18 novembro, 2014

Diabo Na Cruz (Bonito, Isto!)

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LUZIA 
Ouve os foguetes, Luzia
Eu vim às festas da senhora da agonia
Para te encontrar
Larga o estágio e os deveres
Faz-te à sorte que tu queres
É hoje Luzia que tudo vai mudar
 
Diz ao teu pai que não percebes este mundo
A que foste condenada
Conta à tua mãe que isto agora é prego a fundo
Tu não podes estar parada
Bora! Bambora! Vambora! Bora!
Vem comigo Luzia
É o nosso tempo que nos chama
Com o cerco que agora se anuncia
Há-de vir um novo dia
Pra escrevermos outra trama
 
Os moços que riem nos barcos
Não vieram pela santa
Vão descalços
Têm tanto a esquecer
Tu e eu queremos algo
Que há quem diga estica a conta
Quem sabe, Luzia
Se é a nós que a vida quer 
 
E se as correntes todos sabem estão à beira
Mesmo à beira de quebrar
À nossa frente já se veem as portadas para um mundo a começar
Bora! Bambora! Vambora! Bora!
Vem comigo Luzia
É o nosso tempo que nos chama
Com o cerco que agora se anuncia
Há-de vir um novo dia
Vem escrever uma outra trama 
 
Ao alto bombos
As ruas cheias de flores
Pelos becos vão gentes amansando suas dores
Todos renegados, aturdidos
Sem certezas
É esta a nossa hora, Luzia Vianeza
E se o teu pai não aceita, desconfia
Do que eu tenho pra te dar
Ele que saiba que eu trabalho noite e dia
Pelo roque popular
Bora! Bambora! Vambora! Bora!
Vem comigo Luzia
Vem comigo Luzia
Vem comigo Luzia
Oh, vem comigo Luzia

7 comentários:


  1. Bora! Bambora! Vambora! Bora!

    A Luzia decerto não resistiu a este apelo, pois o cerco obriga-os a mudar de rumo.
    Gostei !

    A imagem também é uma maravilha!

    beijinho

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  2. Gosto dos versos! Cheios de significado. Há que mudar! Há que mudar! Bora lá!

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  3. Não conhecia e gostei. Da música, das imagem das crianças que significa a esperança no futuro. E da letra. E do significado da letra.
    Um abraço

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  4. E se a coisa pega?
    Se as Luzias e os Maneis virarem Portugal de alto a baixo. Os diabos todos na cruz é que era...

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  5. Pense, Luzia! Ele vive para o roque popular (rss). A música é bela. Abraço.

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  6. Não conhecia, de todo, Rogério... mas não resisto a trazer-te aqui a minha Feira...

    Na vila há uma feira à moda antiga,

    Cheiinha de balões e carrosséis,

    Farturas embrulhadas em papéis

    E outras tentações para a barriga...





    Na vila há uma feira, rapariga!

    Vê lá se desapertas os cordéis

    À bolsa e vens à feira ver os reis

    Que estão, agora mesmo, de partida!





    A rapariga escreve. Irá depois!

    Irá se essoutro encanto o permitir,

    Talvez quando acabar de se encantar,





    Pois sabe não poder juntar os dois...

    À feira nunca há-de ela optar por ir,

    Deu-lhe a vida outro sonho p`ra sonhar...







    Maria João Brito de Sousa - 11.06.2008 -12.39h

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