16 maio, 2012

Uma esquerda comprometida

"É preciso juntar forças. Somar gentes que se oponham à política da troika e que sejam intransigentes nesse combate. Juntar partidos, movimentos e cidadãos que não se reconheçam no capitalismo. Construir uma esquerda com a ambição de vencer que esteja comprometida com a luta pela a igualdade. A crise é uma máquina de liquidação dos direitos sociais e políticos da maior parte da população. Vai ser difícil a mobilização das pessoas atormentadas pelo medo, separadas pelo receio de perderem o pouco que têm. A esquerda da igualdade tem de saber que o seu campo se edifica construindo novos sujeitos políticos que não se esgotam na política institucional. A afirmação de uma política de esquerda passa por dar poder às pessoas, fazê-las sujeitos e não espectadores da construção de uma alternativa. Não se trata de mudar a composição de um parlamento trata-se de inventar uma outra forma de fazer política. Afirmar que todos somos actores da nossa própria emancipação. O terreno desta luta está na conquista da rua e na afirmação da intervenção radical. A massificação da rua não pode impedir a multiplicação das tomadas de posição que procurem o choque. As acções concretas devem servir para demonstrar a irracionalidade das políticas neoliberais e de pôr à vista a violência de um Estado que reprime para as aplicar. Elas devem reivindicar o princípio do olho por olho e dente por dente. Vivemos num mundo global. Nenhuma luta é somente nacional, mas todas são feitas num local concreto. A crise ainda agora chegou, a multiplicação das redes de activistas, o reforço das suas ligações e o aumento do número de militantes combativos são uma das premissas fundamentais para transformar a crise, num determinado momento, em crise do capitalismo." 
(Nuno Ramos de Almeida in Cinco Dias, e também transcrito por Ana Paula Fitas in A Nossa Candeia)

10 comentários:

  1. Rogériamigo

    Eu também gostava que houvesse uma Esquerda unida, democrática e em Liberdade. Escrevi gostava porque, infelizmente, isso está cada vez mais longe. Mas, não podemos desanimar.

    Nunca mais apareceste lá na nossa TRAVESSA; e eu já voltei dessa terra abençoada que é Goa, a 18 do mês passado. Espero por ti, gosto de te ver por lá e dos teus comentários.

    Abç

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  2. Pelos comentários nos Cinco Dias

    fiquei esclarecido
    quanto aos submarinos
    frustrados
    por não serem tão só barcos de pesca
    mas registo a boa ideia de alguns
    Até na Alemanha
    o partido dos piratas
    tem deputados
    Ao quisto chegou

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  3. Um política, e principalmente uma atitude radical das pessoas, para com tudo que sejam instrumentos (grandes ou pequenos) do capitalismo!

    Forte abraço!

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  4. Rogério

    E...acredita que alguma vez os partidos de esquerda se vão juntar, para formarem essa frente (que seria muito bom), mas não creio que isso alguma vez aconteça.

    Um beijinho
    Sonhadora

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  5. Concordo: é preciso unir esforços e vontades!!

    Mas parece-me que a Esquerda ainda não aprendeu a superar divisões em prol de um objectivo comum.

    Oxalá esteja equivocada.

    Fica bem.

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  6. Amigo Rogério,

    Mais do que falar em "esquerda" unida, gostaria de ver uma mudança profunda da sociedade.

    Acredito, que a forma mais justa e equilibrada das sociedades, passa por uma democracia participativa.

    É necessário inverter a "pirâmide", as decisões devem ser tomadas nas bases.

    Entretanto, como esse sonho é actualmente impossível colocar em prática, concordo contigo que a uniões das esquerdas é necessária.

    Um grande abraço

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  7. Meu caro, estou totalmente de acordo da a unidade da verdadeira esquerda contra a imposição capitalista que domina o nosso País, por uma sociedade menos desigual,mais justa, mais democrática.
    Cumprimentos

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  8. Uma esquerda prometida...que tarda.

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