11 maio, 2012

O cu e as calças, a incapacidade de estabelecer conexões e retirar conclusões...

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O criador deste cartoon irá, talvez, levar a mal, mas tinha-o de roubar.

No prédio do Rogérito, a vizinha do 4º andar tem, agora, a despensa quase vazia. Mas tem andado com azia. Farta de comer enchidos e ovos mexidos, de andar quatro dias a comer atum e cavala, agora questiona a dona Esmeralda, quando é que o merceeiro dará outra balda, que lhe alivie a magra bolsa. Coitada. 

Entretanto, há pouca gente a fazer correlações entre as margens de lucro do merceeiro e outras dimensões. Quanto ao lucro: "O presidente do grupo Jerónimo Martins alegou que na campanha não houve prática de "dumping" (venda a preço inferior ao do custo), embora tenha admitido que possa ter havido "um ou outro preço errado" em 16.000 referências de produtos." (*) 

Quanto às correlações, que tal o campeão da distribuição ter passado a ser o segundo homem mais rico e os mais pobres terem ainda mais empobrecido? Que tal assinalar que o crescimento da cadeia acontece na proporção com que a terra cultivável desaparece, o trabalho agrícola é abandonado e o endividamento cresce? 

Será que o cu deixou de ter a ver com as calças?

(*) Como se perceberá o lucro do Pingo Doce não corresponderá à diferença entre o preço de compra e o da venda. Os seus próprios custos terão naturalmente que ser considerados. Mas isso é história que não vem a público...

11 comentários:

  1. É que uns têm o cu e mais nada e os outros têm as calças. Vários pares!

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  2. Caro Rogério
    Faz bem em não deixar esquecer o "assunto" até porque o mesmo vai andar por aí "tomando novas formas e qualidades" se eu nãofalo mais no assunto é por estou metido no "barulho" indirectamente.
    Espero que esteja melhor da sua azia. não, não é do filete de "cavala", de que falo.
    Abraço
    Rodrigo

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  3. Por outras palavras, mas abordei o assunto na mesma perspectiva num dos posts que escrevi.
    Talvez ainda volte ao assunto, se tiver paciência...

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  4. Triste é vermos aqueles que trabalham, que produzem, serem despojados da justa paga pelo seu esforço, enquanto outros se enchem, sem nunca se verem cheios...

    L.B.

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  5. Pois Rogério, essa tem sido a base dos meus comentários a esta questão. Os ricos cada vez engordam mais e os pobres pese embora todas as teorias de que os artigos são mais baratos nestas cadeias, continuam a ir à sua mercearia de bairro, onde continua a haver o livro de fiados, cujo saldo negativo é acertado quando chega a reforma, sempre magra.

    Depois há os outros pobres explorados, que são os produtores, como todos sabemos, que cada vez menos têm alternativas.

    Mas, tal como tu estou optimista e convencida de que isto vai levar uma grande volta.

    Beijos

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  6. Como não há-de o pingo ser doce? Jorra que nem mel...Mas pode ser que, um dia, o sapo depois de ter engordado tanto...rebente que nem um balão!!
    Beijo
    Graça

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  7. Olá amigo, a triste realidade é que os ricos cada vez estão mais ricos e os pobres daqui a pouco nem cinto usam...para quê? Se também não vão ter calças para vestir...pode ser que comam tanto que rebentem aí estou de acordo com a Graça. Beijos com carinho

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  8. Atenção ao prazo de validade. Dele e do que põe à venda.

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  9. Rogério

    Quer saber onde me pode encontrar? Aqui,
    http://quem-es-que-fazes-aqui.blogspot.pt/ mais uma vez.

    Beijo

    Laura

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  10. Tive que arranjar paciência para ouvir o merceeiro lol no programa Negócios da Semana... tem uma lata... uma coisa eu sei... aquela de não despedir empregados é uma grande mentira... está a despedir e soube isso por alguém que lá trabalha... ora nesta altura em que se ultrapassou os 15% de desemprego... faz o que quer dos funcionários e até os pode pôr a trabalhar de dia e de noite... porque o medo de ficar sem emprego é enorme mas aquela de que é um benemérito por ser cristão... e ajudar os funcionários endividados e mais não sei quantas coisas...
    ...não consegui ouvir até ao fim... tanta baboseira...

    Bjos

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  11. Pois Rogério, essa tem sido a base dos meus comentários a esta questão. Os ricos cada vez engordam mais e os pobres pese embora todas as teorias de que os artigos são mais baratos nestas cadeias, continuam a ir à sua mercearia de bairro, onde continua a haver o livro de fiados, cujo saldo negativo é acertado quando chega a reforma, sempre magra.

    Depois há os outros pobres explorados, que são os produtores, como todos sabemos, que cada vez menos têm alternativas.

    Mas, tal como tu estou optimista e convencida de que isto vai levar uma grande volta.

    Beijos

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