06 janeiro, 2012

Aquilo a que chamamos destino...

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Somos o que sentimos e o que pensamos e, 
para além disso, somos a memória deixada!, digo eu.
Diziam-me amigas esperarem que eu pegasse num texto anterior para o tratar a meu jeito. Adivinhavam-me o intento, pois não é impunemente que um poeta fala como Minha Alma. Quis aquilo a que chamamos destino, que uma má noticia  desviasse a intenção. Regresso ao que tinha planeado e pego numa expressão usada: "Somos o que sentimos e o que pensamos e, para além disso, somos nada!", para discordar da parte final. É que só somos mesmo nada se de nós não ficar qualquer memória do que sentimos e pensámos, quando éramos a ideia de ser tudo... 
E que dessa memória fique a da gente boa, pois os falsos bons e o tiranos deixarão actos e seguidores que os hão-de bem lembrar...
imagem retirada da net e já repetida em post anterior  

19 comentários:

  1. Concordo totalmente com "É que só somos mesmo nada se de nós não ficar qualquer memória do que sentimos e pensámos, quando éramos a ideia de ser tudo..."
    Porque nós podemos, sempre, escolher... se queremos ficar na memória por termos sido gente boa ou... da outra ;)

    Bjos

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  2. somos as recordacoes de outros

    vamos pelo menos tentar fazes com que sejam boas

    Bjinhos
    Paula

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  3. Eu acho que somos mesmo nada, as memórias são curtas, três gerações posterior e ninguém se recorda mais do meu nome.

    Beijinho e uma flor

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  4. Volto para ler.
    Hoje foi um dos dias mais tristes da minha vida.
    Estou sem cabeça para nada.
    Beijinho

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  5. Reflexão difícil. Somos o que sentimos, mas somos para os outros...

    Beijinho

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  6. Somos originais

    bibliotecas
    memórias
    amanhãs
    azinhagas
    asa


    Somos o que inventamos
    e construímos
    e destruímos

    a verdade relativa das mentiras
    pequenos deuses caseiros

    Somos?
    Somos.

    Sem drama nem comédia
    no palco dos vaidosos
    na plateia dos vencidos

    Abre o pano cai o pano não existe pano o tempo passa

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  7. Ai Rogério quanta psicologia e sabedoria neste texto, embora hoje esteja como a Fernanda, sem cabeça e completamente engripada, mas voltarei no fim de semana, até para ver outras coisas que perdi.
    Agora só reforço essa sua ideia e coragem de falar dos falsos bons, coisa que sempre me fez muitas "cócegas" desde a minha juventude e de que pouca gente fala. Sempre me irritaram os falsos bons, completamente, embora com a idade tenha aprendido a ignorá-los.

    Uma boa noite e até amanhã. Vou com esta ideia "avinagrada" descansar.

    Beijos

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  8. Permaneceremos nas memórias que vamos transmitir aos que se seguirem.

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  9. Sabe Rogério, concordo totalmente com a sua discordância: só seremos mesmo nada "se de nós não ficar qualquer memória do que sentimos e pensámos, quando éramos a ideia de ser tudo". São palavras sábias.

    Há um capítulo dedicado a esta questão num famoso livro do Nobel Richard Dawkins, O Gene Egoísta, em que o autor defende que a transmissão cultural pode ser tão ou mais forte do que a transmissão genética. Por exemplo, Mozart é lembrado pelas suas sinfonias e por isso perdura; Sócrates, o filósofo, também é lembrado entre nós, e embora nunca tivesse escrito nada, a sua filosofia ficou registada nas obras dos seus discípulos que o recordaram, em particular Platão. Em suma, estaremos longe de ser nada se perdurarmos na memória dos vindouros, pela obra que deixamos.

    Mas mais do que isso, se vivermos uma vida plena, a vida já vivida ninguém no-la poderá tirar, mesmo que todas as memórias se apaguem. Essa é a mensagem do longo poema de Alfonso Canales, "Discurso de César às Legiões", de que tanto gosto, e que reza assim:

    "Quando a mão cessar de agitar-se, e o lábio
    de tentar falar; quando terminar
    de organizar a minha destruição, e começar
    a organizar meu esquecimento; quando for
    coisa ou, menos ainda, a pegada de um gesto
    ou, menos ainda, referência
    de uma mancha muito zelosamente
    apagada; quando acabem
    as solúveis escórias, os destruídos
    torrões, a fumarada,
    de espalhar-se e afastar-se e ver-se
    sumidos num fundo saco vazio; quando
    nada estiver como está, como não esteve
    nunca; quando já ninguém
    entender nunca o que é nunca, e sempre
    simule eternidades novas;
    quando outros mordam o engano, ferido
    o palato, e creiam a pés firmes
    que estão e são, etcetera; e mais tarde,
    quando já não haja nada que crer ou ninguém
    que creia; quando não haja
    ninguém; quando todas as récitas
    acabem, se dispam os actores
    de máscara e de pele, e o público
    se retire e vá dormir, se apaguem
    as luzes, e os ratos
    busquem nas plateias
    algum pedaço de chicle húmido; quando morrerem
    também os ratos e os gulosos
    vermes dos ratos e os pequenos
    animais (ou plantas) que devoram
    os vermes dos ratos; quando abatam
    seu estríado prestígio os fustes; quando o brilho
    se ensombre, e a sombra
    se esfume; quando
    tudo se suma num longo silêncio, e não haja um só
    sinal para decifrar, TEREI VIVIDO."


    (Alfonso Canales)

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  10. .

    .

    . que sejamos então memória . como legado deste tempo que passa .

    .

    . um abraço .

    .

    .

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  11. seremos memória

    os bons e os maus, com seguidores ou sem eles

    mas essa memória perpetua-se, por isso recontamos aos filhos e estes aos netos e estes aos bisnetos

    porque nada se deve esquecer

    um abraço, Rogério!

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  12. Somos só passagem, sem rasto' Não creio!


    Não tenciona fazer lançamento do seu livro?

    Bom fim de semana.

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  13. Meu amigo:
    Somos o que sentimos e o que pensamos e deixaremos sempre em quem nos ama a recordação do nosso sentir e pensar, quer seja bom ou mau.
    Portanto resta-nos seguir o nosso destino com sinceridade.

    beijinhos

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  14. Ninguém passa por cá sem deixar a sua "pegada"... mais física, menos física, a nossa existência - colectiva e individual - não passa "impunemente" pelo espaço/tempo.
    "Que dessa memória fique a da gente boa!"
    Abraço!

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  15. São,
    Estou planeando a apresentação do meu livro. Obrigado por seu cuidado...

    (será um prazer conhece-la)

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  16. Somos o que sentimos e o que pensamos e ao sê-lo há, inevitavelmente gestos associados que poderão ou não ficar na memória dos que nos rodeiam porque as memórias, como nós, estão destinadas à morte.

    NADA MAIS há a acrescer a um sentimento, a um pensamento que se revela identidade.

    L.B.

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  17. És memória recente, és memória compartilhada. És memória presente que brinca de memória futura, para sempre seres guardado na memória desejada.
    Um grande bj

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  18. Dizes bem, amigo Rogério.

    Somos o que congénita e geneticamente herdamos, mais as memórias do que implicitamente nos é passado, no presente.

    Beijo

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  19. Concordo! mas também somos um pouco mais...

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