Desculpa, não é minha a culpa...
Tens razão
Desculpa
Desculpa
Desculpa
Tem paciência
por esta longa ausência,
embora não seja minha
a culpa
É este miúdo aqui ao lado,
pedindo pão
É esta sofrida canção
É aquele vizinho,
que o perdeu o emprego
e mo diz em segredo
É esta, outra mulher,
que está chorando
porque é reduzida
a renda
que lhe vão pagando
É aquela flor que perdeu a cor
É a ave que se perdeu da árvore
É o sol que se esconde sabe lá Deus onde
É a Primavera
que se enganou
na data de regressar
e demora a chegar
É a lama, cheia de gente
que nela
entrou
de repente
É o senhor de pasta e gravata
que arrota
e quer mais
Não sei para me onde virar
tenho muito que fazer
para meu cravo defender...
Tens razão
Desculpa
Desculpa
Desculpa,
embora não seja minha
a culpa
Deixado num comentário à Gisa (revisto)
Beijo-te os olhos, pego-te as mãos, pouso tua cabeça cansada em meu colo e te faço dormir cantando baixinho. Tudo há de passar. Rezo em silêncio.
ResponderEliminarUm grande bj querido amigo
Comovi-me com o poema e o comentário da Gisa, porque é assim que um bom cidadão se sente neste momento, sem saber para onde se virar, por tão imensa que é a frente de combate e depois de tantas lutas travadas e outras tantas que tem pela frente sabe tão bem este miminho de um colo vindo do outro lado do Atlântico.
ResponderEliminar"Almas que não foram fardadas" nem na guerra, nem no mar, nem agora e aqui noutra espécie de batalhas...
Beijos
Branca
Profundo Caro Rogério.
ResponderEliminarSabe bem ler um coisa destas, neste dia, logo de manhã e recordar que há 38 anos muitos de nós nem sonhavamos que estávamos tão perto da liberdade.
Sim! Temos muito que fazer para o "nosso" cravo defender...
Abraço
Rodrigo
Rogério, "apenas" fabuloso.
ResponderEliminarUm poema singelo mas com uma carga emocional enorme.
Abraço.
Fabuloso no sentimento que transmite!
ResponderEliminarQuem viveu Abril e o seu sinho e a sua esperança e neste momento sofre este esmagamento da luz e da liberdade que nos trouxe só pde aplaudir comovidamente !!
Um abraço estreito e solidário, amigo e companheiro.
Olá amigo Rogério,
ResponderEliminarTanto por fazer e tu melhor que ninguém sabes para onde te virar.
Kandando sentido e solidário
Comovi-me com o poema e o comentário da Gisa, porque é assim que um bom cidadão se sente neste momento, sem saber para onde se virar, por tão imensa que é a frente de combate e depois de tantas lutas travadas e outras tantas que tem pela frente sabe tão bem este miminho de um colo vindo do outro lado do Atlântico.
ResponderEliminar"Almas que não foram fardadas" nem na guerra, nem no mar, nem agora e aqui noutra espécie de batalhas...
Beijos
Branca
Junto-me a si, pedindo 'Desculpa'.
ResponderEliminarAgradeço-lhe este momento de sentida preocupação cívica.
Agradeço por a sua voz ser a de tantos nós.
Beijo
Quanto tempo mais teremos de pedir desculpa pela culpa dos outros?
ResponderEliminarNão sei, mas sei que um dia seremos "culpados" por deixar de pedir desculpa.
Espero bem!
Abraço de Abril
É um poema de que não sei falar, ainda que tenha sabido sentir a ideia mais profunda mensagem.
ResponderEliminar[...]
L.B.
Sinto-me emocionada e sem palavras perante este pedido de desculpas de quem não tem culpa.
ResponderEliminarUm abraço, Rogério.
Muito bem! Muito Abril!
ResponderEliminarJá vai ser a terceira vez que vou dizer que adorei!! :)) beijo
ResponderEliminarAplausos ...
ResponderEliminarHavemos de conseguir defender este nosso cravo, custe o que custar.
Beijo
Ná
Ah! Só agora vi que este poema é dedicado à Gisa.
ResponderEliminarAssim já o compreendo melhor!