11 dezembro, 2013

Uma sondagem que pré-anuncia um momento de viragem e a Lei de Pareto

A Marktest é reputada em estudos de... mercado. O mercado da opinião não lhe é excepção. A imprensa é cliente importante e atenta. Quando determinada tendência cresce, pimba!, a imprensa encomenda. Encomenda para saber orientar o que deve meter em primeira página, como deve criar sobressaltos e casos ou produzir omissões. É assim que tem acontecido. E tem assim funcionado.
Desde cedo percebi que tinha que concorrer com as minhas sondagens e fui-as fazendo utilizando a base e o mesmo modelo de dimensionamento das classes sociais que a Marktest segue. Essa orientação que vinha seguindo está prestes a ser desaconselhada por errada. Está de facto ultrapassada. Diz-me a Lei de Pareto:

20% vivem à custa da insatisfação, dor e empobrecimento de 80% da população

Segundo a minha sondagem de hoje, há algo errado


Com a concentração da riqueza, devem ser 20 e não 17,4% os satisfeitos com este orçamento (A e B). E as classes média (C1) e média baixa (C2) já deviam estar claramente esclarecidas sobre o que vai acontecer às suas vidas... Devem ser menos os que ainda comparam a lei do orçamento com a constituição sem saberem para onde se virar. 26,7% é a dimensão dos acordados em vias de chegarem a actos? Devem ser muitos mais... O modelo está marado!





Não compreendeu nada do que leu? Nem sabe interpretar o que diz Pareto? 
Não faz mal. Acredite em mim, é assim: 

Olhe o gráfico ao lado e pense um bocado. Basta que a CDU cresça mais um pouco e atinja os 20% para que 80% fiquem a pensar que as coisas vão, de facto, mudar!

Boa?

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