Eles são sempre necessários. Hoje mais do que nunca. Se não forem eles a mover, incentivar, esclarecer, denunciar e a fazer pensar, então os recuos civilizacionais já se começam a imaginar... Beijinho e bom resto de fim-de-semana.
O poeta/pensador, detentor do Saber cuja função se assemelhava à do pedagogo, (tal como o definiu Aristóteles) tende a desaparecer. Hoje,assiste-se a uma verdadeira revolução na área das novas tecnologias da informação e comunicação que faz com que o conhecimento circule com enorme facilidade e rapidez(embora nem sempre da melhor maneira, como é sabido). As gerações actuais procuram menos os livros,julgam precisar menos deles. Há quem desenvolva trabalhos académicos sobre este ou aquele autor, sem sequer ler a sua obra. Limitam-se aos resumos analíticos e à pesquisa na internet. Ler tornou-se para a maioria dos jovens uma actividade para a qual não têm, ou não querem ter tempo. É claro que há sempre exceções!
Deixámos de esperar porque cada vez há menos intervenção cívica por parte dos intelectuais. Seria preciso reinventar mais Saramagos e Migueis Torgas! O avanço das novas tecnologias poderá, paradoxalmente, constituir um sério recuo civilizacional.
Sem dúvida! Mas também a arte, onde está a arte? Nesta crise onde está a arte como essência e antevisão da utopia? Onde estão os actores, cantores, musicos, poetas, como interpretes do amanhã, na exigência do hoje? É que não se vê ninguém a agitar a alvorada.
Perder o medo! Que eu saiba os intelectuais nunca fizeram uma revolução. Podem, quando muito, através da análise, aperceber-se das razões por que ela não é feita. Outros nem isso fazem. Limitam-se a louvar a pinga (e a publicidade pinga sempre, dado que há um "mercado" de publicidade) que o Pingo Doce lhes oferece. Não vou citar nomes, por escusado. Estando vivos fisicamente, e gostando da pingoleta (palavra muito expressiva, utilizada por Camilo Castelo Branco no “Amor de Perdição” a propósito de uma freira…) morreram ideologicamente inebriados antes da morte física de Saramago, que continua a "viver" para muitos de nós. Mas basta de chorar sobre os intelectuais, sejam escritores ou não. Choremos sobre nós. Consignar unicamente aos intelectuais o dever de elucidar pode esconder várias coisas, entre elas o complexo de o não ser, o medo de errar na apreciação, a falta da prática. Pensar a realidade é o dever de todo e qualquer cidadão. Mas há muitas maneiras de pensar. Desde seguir acriticamente todos os conteúdos que nos são inculcados por diversos órgãos de informação ou até, frente ao próprio erro de apreciação, a falta de autocrítica. Por que terão surgido tantos blogues de esquerda na informação diária disponível? Que eu saiba nenhuma “operadora de caixa” (expressão bonita que esconde a realidade “operária”) terá tido a benesse de promover uma qualquer marca de vinho. Alguém me poderá apontar a razão? Intelectual foi Adolfo Hitler, com as consequências que todos nós conhecemos. Mas o Chico sapateiro (Francisco Miguel), operário, ele refletiu sobre a sua condição e a dos outros e agiu. E até já houve quem, sendo um intelectual, se considerasse “filho adoptivo da classe operária”. Dos que morreram e continuam “vivos”. Leia-se, a propósito, de Miguel Urbano Rodrigues, "Da utopia à revolta, da indignação à revolução", in www.odiario.info
Meu amigo concordo plenamente, mas esta participação tem que ser apoiada por todos. Acho que o comodismo adormeceu a nossa sociedade e os intelectuais não são excepção. Continue a reflectir!
O problema é se até eles estejam atônitos com os acontecimentos ao ponto de, boquiabertos, integrarem as frentes de surpresos com os absurdos. Penso que todos devem acordar do susto e apoiarem-se uns aos outros, pois é na união que ainda se pode tentar o revide. Um grande bj querido amigo
Concordo! É urgente a devolução da importância às Humanidades! É preciso ler, interpretar, discorrer para poder ser criativo! E isso foi tudo morto pela corrida a disciplinas como a Economia, a Informática e a (americanizada) Gestão! Não se pensa em mais nada: números, folhas de excel e dinheiro!
Eles são sempre necessários. Hoje mais do que nunca. Se não forem eles a mover, incentivar, esclarecer, denunciar e a fazer pensar, então os recuos civilizacionais já se começam a imaginar... Beijinho e bom resto de fim-de-semana.
ResponderEliminarTalvez se tenha cometido esse erro.
ResponderEliminarCada vez mais essa intervenção se afigura uma necessidade imperiosa e insubstituível.
