13 novembro, 2014

Manoel de Barros - In Memoriam (1916 - 2014)


Os deslimites da palavra

Ando muito completo de vazios.
Meu órgão de morrer me predomina.
Estou sem eternidades.
Não posso mais saber quando amanheço ontem.
Está rengo de mim o amanhecer.
Ouço o tamanho oblíquo de uma folha.
Atrás do ocaso fervem os insetos.
Enfiei o que pude dentro de um grilo o meu
destino.
Essas coisas me mudam para cisco.
A minha independência tem algemas

7 comentários:

  1. Morre o homem, fica a memória na sua poesia.
    Que descanse em paz
    Um abraço

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  2. "Para não morrer, tem que amarrar o tempo no poste".
    Quem foi o sacana que cortou a corda?

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  3. ~
    ~ ~ O grande poeta das coisas simples! ~ ~

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  4. ~
    ~ ~ O grande poeta das coisas simples! ~ ~

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  5. Um poeta que tantas vezes procuro. Encontro sempre na sua poesia um alívio, um rumo.

    Virou passarinho e está voando por aqui.

    beijinho

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  6. E a obra de Manoel de Barros encantou-nos a todos... e muito!

    R.I.P.

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