20 novembro, 2014

Pois, esse PS também eu queria. Ou um Podemos.


Eu sei que muito boa gente, e alguma da que me lê, gostaria que entre a "família" (tida) de esquerda houvesse diálogo ameno e pontos de entendimento e que a unidade fosse uma realidade que pautasse orientações por outros caminhos.
Pois, só que há reflexões que ficam por fazer e querer não é poder. Brincando com as palavras, diria, que o que dava jeito era mesmo um Podemos... mas que Podemos? O do Boaventura Sousa Santos, da leitura que ele faz ignorando o seu programa? É que lendo o Programa Económico do Podemos, podemos encontrar convergências para um entendimento patriótico e... de esquerda. 
Acho que Assis, mais ainda que o Santos, percebe o perigo disso, quando hoje desanca um jovem quadro do PS. É que ele, sem citar o Podemos, ficou arrepiado com o que disse o jovem quadro:
«...a ‘proximidade ideológica’ que Assis vê entre PS e PSD é para mim um mistério. Eu quero um PS concentrado na recusa do tratado orçamental, numa reforma fiscal que pese mais no capital do que no trabalho, numa revisão profunda do Código do Trabalho, na recuperação da iniciativa estatal, na regulação económica sobre sectores-chave, na renegociação da dívida impagável. E isto não é retórica, é mesmo para ser feito. O país está cansado dos discursos vazios, cheios de esquerda na lapela e que depois se limitam a governar para a gestão da situação...»
Pois, esse PS também eu queria. Ou um Podemos.

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