06 fevereiro, 2021

Hoje, não vai haver o que sempre houve...

Logo, ao jantar,
não haverá o que sempre houve,
não haverá à volta da mesa:
a alegria costumada
não rirás
não rirei
não rirão
não riremos
Não haverá velas num bolo,
troca de olhares
e flashes 
Não cantaremos
(os miúdos não vão poder apagar
as velas, nem cantar também)
Depois,
depois não fará sentido voltar a dizer
Ah, quanto te quero bem...
Ou, saudoso, talvez ainda diga
aquela frase batida
assim
Se não fosses tu
não sei o que seria de mim

Rogério Pereira/6Fev2021

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