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Ontem editei um lugar, tem alcaide que sabe para onde vai. Hoje edito este outro, onde me encontro. Já teve outra vida. Teve gente. Teve farmácia. Médico. Escola. Perdeu tudo isso em menos de cinco anos. Talvez, como muitas outras vilas e lugares do nosso país, não tenha outra opção do que esperar que definhe...Comentou-me ontem, sabiamente, muita gente. Alguém escreveu a propósito da população de Marinaleda: "Voltar as costas ao mundo é uma tentação. Até que ponto possível, hoje, é que eu não sei." Julgo que são pertinentes as duvidas quanto a ser possível ou não. O "sistema" prefere ser ele a ter a iniciativa, no que se refere ao voltar de costas... Por cá, se estas pequenas povoações não voltarem as costas ao mundo, elas irão ver, como eu estou agora vendo, o "mundo" fazer-lhes isso.Que pena nos faltarem presidentes de junta copiando alcaides....
Caro Rogério
ResponderEliminarExcelente o complemento ao post de ontem. Inevitavelmente há mudanças que mais tarde ou mais cedo vão acontecer. Como e quando, não sei. Mas há-de haver um dia em que as pessoas vão perceber que só unindo esforços, vão sobreviver. Conheço minimamente essa zona, com algumas carências como anteriormente já descreveu. Mas há ainda muito pior por este Portugal profundo. Claro que não sou dos que digo: "Cala-te que há quem esteja bem pior".
Abraço
Rodrigo
Só que nós não temos o nervo, a força, a coragem dos espanhóis!...
ResponderEliminarLamento que assim [me] tenha lido.
ResponderEliminarL.B.
Nós já nem servimos para carne para canhão, quanto mais termos "o nervo, a força, a coragem dos espanhóis!", como diz a Graça.
ResponderEliminarTivemos o mundo nas mãos e perdemo-lo; tivemos a riqueza na mão e gastámo-la...hoje já nem Querer temos... somos um povo amorficamente cristalizado.
Beijo
Se calhar... ainda estamos à espera do D.Sebastião... somos o típico povo que pensa que alguém há-de resolver tudo... e em útimo caso, sempre se pode pedir um favorzinho.
ResponderEliminarAssim, nada muda.
Bjos
Nunca lá fui mas já vi a placa a indicar o nome da terra uma vez que até também pertenço ao distrito de Santarém!
ResponderEliminarAs aldeias estão a perder tudo, daí a revolta em relação à extinção de freguesias.
É que as populações, apesar de tudo, ainda sentem que o presidente faz tudo e mais alguma coisa para as defender!
Respondi ao seu comentário, Rogério!!!
ResponderEliminarLídia,
ResponderEliminarse peguei no seu comentário é porque concordo (absolutamente) com ele:
"Voltar as costas ao mundo é uma tentação?..."
É
"Até que ponto possível, hoje, é que eu não sei."
Também não sei.
Mas, como digo no post, o "sistema" nunca deixaria... como não vai deixar em Espanha.
Também acho, Rogério, que pena...!
ResponderEliminarSó com muitos alcaides ao jeito do de Marinadela o sistema poderia vergar, um só é pouco, embora seja um sonho bonito e que bom vê-los assim auto-suficientes e felizes.
Lembras-te da alfabetização, da reforma agrária, de palacetes abandonados que se transformaram em comissões de moradores, onde ainda hoje em alguns funcionam associações e creches? Lembras-te de como se abriram caminhos e se elecrificaram aldeias, ainda sem fundos europeus e endividamentos, pondo o exèrcito ao serviço das populações? Sim, porque só depois de Abril de 1974 muitos perceberam que no Porugal mais profundo nem electricidade havia. Também foi um sonho lindo, travado por um "sistema" tradicional que se instalou e nos trouxe até aos tempos de hoje, onde muitos jovens voltam a deixar de estudar por falta de meios económicos e onde os "tubarões" da EDP não tarda muito a deixarem famílias às escuras, por impossibilidade de acenderem as lâmpadas, a televisão, a internet, a comunicação com o mundo.
Já rectifiquei no post anterior uma situação que me é estranha, o comentário que saiu como anónimo, não sei como, quero que fique bem claro que é meu.
Sempre gosto de assumir as minhas posições de forma bem clara.
Beijos
Branca
Ontem li e vi os vídeos. Razão mais que suficiente para entender este lúcido desabafo, que mais não é que um inconformado toque a despertar.
ResponderEliminarEles tramam-nos a toda a hora, Rogério!
Abraço
Peço desculpa pelas repetições acima. O mundo do trabalho anda louco e a cabeça das pessoas que trabalham nessa condições já não funcionam ao fim do dia, :) ou :( ?
ResponderEliminarBeijinhos Rogério.
Branca
Pois também concordo que é mesmo preferível voltar as costas ao mundo e arregaçar mangas na procura de alternativas, do que deixar que o mundo nos vire as costas. E tem razão... mesmo que depois os modelos não sejam sustentáveis, que sejam a alavanca para a mudança... Beijo
ResponderEliminarExiste sim!
ResponderEliminarJá se chamou 'Aritium Vetus' e foi certamente melhor tratada nesses tempos remotos.
entretanto... depois de nós...
ResponderEliminare apesar de nós...
há gente que resiste
connosco
Também acho, Rogério, que pena...!
ResponderEliminarSó com muitos alcaides ao jeito do de Marinadela o sistema poderia vergar, um só é pouco, embora seja um sonho bonito e que bom vê-los assim auto-suficientes e felizes.
Lembras-te da alfabetização, da reforma agrária, de palacetes abandonados que se transformaram em comissões de moradores, onde ainda hoje em alguns funcionam associações e creches? Lembras-te de como se abriram caminhos e se elecrificaram aldeias, ainda sem fundos europeus e endividamentos, pondo o exèrcito ao serviço das populações? Sim, porque só depois de Abril de 1974 muitos perceberam que no Porugal mais profundo nem electricidade havia. Também foi um sonho lindo, travado por um "sistema" tradicional que se instalou e nos trouxe até aos tempos de hoje, onde muitos jovens voltam a deixar de estudar por falta de meios económicos e onde os "tubarões" da EDP não tarda muito a deixarem famílias às escuras, por impossibilidade de acenderem as lâmpadas, a televisão, a internet, a comunicação com o mundo.
Já rectifiquei no post anterior uma situação que me é estranha, o comentário que saiu como anónimo, não sei como, quero que fique bem claro que é meu.
Sempre gosto de assumir as minhas posições de forma bem clara.
Beijos
Branca
Peço desculpa pelas repetições acima. O mundo do trabalho anda louco e a cabeça das pessoas que trabalham nessa condições já não funcionam ao fim do dia, :) ou :( ?
ResponderEliminarBeijinhos Rogério.
Branca