08 novembro, 2014

"Lisboa Games Week": E quem diz que a droga (pesada) não está legalizada?

Quando há dias afirmava que «A cultura de guerra desenvolve-se sem que "ninguém" se dê conta...» e depois perguntava «Ó Paul onde deixaste o nosso "All You Need Is Love" ?» estava longe de pensar estar em vésperas do «Lisboa Games Week» e das ligações entre tudo isso e uma "nova" epidemia...

Ébola? Legionela? Sim, são perigos evidentes. Os outros perigos soam (ainda) baixo e sem (ainda) qualquer relação com o tal "Admiravel Mundo Novo":

«... As histórias repetem-se, porém, e soam familiares aos pais. Alguns adolescentes deixam para trás um percurso académico de bom nível para se fecharem no quarto a jogar computador dia e noite. Há amizades de infância que são postas de lado em detrimento do contacto online. O isolamento em relação à família, as mudanças de comportamento, os casos de violência inexplicável face ao insucesso num jogo digital ou à proibição de continuar ligado são outros comportamentos comuns.
(...) Os números a que chegou a equipa de Ivone Patrão no ISPA dão uma outra camada de leitura desta realidade. Há quase três quartos (73,3%) dos jovens que apresentam sintomas de viciação na Internet. Destes, 13% exibem níveis severos de dependência, que se manifestam através dos comportamentos mais extremos descritos pelos pais e referidos pelos investigadores. Os próprios jovens parecem ter noção disto, uma vez que mais de metade (52,1%) dos inquiridos se percepciona como “dependentes da Internet”.»
in Jornal Público 
Vá!, consuma, o desígnio é de delírio lúdico e (dizem) educativo...

8 comentários:

  1. Olá amigo! Estive ausente, por alguns bons e outros que não são bons motivos. Fato é que meu tempo virtual tem sido consumido pela vida real. Adorei sua perspectiva deste novo vício. Sou uma das poucas mães de minha geração, com quem convivo, que participa de várias redes sociais (até mais do que minha filha) e que mesmo assim está sempre puxando os mais novos e "obrigando" a viver a vida real, ao ar livre, correndo, suando..... Mas sempre com direito a uma paradinha para contar na rede social...(risos) Afinal não podemos viver desconectados, quando a vida pede que se tenha uma certa desenvoltura nas mídias em geral.

    Muita Luz e Paz
    Abraços

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  2. É este o nosso mundo e a nossa juventude. Pesadas drogas que os podem transformar em coisas piores.
    Mundo novo, mundo melhor?
    Quando e para quem?

    Como se este mal não bastasse mandam-nos emigrar e importam em seguida o ébola e depois as legionelas...

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  3. penso que acabarão por acordar , nem que seja à força !

    Oxalá não equivoque...

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  4. Lamentável.
    Também cresci nos anos oitenta e pude andar sobre o Muro já inexistente.

    Porém, pelo que aqui leio, outros muros se levantam.
    Boa semana!:))

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  5. Não gosto disto. Sinto-me muito "cota" quando vejo a máquina e o humano em "Ligações Perigosas".

    Afetos desperdiçados, competências de comunicação em risco, depressões, solidão, distúrbios emocionais e mentais... Tudo em nome da "evolução das espécies".

    [De realçar a disponibilidade dos macacos para abraçar e catar demoradamente os filhos.]

    Bj.


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  6. O dedo na ferida!
    Testemunhos de um esvaziamento perigoso...vejo-os também.

    Beijo

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  7. Não acho a internet um vicio assim tão preocupante... (ou talvez esteja só viciada)

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  8. Acho que este "vício" tira aos jovens poder de união e reivindicação, pois são eles os mais afectados pela actual situação económica e social. Claro que interessa ao poder que assim seja.


    beijinho

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