« ...o auditório que está cheio, com gente ocupando todos os pedaços livres de chão. E vieram para ouvir Afonso Cruz, Ana Luísa Amaral, Júlio Magalhães, Manuel Moya, Rui Zink e Valter Hugo Mãe, com moderação de Henrique Cayatte, falarem sobre o tema “a escrita é um investimento inesgotável no prazer”... » Vieram-me dizer que foi possível passar uma noite inteira nessa cavaqueira. Não será à falta de palavras que não se lhe ouve falar o que lhes seria de esperar que falassem, sobre se o mundo, que já é quase um deserto de ideias, não o virá a ser também de afectos. Desses mesmos que os escritores usaram, gozando o privilégio de saberem manipular as emoções.
HOMILIA DE HOJE
As palavras são boas. As palavras são más. As palavras ofendem. As palavras pedem desculpa. As palavras queimam. As palavras acariciam. As palavras são dadas, trocadas, oferecidas, vendidas e inventadas. As palavras estão ausentes. Algumas palavras sugam-nos, não nos largam: são como carraças: vêm nos livros, nos jornais, nos «slogans» publicitários, nas legendas dos filmes, nas cartas e nos cartazes. As palavras aconselham, sugerem, insinuam, ordenam, impõem, segregam, eliminam. São melífluas ou azedas. O mundo gira sobre palavras lubrificadas com óleo de paciência. Os cérebros estão cheios de palavras que vivem em boa paz com as suas contrárias e inimigas. Por isso as pessoas fazem o contrário do que pensam, julgando pensar o que fazem. Há muitas palavras.
Há palavras que respiram por guelras
ResponderEliminare não querem salvar o mundo
só ajudar
Podem tanto, as palavras!
ResponderEliminarMas são precisamente as que nos falam do mundo (perto de nós), as únicas capazes de nos tocar a pele, de nos emocionar ou nos fazer rir do ridículo de nós... São estas as que têm a capacidade de se inscreverem adubo,sementes, ideias...
Uma palavra que não nos toque, não nos muda.
Um beijo
E há palavras que são balas, certeiras.
ResponderEliminaro mais importante e que sejam ditas
ResponderEliminarBjinhos
Paula
Ditas e sentidas!
ResponderEliminarBeijinho e as melhoras
Sou, de facto, fã destas homilias.
ResponderEliminarOs textos casam bem, as palavras são importantes quando transportam sentidos, mas a tua ilustração condensa a ideia central!
Beijinho e boa semana, amigo.
Precisamos, realmente, de um grande impulso.
ResponderEliminarUma grande homilia, Rogério.
Abraço
E por isso nos confundem.
ResponderEliminarHoje vim à homilia, não te queixes!!!
Beijo
Palavras, depois de pronciadas ou escritas, vão ao vento, singram espaços, crescem, diminuem, colorem-se ou desbotam. Tudo irá depender da força e da intenção de quem as impulsionou para a vida. As tuas, se queres ter notícia, fertilizaram no meu solo e estão se desenvolvendo muito felizes e saudáveis. Fica tranquilo, cuidarei bem delas.
ResponderEliminarUm grande bj querido amigo
A palavra não é mais, que uma desordem ordenada de 26 letras que está presente em todos os momentos da nossa vida, desde o nascimento à morte.
ResponderEliminarBeijo
Amigo Rogério:
ResponderEliminarA foto com o seu pensamento é perfeita. Um terreno árido precisa de palavras-semente e palavras adubo para florir de novo.
Precisamos de palavras que nos devolvam a vontade de as cultivar.
Aqui, a amizade e a partilha de palavras é um bom exemplo disso.
beijinhos e boa semana
Dito, escrito e jogado ao vento ...
ResponderEliminarhttp://atitudesquefazemdiferenca.blogspot.com/
Que a palavra seja a esperança, dum dia o jardim da vida voltar a estar colorido.
ResponderEliminarum abraço
cvb