O meu amigo Rodrigo (Folha Seca) é um homem desejoso de ver o que tarda em aparecer. Mal se acende uma luzinha, nem que seja, um "vaga-lume", pensa: é agora. Suponho que foi isso que mais uma vez lhe aconteceu ao ler um manifesto - Manifesto para uma esquerda livre - que de pronto subscreveu e me foi propor lá na minha página do facebook. Respondi logo ali, mesmo sem ler o tal manifesto, mas deixando-lhe a promessa de o ir fazer:
"Só o titulo me arrepia. Esquerda Livre? Livre da direita? Não me parece, pois é redundante com a própria identidade de esquerda. Livre de qualquer ideologia? Mas se é livre de qualquer ideologia, como combate a ideologia de direita? Denunciando-lhe a desumanidade? Mas isso é mera contestação sem avançar com os seus próprios valores... Livre de outra esquerda? Mas isso soa-me a divisão, que fazemos de uma esquerda livre que mete outra num gueto? Com todas estas interrogações, vou ler. Comentarei se for caso disso..."
Depois de ter lido, confirmo as apreensões. E nem comento. Limito-me a reproduzir o que outros já disseram e que subscrevo:
"(...) Fora de brincadeiras. Que vazio confrangedor. Tanta frase vã que, há anos, vejo escritas em diferentes colunas de opinião, emaranhadas numa coisa a que alguém resolveu chamar manifesto. Para todos os que, como eu, se irritam com o adiar da unidade de acção que PCP e BE têm de construir, estes manifestos fazem-nos perceber que tudo podia ser muito pior sem uns e outros. Não fosse a palavra “Esquerda” e “Direita”, todos os Camilos Lourenços deste planeta não teriam qualquer pudor em subscrever este manifesto." (Tiago Mota Saraiva, in 5 dias.net)"Tiago, vi ontem o texto e a primeira ideia que me veio à cabeça foi exactamente esta: «Piscam o olho a todos os pedreiros-livres.» Não estou sozinha…" (Joana Lopes, num comentário lá deixado)
Muito confuso Rogério, eu fico a ver navios "esse negócio de esquerda¨¨e direita até parece coisa de quartel> de soldados enfileirados, e...me enrolei toda.
ResponderEliminarSó digo uma coisa Portugal* é maior que eles todos, basta ir à luta...Unidos vencerão ...
Beijos daqui, do Brasil...nada bem por aqui, fingimos, somos os palhaços do Planeta...
Caro Rogério
ResponderEliminarAgradeço a referência, mas se me permite pelos queria fazer duas correcções:
1 É verdade que sou “um homem desejoso em ver o que tarda em aparecer”. Não é verdade que mal se acenda uma luzinha pense que é agora e vá a correr. Há mais de 20 anos tornei-me um cidadão independente de esquerda e do ponto de vista ideológico, mantenho-me Marxista.
2 Não lhe propus nada. Apenas partilhei na sua página um post que publiquei no meu blogue.
Quanto ao resto, o meu caro, que já há uns tempos me acompanha, sabe bem o que penso sobre a necessária unidade das esquerdas (digo das porque considero que são plurais)
Subscrevi e divulguei um manifesto com que me identifiquei e considerei uma pedrada no charco de águas pantanosas que só criam parasitas à volta.
Tenciono voltar ao assunto.
Abraço
Rodrigo
Tantas palavras largadas ao vento e sopradas a favor deles. Cada vez fico mais confusa e cada vez, tenho mais medo pelos meus filhos e netos(quando os tiver) estamos num país sem rei nem roque. Beijos com carinho
ResponderEliminarResposta ao Rodrigo
ResponderEliminar1 - Posso alterar no texto, a expressão vaga-lume, por pedrada no charco. E digo-lhe, a imprensa irá ampliar-lhe a ondulação fazendo parecer um verdadeiro tsunami...
2 - Quando colocou no meu mural o manifesto entendi que era para eu assinar. Se não era, tinha lá o convite para que o fizesse...
Entretanto há uma coisa que nos liga: É essa expectativa de que a unidade venha a acontecer. Não será desta, quer-me parecer...
Sublinho o dito pelo Tiago: "Para todos os que, como eu, se irritam com o adiar da unidade de acção que PCP e BE têm de construir, estes manifestos fazem-nos perceber que tudo podia ser muito pior sem uns e outros."
Também estou de acordo que a esquerda tem que se unir.
ResponderEliminarAcho bem este debate de ideias, desde que o objectivo comum seja o futuro do nosso país.
Assim como está é que não é nada.
beijinhos
Caro Rogério
ResponderEliminarTotalmente fora do contexto deste 'post', peço-lhe que reenvie o comentário que deixou lá no meu canto.
Não sei o que se passou mas o seu comentário foi à vida.
Peço desculpa e agradeço a atenção.
Abraço
É capaz de ser uma redundância...
ResponderEliminarSubmarinos à vista
ResponderEliminarÉ verdade que o texto não é muito feliz (a começar pelo título) mas percebi a ideia e concordo com ela.A esquerda não pode continuara dividida e depois queixar-se permanentemente da direita.
ResponderEliminarOu assume coligações, ou boa noite tio Pedro. Veja-se, por exemplo, o que acaba de acontecer na Grécia e o que provavelmente voltará a acontecer daqui a um mês.