O FEDERALISMO FARDADO
Quase em segredo, à revelia da opinião
pública e dos cidadãos, os ministros da Defesa da União Europeia
aprovaram há menos de um mês um enorme pacote de projectos de guerra que,
se forem lidos e enquadrados nos ambientes dominantes, nos dirão que o
federalismo avança não apenas clandestinamente mas também fardado.
Diz-se que esses projectos, metade dos quais, aliás, ficaram nas mãos de
governos fascistas e aparentados, são a antecâmara do exército europeu,
significando isto que, à medida que continua a desprezar os direitos
sociais e a soberania de povos e Estados, a União caminha para a
autocracia do federalismo militarizado.
Do estado em que se encontra a União fala bem o processo de secessão do Reino Unido, o Brexit. Uma negociação sem respeito mútuo onde existem imposições, tentativas de desencorajar outras eventuais saídas e, também, história negras de espionagem e caça às bruxas. A União Europeia dos tecnocratas e burocratas autocratas no seu melhor.
Talvez
sabendo ler estes sinais, há muito que o povo esquimó Inuíte da
Gronelândia se separou da então Comunidade Económica Europeia, mesmo
permanecendo sob o domínio da Dinamarca. Um controlo que tem os dias
contactos porque a esmagadora maioria dos habitantes da ilha defendem a independência;
uma libertação, no entanto, susceptível de trazer outros riscos: a gula
pelos mares, bases militares, petróleo e outros recursos da grande ilha
manifestada por enormes potências e transnacionais devoradoras.
Do estado deplorável dos assuntos
europeus fala igualmente o fenómeno dos "coletes amarelos", que abordamos no Nº15 de O Lado Oculto, já online, nas suas múltiplas facetas e significados.
Assinalamos também a morte de George H. Bush, não como o herói que tantos apregoam mas como o criminoso de guerra que
foi e continua a ser, pois os rastos de morte que deixou e ensinou aos
seguidores estão activos, através de contaminação radioactiva, em muitas
terras do Iraque e do Koweit e dos Balcãs.
Enquanto, através do
mundo, a gestão neoliberal se encaminha a passos largos para a
generalização de métodos autocráticos também se reforçam os sinais de
que as relações de forças mundiais estão a mudar em diferentes
patamares. Nas questões tecnológicas, por exemplo, de que é exemplo a
guerra lançada
pelo Pentágono contra a marca chinesa Huawei;
e também nas questões geoestratégicas, como demonstrou a recente
cimeira entre os presidentes russo e chinês e o primeiro-ministro
indiano reforçando os pilares do formato RIC - a cooperação Rússia, Índia, China.
A existência de diferentes caminhos, estes guiados pelo respeito pelos direitos humanos,
é motivo para reflexão neste número de O Lado Oculto.
Onde se prova,
por outro lado, que a velha e ainda dominante mentalidade não hesita em
recorrer à censura, como fez agora a tão afamada CNN e, mais uma vez, invocando o tortuoso caminho do combate "ao anti-semitismo".
Será esta a grande tarefa que hoje imporei aos meus (quase) imprestáveis olhos; ler atentamente o Lado Oculto.
ResponderEliminarRecebi-o ainda ontem, nas notificações da minha caixa de correio electrónico, mas há muito que deixei de conseguir ler à noite. Umas sete ou oito horas de semi-funcionalidade são tudo o que consigo exigir ao pouco que funciona por detrás destas mal aventuradas cataratas.
Abraço.
Bom dia:- Aprende-se e muito ao ler o ... lado oculto
ResponderEliminar.
Feliz fim de semana
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*** Flor de Linho de Amor Vestida - "" Poetizando e Encantando "" ***