Recordo hoje aquele outro sábado santo em que me interroguei se seria mesmo verdade que Deus teria um neto, já que Jesus lhe teria dado um filho. E foi com essa interrogação sobre a descendência da família divina que iniciei a minha reflexão sobre a semana que hoje finda:
A Juventude Social-Democrata (JSD) pediu à Universidade de
Coimbra (UC) a anulação do grau doutor 'Honoris Causa' atribuído em 2011
ao ex-Presidente do Brasil Lula da Silva.
Enquanto isso, a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL)
encaminhava uma mensagem à presidenta Dilma Rousseff,
manifestando preocupação com os “acontecimentos políticos e judiciais
que convulsionaram o Brasil nas últimas semanas”.
Na mensagem, reconhece os avanços sociais e políticos que o país
conseguiu na última década e demonstra preocupação com os fatos
recentes: “Nos alarma ver a estabilidade democrática de sua pátria
ameaçada. A soberania popular, fonte única de legitimidade na
democracia, entregou antes a Lula e depois a você, Presidenta Rousseff,
um mandato constitucional que se traduz em governos comprometidos com a
justiça e a igualdade”, diz a mensagem, acrescentando que nunca na
história do país tantas pessoas saíram da situação de fome, pobreza e
desigualdade.
A JSD não comentou esta missiva nem dela deve ter conhecimento pois suponho que não leia o Jornal Tornado
Viriato Soromenho-Marques, que de vez em quando é "atacado" por momentos de lucidez, escreve (no Jornal Tornado) coisa que acho me ter (mais ou menos) plagiado quando afirma ser fundamental tentar compreender a causalidade que levou ao aparecimento do Estado Islâmico. Diz ele:
“Vivemos uma situação complexa mas não incompreensível”
Recorda que o Estado Islâmico surge justamente após a invasão do
Iraque pelos EUA e pela coligação que o apoiava, em 2003. O Estado
islâmico é um fenómeno com características muito próprias e que seria
impossível de ocorrer sem perceber três episódios fundamentais em que o
Ocidente “teve uma responsabilidade estratégica indeclinável e que
os eleitores dos países europeus e dos EUA não podem esquecer na altura
em que tomam decisões políticas”.
- Episódio número 1. Por um lado, a Invasão do Iraque e o derrube do Governo de Saddam Hussein. “A desastrosa administração americana no período do presidente Bush, com a liquidação do exército iraquiano que se tornou numa das principais fontes do terrorismo”.
- Episódio número 2. Em 2011, a destruição na Líbia, com o apoio da França, Grã-Bretanha e com os aviões da Nato que “derrubam não só um ditador mas um Estado”. “A Líbia, é hoje, um Oeste selvagem sem lei nem ordem, uma espécie de federalismo do deserto com grupos terroristas rivais”.
- Episódio número 3. “E a cereja no topo no bolo” foi a guerra civil na Síria.” Neste momento, o ISIS só não controla completamente a Síria porque existe ainda o regime do Assad, e este só existe porque em Setembro de 2013 o parlamento britânico votou contra uma proposta de um político irresponsável chamado David Cameron que queria fazer com o regime de Bashar al-Assad aquilo que tinha sido feito com o regime de Kadhafi na Líbia, ou seja, a NATO a bombardear durante meses a fio as estruturas militares e de comando do regime de Assad, abrindo caminho ao único grupo que tinha condições para prevalecer – o Estado Islâmico.”
Nada acontece por acaso.
ResponderEliminarO que fizeram no Médio Oriente foi acordar vespas.
Vespas e abelhespas
EliminarNada acontece por acaso...
Tão triste, esse Brasil do samba. Tão enviesadas as leituras...
ResponderEliminarBeijinhos, Rogério :)