O poeta/pensador, detentor do Saber cuja função se assemelhava à do pedagogo, (tal como o definiu Aristóteles) tende a desaparecer. Hoje,assiste-se a uma verdadeira revolução na área das novas tecnologias da informação e comunicação que faz com que o conhecimento circule com enorme facilidade e rapidez(embora nem sempre da melhor maneira, como é sabido). As gerações actuais procuram menos os livros,julgam precisar menos deles. Há quem desenvolva trabalhos académicos sobre este ou aquele autor, sem sequer ler a sua obra. Limitam-se aos resumos analíticos e à pesquisa na internet. Ler tornou-se para a maioria dos jovens uma actividade para a qual não têm, ou não querem ter tempo.
ResponderEliminarÉ claro que há sempre exceções!
L.B.
Deixámos de esperar porque cada vez há menos intervenção cívica por parte dos intelectuais.
ResponderEliminarSeria preciso reinventar mais Saramagos e Migueis Torgas!
O avanço das novas tecnologias poderá, paradoxalmente, constituir um sério recuo civilizacional.
Sem dúvida!
ResponderEliminarMas também a arte, onde está a arte?
Nesta crise onde está a arte como essência e antevisão da utopia?
Onde estão os actores, cantores, musicos, poetas, como interpretes do amanhã, na exigência do hoje?
É que não se vê ninguém a agitar a alvorada.
Abraço livre.
Esse recuo civilizatório também me preocupa...e muito, sinto que possa ser o prelúdio de algo maior...nem sempre melhor.
ResponderEliminarAbraços
Deverá haver mais participação cívica... por parte dos cidadãos, de todos os cidadãos.
ResponderEliminarAos poucos os economistas foram afastando os intelectuais. Alguns compraram-nos outros apertaram-lhes o garrote.
ResponderEliminarPerder o medo!
ResponderEliminarQue eu saiba os intelectuais nunca fizeram uma revolução. Podem, quando muito, através da análise, aperceber-se das razões por que ela não é feita. Outros nem isso fazem. Limitam-se a louvar a pinga (e a publicidade pinga sempre, dado que há um "mercado" de publicidade) que o Pingo Doce lhes oferece. Não vou citar nomes, por escusado.
Estando vivos fisicamente, e gostando da pingoleta (palavra muito expressiva, utilizada por Camilo Castelo Branco no “Amor de Perdição” a propósito de uma freira…) morreram ideologicamente inebriados antes da morte física de Saramago, que continua a "viver" para muitos de nós.
Mas basta de chorar sobre os intelectuais, sejam escritores ou não. Choremos sobre nós.
Consignar unicamente aos intelectuais o dever de elucidar pode esconder várias coisas, entre elas o complexo de o não ser, o medo de errar na apreciação, a falta da prática. Pensar a realidade é o dever de todo e qualquer cidadão. Mas há muitas maneiras de pensar. Desde seguir acriticamente todos os conteúdos que nos são inculcados por diversos órgãos de informação ou até, frente ao próprio erro de apreciação, a falta de autocrítica. Por que terão surgido tantos blogues de esquerda na informação diária disponível?
Que eu saiba nenhuma “operadora de caixa” (expressão bonita que esconde a realidade “operária”) terá tido a benesse de promover uma qualquer marca de vinho. Alguém me poderá apontar a razão?
Intelectual foi Adolfo Hitler, com as consequências que todos nós conhecemos. Mas o Chico sapateiro (Francisco Miguel), operário, ele refletiu sobre a sua condição e a dos outros e agiu.
E até já houve quem, sendo um intelectual, se considerasse “filho adoptivo da classe operária”. Dos que morreram e continuam “vivos”. Leia-se, a propósito, de Miguel Urbano Rodrigues, "Da utopia à revolta, da indignação à revolução", in www.odiario.info
Meu amigo concordo plenamente, mas esta participação tem que ser apoiada por todos.
ResponderEliminarAcho que o comodismo adormeceu a nossa sociedade e os intelectuais não são excepção.
Continue a reflectir!
beijinhos
O problema é se até eles estejam atônitos com os acontecimentos ao ponto de, boquiabertos, integrarem as frentes de surpresos com os absurdos. Penso que todos devem acordar do susto e apoiarem-se uns aos outros, pois é na união que ainda se pode tentar o revide.
ResponderEliminarUm grande bj querido amigo
Tenho para mim que as searas se secam, vencidas na vida
ResponderEliminarConcordo! É urgente a devolução da importância às Humanidades! É preciso ler, interpretar, discorrer para poder ser criativo! E isso foi tudo morto pela corrida a disciplinas como a Economia, a Informática e a (americanizada) Gestão! Não se pensa em mais nada: números, folhas de excel e dinheiro!
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