21 fevereiro, 2012

Carnaval... hoje não me disfarço. Fico igual.

De mil escolhas, hoje não me disfarço.
.

Você? Porque não um palhaço?
Ninguém lhe levará a mal
.
<>o<>
.
Recitar, 
enquanto tomado pelo delírio
não sei mais aquilo que digo 
e aquilo que faço. 

Todavia é necessário. 
Esforça-te! Vai! 
És tu talvez um homem? 
Ah! ah! ah! ah! ah! 
Tu és Palhaço. 

Veste o casaco
e a cara enfarinha. 
O povo paga 
e quer rir aqui. 

E se Arlequim 
te rouba a Colombina, 
ri Palhaço e
cada um aplaudirá.

Muda em piadas 
o espasmo e o choro, 
numa careta o soluço e a dor.
Ah! Ri Palhaço, 
sobre o teu amor partido.
Ri da dor 
que te envenena o coração!
.
----------.....................................------- (ver aqui)

19 comentários:

  1. Também eu não!

    Já somos dois! Que felizes nos podemos considerar!!!

    Beijo

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  2. :) Carnaval! É a palavra exacta para descrever a miséria deste país! Vivemos um intenso e Carnaval o ano inteiro, pelo menos somos tratados como palhaços!

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  3. Caro Rogério
    Uma boa forma de "comemorar" este dia, supostamente de alegria.
    Abraço
    Rodrigo

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  4. Escolhi para cabeçalho do meu Blogue um pobre e um palhaço que representa exactamente como me sinto :(
    Hoje estou triste :(
    Continuo o ouvir "I Pagliacci" de Ruggero Leoncavallo " e mais triste fico...
    beijinhos

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  5. Amigo Rogério, mea culpa, mea culpa!! Também está contemplado com o desafio de fino recorte literário, lá na Turista! ;)
    Beijinhos.

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  6. Eu também fico igual. Mas devíamos todos, todos, sem exceção, sair para as ruas exigir a queda destes palhaços que nos (des)governam!

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  7. Eu também fico igual a mim própria Rogério, mas isto da tradição tem muito que se lhe diga.
    O primeiro prémio Nobel de Literatura Sully Prudhomme dizia que a diversão era a expressão da miséria humana, porque uma sociedade livre e feliz a dispensaria perfeitamente, ele preferia o silêncio, uma boa conversa com os amigos e expressões de vida mais autênticas. Não tenho aqui comigo o excerto que guardei ao longo do tempo, mas mais logo talvez o traga, se o encontrar.

    No entanto o que no Carnaval é mais complicado é a adulteração e importação de costumes. Há expressões populares e espontâneas que se vão perdendo e que muitas vezes marcavam um sentido crítico e interessante da sociedade, embora grande parte das vezes não deixasse de ser uma necessiddae de sermos por um dia pessoas diferentes e darmos azo a extravasar o que muitas vezes não podemos ou não somos capazes de ser. É muitas vezes a criança que existe dentro de nós ou o pobre que não tem outro dia de euforia e de sonho, senão aquele.
    Não me mascaro, mas não deixo de apreciar algumas expressões populares mais espontâneas, aquelas que nascem na rua a partir do nada, não tanto os cortejos organizados.

    Mas, o que não aprecio mesmo é o Carnaval do Governo que temos, que está a gastar água e luz, subsídios de refeição, etc, para estarmos a trabalhar para as moscas num dia destes e a pedir estatísticas de manhã, à tarde e à noite para os noticiários de conveniência.

    Beijinhos e espero que o dia tenha sido bom e divertido, em família.

    Branca

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  8. A máscara só disfarça o que se é, realmente. E alguns abraçam a ilusão, atribuindo-lhe o sabor de alegria, para despertar sua decepção, em curto espaço. Se conseguir raciocinar!!!

    Bjs.

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  9. Vou beijar-te agora,
    Não me leva a mal,
    Hoje é Carnaval...
    Beijo :)

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  10. Tenho um problema:Sou brasileira e não gosto de carnaval!!!! Para alguns é quase um crime. Lá pela adolescência dei meu pulinhos, mas até agora, nada, prefiro ir p "Vila do Sossêgo", sabe o q é isso??? Pior q peixe fora d'água!!!Claro, admiro o Carnaval do ponto de vista cultural,escolas de samba muito criativas, bloco de fuliões, música e para por aí!!! Não sei de onde esse povo tira tanta "alegria", (penso q é p esquecer a tristeza).Muito suor, calor, estradas lotadas e em alguns lugares o carnaval começa uma semana antes e termina uma semana depois, os lugares parecem que foram atacados por uma nuvem de gafanhotos. Bem, quando dá procuro um "retiro", mas quando não dá, vejo munha cidade triplicar a população (já que é no litoral), e ai o "bicho pega". Onde está o espírito carnavalesco, sei lá, decididamente, nesse aspecto não me identifico com a "massa".Abraços

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  11. Nunca me mascarei, não é agora -sexagenária - que vou começar!

    Tudo de bom, meu caro Rogério.

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  12. o mais interessante noq ue tenho visot pelo mundo, e que o povo enquanto tiver o carnaval sem ter de se preocupar em como ele vai acontecer, esta contente.

    Quando de repente temos de pensar em como vai acontecer, as cores perdem-se

    Bjinhos
    Paula

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  13. Meu amigo

    Eu digo apenas...POBRE POVO.

    Um beijinho
    Sonhadora

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  14. As máscaras mais inofensivas

    são as de papelão

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  15. Wow!!!
    Agora até se ouve árias de ópera no seu blogue, Rogério, e depois diz que eu é que sou burguesa.

    A Internacional e o Carnaval também podem ir de mãos dadas assistir ao Cortejo, um lindo par como o Merkosy.

    Quando vi a imagem lá em cima, vi logo, que Miró andou por aqui.

    Düsseldorf, Helau!!!

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  16. excelente escolha. para alegrar a alma...

    abraço

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  17. Palhaços somos todos, uns mais do que outros, ou pelo menos, fazem-nos crer que somos.

    As máscaras acabam sempre por cair.

    Sinceramente nunca usei, tenho uma bem exclusiva, a minha de sempre. Por mais voltas que lhe tente dar, não há nenhuma igual à minha... Só talvez a da minha mãe, sim essa sim!

    Beijo

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  18. ...nem sei que dizer...desde pequena, sentia uma estranha tristeza quando via palhaços... especialmente aquelas duplas entre palhaço rico e palhaço pobre... aquilo do muito esperto estar sempre na mó de cima não me fazia rir... quem sabe se não seria uma premonição de vir a virar palhaça... à força

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  19. Constato que Miró andou à solta pela blogosfera em terça-feira de Carnaval. Os palhaços, porém, ficaram retidos nos gabinetes de S. Bento e Belém. Sem agenda.

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