22 novembro, 2020

SETE MARES

"Sete Mares" (Jorge de Castro) ao lado do "Mar Arável"

A imagem está datada e é para mim memorável pois refere-se ao lançamento do meu livro e onde "Sete Mares" foi minha voz, fazendo leituras por "Sete Mares" escolhidas para lançar letras minhas.

Jorge de Castro (Sete Mares), lança agora (mais) um livro seu. A notícia deu-me ele, esta manhã, quase em simultâneo com um telefonema do meu camarada e amigo Cid Simões (Voar Fora da Asa) a pedir-me algumas notas biográficas do Jorge.

Uma coisa de cada vez:

Primeiro - O livro, de que respigo do seu prefácio: «Os tempos que vivemos são estranhos à vida. Demasiado torpes pela mão do ser humano, que vem povoando o mundo com jeitos de mal viver e sem qualquer engenho ou arte manifesta para inverter a corrente dominante.
Este meu livro tem a veleidade de pretender fotografar esse mundo fugaz e episodicamente, através das imagens que nos estão geograficamente mais próximas. E, apesar dos pesares, com a réstia de esperança necessária, imperiosa e sempre urgente
.» já está à venda e este é caminho para poder adquiri-lo.

Segundo - das notas biográficas pedidas pelo Cid diria, para já que de Jorge de Castro poderei dizer que, tendo começado a andar pelos seus pés com a idade de um ano, ainda não parou. 

Mas ele diz, de si, um pouco mais:

Jorge Castro nasce no Porto, em 1952, em casa dos seus avós paternos e tendo, como primeiro berço, um cestinho do pão.

Passa a infância em Trás-os-Montes, por terras de Miranda do Douro, onde aprende a crescer. A juventude, de regresso ao Porto. Tem vindo a completar o seu crescimento na região de Lisboa, mais exactamente em Sassoeiros - Carcavelos, concelho de Cascais, que o mar faz-lhe falta.

Foi até ao curso de Direito, nos idos de 70 e pela Universidade de Lisboa, mas não lhe achou graça, pelo que decidiu não o levar a cabo e, logo que pôde, libertar os progenitores do fardo complexo de filho, mantendo com eles apenas a imprescindível relevância do afecto.

Desenvolveu, durante alguns anos, intensa militância política, antes e depois de Abril de 1974, em regime de exclusividade, o que lhe preencheu o espírito de incertezas, condescendências e bastantes anticorpos em paralelo com uma larga experiência nessa arte subtil de ser-se humano. 

Por feliz acaso teve, assim, a oportunidade de viver o Abril em estado de graça e a plenos pulmões.

Um dia, complementando uma vida profissional tão estável quanto pasmacenta, complementada por necessária actividade sindical, começou a ensaiar essa nobre arte de juntar palavras, com algum sentido, de si para os outros… e leva actualmente dezassete obras publicadas, mormente em poesia.

Coordenador e/ou co-autor de outros trinta projectos literários de diversa índole e já concluídos, sempre com um apelo forte à participação dos seus pares, na senda perseguida pelo poeta José Gomes Ferreira, quando nos diz «penso nos outros, logo existo». 

Recebe a Medalha de Mérito Cultural, da Câmara Municipal de Cascais, em 2009.  

Dele se poderá dizer, então, que, tendo começado a andar pelos seus pés com a idade de um ano, ainda não parou.

- Novembro de 2020.



10 comentários:

  1. Gostei de ter rever e a Eufrázio Filipe

    Boa semana

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  2. Está de parabéns, este autor que, tal como eu, veio ao mundo na fornada de 52.

    É do fundo do coração que desejo muito sucesso para o seu Poemas Dispersos e Com Sentidos.

    Abraço

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    1. Maria João
      Farei chegar a tua mensagem ao Jorge de Castro. Juntá-la-ei à minha...

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  3. Obrigado, já é uma ajuda, mas acho necessária a bibliografia e uma informação oficializada p.e. na wikipedia. saúde PARA TODOS.

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  4. Boa sorte e que sejam um sucesso.
    boa semana.
    beijinhos
    :)

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  5. Sol
    "Sete Mares" irá gostar de saber
    seus desejos e votos

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