08 dezembro, 2018

A "Mini Merkel" e a perspectiva de "tempos tenebrosos"

Annegret Kramp-Karrenbauer poderá tornar-se a próxima chanceler alemã, caso vença as eleições, em 2021. A sucessora de Merkel segue a sua linha política, e é apelidada de “mini Merkel” e, assim, não se espere que não venha a assumir a mesma pose, "dando as cartas no jogo planetário"

A foto é retirada de um excelente artigo publicado hoje n´O LADO OCULTO e tem por sugestivo título

ALEMANHA EM VIAS DE GANHAR A I GUERRA MUNDIAL

 
Desse artigo, que deve ser lido na integra, vou directo às conclusões:
«A Alemanha planeou e preparou a I Grande Guerra procurando alcançar um conjunto de objetivos estratégicos de caracter económico, político e militar. Essas metas estão claramente definidas no memorando, conhecido como Septemberprogramm, escrito pelo seu primeiro-ministro Bethmann-Hollweg.

Entre os objetivos traçados avultava a criação de uma União Aduaneira que integrasse os vários países europeus, nomeadamente a França, mas que excluísse o Reino Unido e a Rússia.  Outras pretensões passavam por pequenos ganhos territoriais, a transformação da Holanda num Estado vassalo e a imposição de indemnizações de guerra à França. Adicionalmente, alguns autores identificam uma outra ambição: afastar a Rússia dos Balcãs.

Derrotada em 1918 a Alemanha rearmou-se e regressou aos campos de batalha em 1939, sendo novamente esmagada militarmente.

No entanto, ao analisarmos a situação hoje, 100 anos depois do início da I Guerra Mundial, verificamos que a Alemanha conseguiu atingir todos os objetivos a que se propôs. Na realidade ela é a grande vencedora da I e da II Guerra Mundial, estando prestes a unificar a Europa sob a sua dominação através de um Estado Federal, a União Europeia.

E se a guerra, como ensina Carl von Clausewitz, é a continuação da política por outros meios, o que interessa são os objetivos a alcançar quer por via diplomática, económica ou militar. A Alemanha duas vezes militarmente derrotada consegue, por outros meios, impor a sua vontade na Europa, unificando o continente sob a sua batuta.

O Brexit, o exército europeu, a centralização orçamental são os passos finais para a instauração de um Federalismo absoluto completamente dominado pela Alemanha.

Em contrapartida, a França surge como a grande derrotada e o Reino Unido, aparentemente isolado na Europa, parece momentaneamente incapaz de se opor à dominação germânica.

Aproximam-se tempos tenebrosos.»
Jorge Fonseca de Almeida
especial para O Lado Oculto

4 comentários:

  1. Eu e o Carlos andavamos sempre como o cão e o gato (a gata) por causa da política e agora sinto tanto a sua falta.

    Summa Summarium: não quero entrar em conflito contigo, Rogério.

    Todo o país puxa a brasa à sua sardinha, e a minha querida Alemanha também puxa a brasa para fortalecer a economia que favorece os alemães e os muitíssimos estrangeiros que aqui vivem.

    Eu sei, que tu gostavas mais uma França a comandar a Europa com a La Pen como presidente.

    ResponderEliminar
  2. "Todo o país puxa a brasa à sua sardinha"

    Verdade! Só que Portugal já perdeu as brasas e as sardinhas, tiveram a sua captura tão limitada que talvez não tenhamos sardinha para puxar as brasas... claro que falo em sentido figurado, mas na realidade perdemos a quase totalidade da nossa frota pesqueira e a sardinha que por cá se consome fala marroquino ou castelhano...

    O texto citado é claro: "O Brexit, o exército europeu, a centralização orçamental são os passos finais para a instauração de um Federalismo absoluto completamente dominado pela Alemanha."

    A França só é citada por não força para se opor...

    O que defendo è a Europa das Nações, seja lá isso o sonho que alguém tenha tido.

    Mantenho: o que vem aí mete medo
    pois vão reforçando as "le penes" que vão aparecendo...

    ResponderEliminar
  3. Será hoje que darei continuidade às minhas leituras de O Lado Oculto. Devagar, devagarinho, que cada vez vejo pior.

    Abraço, Rogério.

    ResponderEliminar
  4. Não sei se vou dizer disparate mas o enfraquecimento dos partidos de esquerda e de direita e a falta de capacidade de liderança dos sindicatos trouxeram estas consequências desastrosas para a França que se podem alastrar a toda a Europa.
    É uma nova ordem europeia e mundial em marcha!

    Abraço

    ResponderEliminar