15 maio, 2019

Sondagens e o destino dos indecisos

 
São poucas as sondagens que separam os indecisos dos que não quiseram responder. 
Mas há (pelo) uma  que o faz, e são XX%. 
"Alto aí", diz-me Minha Alma, e continua: "supõe tu que a grande parte destas indecisões são ténues desencontros de pássaros? Nesse caso é ainda muito incerto o resultado, e tudo pode acontecer!"

Não respondi a Minha Alma, limitei-me a mandar as sondagens à merda
E que bem que fiz...

«Sondagens» e manipulação
Desde que existem sondagens (1930) muito se avançou científica e tecnologicamente e também no seu enviesamento, como instrumento de manipulação.
Importa precisar que as sondagens sérias só permitem a previsão aproximada da realidade eleitoral no intervalo de valores da margem de erro. E isto se a inquirição for fiável, se for usado o método aleatório, se a amostra for estratificada – nos planos geográfico, social, etário, de género e de voto anterior –, se a dimensão for adequada e a estimativa de abstenção e distribuição de não respondentes e indecisos for conforme à realidade.
É hoje muitíssimo improvável que o rigor exigível a uma sondagem séria, noticiada de forma isenta, seja compatível com o comando pelo poder económico do poder político e da comunicação social dominante.
Na aproximação a eleições, o «folhetim das sondagens» ganha novos episódios. Muitas têm de ser referidas entre aspas, por manifesta incredibilidade – escassa dimensão da amostra, como nos chamados «painéis», inquirição telefónica, que não garante o “voto” secreto, perguntas que baralham tudo, zero de estimativa de abstenção e distribuição viciada dos não respondentes e indecisos, distorcendo os resultados.
Ainda agora, um responsável da «Pitagórica», sobre uma sondagem da sua empresa, reconheceu que os números da CDU «podem indiciar uma ligeira distorção da amostra». Regista-se a nota (escassa) e é evidente que o facto é intrínseco à lógica da coisa.
Quem determina as «sondagens» mediatizadas são os grandes interesses. O objectivo é a manipulação – «CDU a descer», o resto «tudo a subir» e «PSD mais próximo do PS». Visam a «bipolarização», perpetuar a política de direita e travar o avanço do PCP e da CDU.
Mas os trabalhadores e o povo não se deixam mistificar. Avançar é preciso!
 Carlos Gonçalves, in "Jornal Avante!"

5 comentários:

  1. Eu ligo tanto às sondagens como aos primeiros sapatos que calcei.
    Abraço

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  2. AQUI as sondagens são absolutamente acreditáveis!!!

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  3. Estou novamente de saída para tratar de mais burocracias infelizmente inadiáveis.

    Nunca me contei entre os indecisos, nem me deixei impressionar pelas sondagens, no que toca a actos eleitorais.

    Abraço,

    Maria João

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  4. Felizmente não me encontro entre os indecisos. Confesso, porém, que me assustam os resultados de algumas sondagens.

    Beijinhos, Rogério :)

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