11 novembro, 2020

S. Martinho baralhou-se porque lhe baralhei a lenda...

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Conta outra lenda
(que há tempos inventei)
que foi neste dia feita rica oferenda,
a Baco, Deus verdadeiro.
(como verdadeiros são todos os deuses)
A oferenda reunia um vinho divinal
e um cesto de bela , doce e quente fruta.
Tomou o gosto ao vinho
e procurou, procurou, procurou...
Não encontrou,
no meio de tanta fruta,
que desgraça tamanha,
nem um única castanha!
Ia morrendo de raiva, de ira, de susto!
E por ter tão fraco magusto
decretou que ninguém mais nesta data
bebesse vinho, nem bom nem mau,
nem sequer zurrapa.
Seus súbditos e outros seguidores da fé
tementes a Baco, inventaram bebida estranha
que dá pelo nome: "Água-pé" 

Imagem de Baco, tirada daqui
 
(Claro que tudo isto é treta,
depois da jeropiga já nem sei o que diga...)

4 comentários:

  1. :) Gostei! Não sendo temente a Baco, foi com chá de cidreira que comi as minhas castanhas, depois de devidamente trituradas:)

    Forte abraço!

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  2. Gostei de ler o teu louvor ao Baco, acompanhado pela famosa pintura de Michelangelo Merisi da Caravaggio, ca. 1593-1594.

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  3. Bela Lenda, quase diria que suplantou a outra; a que eu já sabia.

    Também bebi jeropiga e encontrei castanhas cozidas, na minha panela...

    E as do Rogério? Foi comprá-las ou assou-as?

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  4. Gostei da lenda _que já tinha pesquisado para o enigma da querida Clara.
    Aqui São Martinho não faz milagres_ não se fala nele.
    Gostei de conhecer e mais ainda das castanhas que se comem por conta dele.rs
    abraços

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