entra, sem preâmbulos e sai sem despedidas! É a sua maneira de ser e todos a respeitamos e gostamos dos seus comentários (quase sempre) rimados.
    Aceite-se o Rogério e siga o conselho de Vergílio Ferreira:

    "A tua voz é breve, não a amplies ao que não é... Não sejas mais do que és. E então verdadeiramente serás."!!

    Beijinhos.

    ;)

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  14. Meu amigo, cada um tem estilo que o caracteriza, e o seu é para mim definido numa palavra:
    LEAL!

    Um comentador e amigo sempre presente.

    Beijinho


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  15. Ainda que a convivência, por este meio, me seja difícil porque gosto de olhar de frente as pessoas com quem falo, é-me possível perceber (salvaguardando alguma margem de erro) quem são as boas pessoas. E o Rogério é-o, não tenho dúvidas.

    Dos comentários, quando não gosto digo-lhe. ;)

    Reparo agora que, quando entro, nem cumprimento. Faço-o assim como quem pega numa "deixa", sem a querer deixar fugir. ;)

    Um beijo

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  16. Rogério,
    Confesso que a princípio estranhei, mas depois entranhei. De tal forma que, posso dizer-lhe, gosto muito da sua forma de estar.

    Abraço

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  17. Há um dito inglês que diz: «never apologise for who you are»! Era o que mais faltava! Cada um é como é e quem não gosta não olha!

    Quanto a Vergílio Ferreira... é apenas um dos maiores!

    Boa semana

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  18. Gosto muito de Vergílio Ferreira e mais ainda de quem é assim! É uma excelente pessoa, tenha certeza disso!


    bj e boa semana

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  19. é o que prosaicamente direi: sentir-nos bem na pele...

    abraço

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  20. Podes "estar" na marginal, mas, desculpa, não te vejo como um marginal.
    Estás "lá" e bem...

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  21. Já uma vez o disse - se não aqui - por aí : gosto dos teus comentários (lei-os todos e em todos os lados) umas vezes rimando,outras prosando mas sempre " limpos" e com muita sinceridade. Quando escrevo alguma coisa na minha palhota...procuro sempre o teu comentário porque sei que estou a ser "avaliada" pela verdade. Que assim continues sempre..
    Se não deixas abraços...trata-me ao menos por "tu"...é assim que eu faço desde sempre...os meus Amigos.
    Abração

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  22. Rogério,
    Nunca reparei, no sentido do termo, da maneira como entras ou como sais de um comentário. Reparo, isso sim no comentário em si. E na qualidade. sempre. dos mesmos. Sem "está lindo", "belo" ou qualquer coisa parecida. Todos nós sabemos que neste espaço há muita diferença de pessoas. Umas boas outras...também, de outra maneira.

    Eu gosto deste espaço e dos teus comentários no meu. E mais não digo.

    Abraço

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  23. Há um defeito teu, que também é virtude: desassossegas!

    Abraço

    José Luís

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  24. Gosto do teu jeito furtivo que ora repreende ora afaga. Tuas palavras certeiras atingem vários alvos, pois afinal és três. Nada tenho que reclamar, me completas e expandes aquilo que poderia morrer uma simples ideia simples. Amplificas ou minimizas o sentimento a teu bel-prazer (flautista encantado?). Rendo-me aos teus caprichos e rabujices, também caprichosa e rabujenta. O que fazer? Vem cá! Dá-me tua mão e vamos seguir nossa trilha enlouquecida, certos de uma única coisa: somos um.
    Um bj querido amigo.

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