No meu post "Pactuar com a estratégia de Pedro Passos Coelho é entrar num labirinto de onde dificilmente se sairá. Deprecia-la, também não é caminho....", que publiquei em 26 de Julho, eu via (e continuo a ver) uma estratégia de risco, perfeitamente alinhada com os interesses da direita. Enquanto a imprensa dava conta de reacções, na blogosfera choviam posts de todas as cores, formas e feitios (alguns, por sinal bem criativos e onde o coelho ganhou ao bacalhau, no que se refere às muitas maneiras de ser cozinhado). Dizia eu, nesse meu texto:
«De certa maneira o debate constitucional nesta altura permite por um lado saber se conseguimos ou não um consenso alargado na sociedade portuguesa para evitar que a constituição permaneça como um programa de Governo socialista e em segundo lugar isso permite-nos a propósito dessas leituras saber que tipo de reformas precisamos fazer para futuro e é muito importante que o máximo consenso seja alcançado quanto a essas reformas independentemente de quem está no Governo».
Hoje, no Jornal Expresso ele recebe a auscultação que esperava. Pedro Passos Coelho estará, à hora que escrevo estas linhas, satisfeito com o teste à sua labirintica estratégia. Tinha antes, da sua proposta, 39, 2%. Agora a Marketest "dá-lhe" 36%. Perder pouco mais de 3 pontos, para perceber até onde o PS aceita ir, não é nada mau. Naquele mesmo semanário escreve-se: "Portugueses recusam revisão da constitucional"... Contudo, quem disse que Pedro Passos Coelho também a quer, nos termos em que a lançou? Quem diz que ele não está pronto a simular um recuo, trazendo atrás de si (quase) toda a gente, mesmo até aqueles por quem nutro alguma simpatia e respeito?
Pensem bem: Chegar aqui, com 35,8% de inquiridos a aceitarem como inevitáveis as alterações propostas para os sistemas de Saúde e Educação, não sendo uma vitória estrondosa, é um resultado encorajador. Basta que ceda um pouco nos poderes do PR e faça alguma cosmética nas propostas relativas às questões sociais e terá, de onde espera ter, o apoio necessário.
Quando chegar a altura de votar, acontecerá como o perú faz, vota no Natal e... zás!
Não sei comentar esta situação.
ResponderEliminarPedro P Coelho, mostrou um pouquinho as garras e logo que entram no poder afiam-nas mais desenvergonhadamente.
Esperava que apresentasse modelos novos e mais justos para a educação, a saúde, as finanças, a gestão das coisas públicas....
São bons na oposição mas como governo cedem todos aos interesses dos boys e dos lobies e quem se lixa é o Zé povinho que continua a sofrer com as injustiças e arrogâncias.
Gostei da frase: "a bela imagem de M.C. Escher, apesar de um sebastianino nevoeiro, mostra PPC em tranquila refeição"
ResponderEliminarExcelente ilustração, também vou por aí...
ResponderEliminarOs tuggas falam de barriga cheia em relação ao nosso SNS. se vivessem nos Estyados Unidos é que iam ver o que é filas de espera e se não tivessem dinheirinho ou seguro de saude, batiam as botas á porta do Hospital....
ResponderEliminarAh pois é....
Caro Luis Coelho
ResponderEliminarO Zé Povinho faz o manguito, mas parte dele não, para seu mal
Faz como o perú
Vota no Natal
(alegremente, dizem que perú
embriegado
não dá sequer pela morte
coitado...
LOL
ResponderEliminarNão entendo essa forma de FAZER política
excluíndo-se
sem aceitar a exclusão:
Usar todos os instrumentos que a polís lhe dá
saude
escola
(sem passar bola)
urbanização
transportes
vias de locomoção
(sem qualquer emoção)
Ando a estudar fisiologia
para saber como os miolos são
como é que uns pensam assim
e outros, não
Ariel,
ResponderEliminarTambém vai por aí?
Não percebí!
(espero que não entre nesse labirinto...)
Pois é Polittikus,
ResponderEliminarMas os tuggas correm o risco disso acabar
O endinheirado
diz que isso custa
muito dinheiro
ao Estado...
Vim apresentar pessoalmente as minhas despedidas...se for curioso, no Banzai explico porquê.
ResponderEliminarABRAÇOSSSS
Até Breve!
Lúcida abordagem, que subscrevo integralmente.
ResponderEliminarSe os portugueses não acordarem e virem o Lobo debaixo do coelhinho, nem quero imaginar.
ResponderEliminarQuanto às sondagens,não acredito nelas.
Bjos