Em boa verdade esperava um discurso corporativista e não ficar a ver a não ser para o perceber e abandonar logo que o confirmasse. Não confirmei e até direi que me surpreendi. A primeira parte foi praticamente ocupada em discutir o orçamento, sem entrar em detalhes, estes li num outro lado:
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Os que hoje falam de cortes, rácios, sacrifícios e da preocupação com a “dívida que deixaremos aos nossos netos” são os mesmos que, em tempo de “vacas gordas”, não quiseram saber de reestruturações e trataram de gastar “à tripa forra”: compraram equipamento do mais caro que existia no mercado, como no caso dos helicópteros EH101 e compraram em quantidades desnecessárias – 12 EH101 quando 9 chegavam, 12 aviões C295 quando 9 eram suficientes, 40 aviões F16 quando bastava uma esquadra, porque agora nem há dinheiro para o combustível nem para os pilotos, e entraram em negócios como os helicópteros NH90, do qual saíram há poucos meses com elevado prejuízo; optaram por submarinos em detrimento de navios adequados para a fiscalização; aceitaram a constituição de comandos conjuntos e outras estruturas, que resultaram em duplicações entre os ramos e o Estado-Maior General das Forças Armadas (EMGFA) e entre o EMGFA e o Ministério da Defesa Nacional (MDN); aumentaram comandos funcionais, como seja o caso da criação do Comando de Instrução da Força Aérea Portuguesa, entre outros exemplos"
A segunda parte recomenda-se.
È mesmo de ver.Destaco tudo e
não posso deixar de me interrogar se não caberá às Forças Armadas papel (também) de cidadania quando se perde a soberania, mesmo se o território nacional não tenha sido fisicamente ocupado. Saliento que a palavra mais frequente foi "protectorado".
A síntese final posso dá-la referindo o apelo (ou desafio) às chefias militares para que formem os seus próprios grupos de trabalho e apresentem as suas próprias soluções. Se assim for, crê o General Fernando Seabra, que o Governo terá de agir de outra maneira. Não digo que não, mas não tenho tanta fé...
É assunto que deve merecer uma reflexão de todos. Contudo, creio, essa reflexão que não poderá ser substituida por "orientações" ministeriais de um Ministro e um Governo que todos os dias conseguem provar que a política que praticam têm os efeitos contrários do que dizem ser seus objectivos. Como não creioo que sejam tão estúpidos só posso concluir que os objectivos que Ministros e Governo anunciam são máscaras para encobrir outros que não podem revelar. Entre eles a subordinação a interesses que neste caso são comandados pela NATO.
ResponderEliminarTambém por isso a reflexão sobre o que devem ser as nossas Forças Armadas, está condenada a um diálogo de surdos. O papel do Ministro que ofende militares e hierarquias, mostra isso mesmo. Ele está a fazer o papel para que a NATO o "contratou". É preciso que as chefias das forças armadas estejam atentas para esse dilema ministerial.
Afinal de que inimigos nos devem defender as Forças Armadas?
Mais uma vez parabéns e, Um grande abraço.
Também não tenho fé, Rogério. Falta dinheiro até para cortar as amarras de um país amordaçado.
ResponderEliminarTambém ouvi (penso que ouvi bem) o Presidente da Associação dos oficiais das forças armadas a perguntar porque é que não se investigam a rigor os desmandos feitos pela governação do país (desde há muitos anos) e as trafulhices de MM € à custa do erário público.
ResponderEliminarE nós, o vulgo, é que temos de pagar estas faturas-fantasma?!...
Obrigado por me teres proporcionado a segunda parte.
ResponderEliminarTambém há "almas" fardadas.
Abraço
... "roubo", pela segunda vez nesta semana, as palavras ao jrd... também há "almas fardadas"... neste momento tenho muita pena de não ter visto este Prós e Contras...
ResponderEliminarAbraço!