06 novembro, 2014

5 de Novembro, Dia Nacional da Língua Portuguesa, porque “A degeneração de um povo, de uma nação ou raça, começa pelo disvirtuamento da própria língua.”



Tem um dia de atraso, mas não o faço ao acaso (é que hoje comemora-se o dia do nascimento de Sophia).
Ontem foi o dia em que se comemorou, no Brasil, o Dia Nacional da Língua Portuguesa. Se estranho não ser a 5 de Maio ou a 10 de Junho? Não, depois de saber quem foi Ruy Barbosa (e conhecer um pouco da sua prosa):
"...Para o coração, pois, não há passado, nem futuro, nem ausência. Ausência, pretérito e porvir, tudo lhe é atualidade, tudo presença. Mas presença animada e vivente, palpitante e criadora, neste regaço interior, onde os mortos renascem, prenascem os vindoiros, e os distanciados se ajuntam, ao influxo de um talismã, pelo qual, nesse mágico microcosmo de maravilhas, encerrado na breve arca de um peito humano, cabe, em evocações de cada instante, a humanidade toda e a mesma eternidade..."
Por mim, e por tudo o que é dito aqui, que haja tantas datas quantas as Pátrias em que o português tenha sido a língua escolhida por lhes ser a mais querida. E que a bem tratem. E como escrevia Ruy Barbosa: “A degeneração de um povo, de uma nação ou raça, começa pelo disvirtuamento da própria língua.”
Ah, o tanto que havia a dizer sobre o malfadado "acordo ortográfico", sobre o tratamento dado a Sophia e outras tantas e tristes coisas...

5 comentários:

  1. Felizmente que ainda pude, como professora, estudar com os alunos do 12º a obra poética de Sophia!
    A Língua é o ADN de um povo!
    As variantes da nossa são a prova que pelo mundo nos espalhámos e nos espelhamos!

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  2. Bem recordado, Rogério!

    A gangrena alastra na língua
    dum povo que vive à míngua!

    Como pode um povo saber,
    como pode um povo comunicar,
    como pode um povo trabalhar,
    como pode um povo amar,
    se tem um chefe a vender a pátria,
    o melhor e o sagrado,
    por junto e atacado,
    pelo engano do dinheiro
    do linguajar do estrangeiro?

    A gangrena alastra na língua
    dum povo que vive à míngua!

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  3. Isto foi por lá...
    Por cá nem ouvi falar...

    Apenas aqui e no silêncio dos que morreram lutando por uma Pátria amada.

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  4. Por acaso nem dei conta e não sabia. Mas gosto especialmente da frase de Saramago exposta no cartaz.

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  5. Quando não se prestigia um povo, a língua e as suas mais altas figuras literárias, caminhamos para destruição de um pais.
    Um post que é uma grande homenagem à nossa Sophia e à nossa língua.

    beijinho e bom fim de semana

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