Esta é a madrugada que eu esperava / O dia inicial inteiro e limpo / Onde emergimos da noite e do silêncio / E livres habitamos a substância do tempo (Sophia de Mello Breyner Andresen)
... hoje, no 38º aniversário do 25 de Abril de 1974... reproduzir é criar! --------------------------------- ------------------Surripiado de "A Nossa Candeia"
Também usei estes versos de Sophia na minha barra lateral, são dos que mais ilustram a alegria desta madrugada, talvez os deixe lá sempre com um cravo.
Recordar estas imagens, de um tempo vivido aos 19 anos é pura emoção e uma força motivadora, que não se pode deixar esmorecer, por nós, pelos que tombaram, por todos os que sofreram pelo futuro que parece comprometido...mas nada está perdido se o não deixarmos, porque nada é igual ao 24 de Abril de 1974.
Este momentos tenho-os ainda gravados na memória de um passado recente.
Tinha conseguido comprar o livro Portugal e o Futuro e adormeci a ler.
Acordei de madrugada, liguei o rádio e acordei de vez. Depois face aos constantes comunicados fui seguindo os acontecimentos sem saber o que viria a seguir... Havia no ar muitas incertezas.
Rogério, boa tarde! Era ainda uma menina e não percebia o que estava a acontecer, lembro-me do medo que senti quando vi que não conseguia ir da escola para casa. Estava instalado o pânico e não deixavam as pessoas passar. Tinha apenas 10 anos e estava na Guiné-Bissau. Hoje digo com toda a força, Abril sempre, embora desiludida com o estado do meu País.
Respeitei religiosamente o recolher sugerido por ter dois filhos comigo, um de 4 e outro de 1 que, para grande alegria minha, com este grande acontecimento da nossa história, não teriam que partir para África com instruções de matar para não serem mortos.
Essa era a grande Liberdade que nós ardentemente desejámos. Tivemos outras benesses mas essas... andam a correr todos os riscos porque "os mercados" coitados, estão a precisar muito do dinheiro dos pobres.
25 de Abril Sempre! (vamos acreditar que ainda é possível)
Meu amigo, o facto de estarmos todos em sintonia e a comemorar o 25 de Abril, ainda quer dizer alguma coisa. Podem nos tirara tudo, menos as memórias e os ideais. 25 de Abril, SEMPRE!
Curioso ter escolhido estas palavras de Sophia. Esperámos tanto para poder dar nome às coisas. Não é por acaso que Sophia chama ao livro onde consta este poema "O Nome das Coisas"(1977). Encontramos também aí outros como:"Revolução"; "Com Fúria e raiva"; "Nesta Hora"; "Liberdade"... que dão conta da consciência política e responsabilidade cívica da autora. Continuar a chamar as coisas pelo seu verdadeiro nome é tão importante.
Recordar é bom, muito bom. Faz-nos recuperar o fôlego e o ânimo para encararmos de frente o momento presente. Precisamos deles mais do que nunca, porque agora já não existem militares que nos valham. Beijinhos de Abril.
habitamos a "substância do tempo". e da-mo-nos conta de que somos tão precariedade movimento. depois partimos, e deixamos um vazio de saudade e mágoa naqueles que caminharam ao nosso lado...
Também usei estes versos de Sophia na minha barra lateral, são dos que mais ilustram a alegria desta madrugada, talvez os deixe lá sempre com um cravo.
ResponderEliminarRecordar estas imagens, de um tempo vivido aos 19 anos é pura emoção e uma força motivadora, que não se pode deixar esmorecer, por nós, pelos que tombaram, por todos os que sofreram pelo futuro que parece comprometido...mas nada está perdido se o não deixarmos, porque nada é igual ao 24 de Abril de 1974.
Beijos
Branca
A blogosfera é Abril, e isso é já bastante...
ResponderEliminarBeijo.
... para preservar e viver inteiro "e limpo" :)
ResponderEliminarObrigado, Rogério...
25 de Abril, Sempre!
Este momentos tenho-os ainda gravados na memória de um passado recente.
ResponderEliminarTinha conseguido comprar o livro Portugal e o Futuro e adormeci a ler.
Acordei de madrugada, liguei o rádio e acordei de vez.
Depois face aos constantes comunicados fui seguindo os acontecimentos sem saber o que viria a seguir...
Havia no ar muitas incertezas.
.
ResponderEliminar.
. deixo abraços de abril .
.
. e um molho de cravos . para todas as palavras que dignifiquem a democracia e a liberdade .
.
. vinte e cinco de abril . sempre .
.
.
Um abraço, Rogério.
ResponderEliminarEstamos juntos e isso é importante!
ResponderEliminarObrigada! SEMPRE ABRIL!
Beijo
Parece-me que ansiamos por um novo abril, por uma nova madrugada.
ResponderEliminarAbril, sempre!...
ResponderEliminarCom cravos
frescos
renovados!...
Viva Portugal Livre e Solidário!
Demorou tanto a chegar. Não podemos deixá-la partir.
ResponderEliminarAbraço de Abril. Sempre!
Rogério, boa tarde!
ResponderEliminarEra ainda uma menina e não percebia o que estava a acontecer, lembro-me do medo que senti quando vi que não conseguia ir da escola para casa. Estava instalado o pânico e não deixavam as pessoas passar. Tinha apenas 10 anos e estava na Guiné-Bissau.
Hoje digo com toda a força, Abril sempre, embora desiludida com o estado do meu País.
Beijinho,
Ana Martins
Respeitei religiosamente o recolher sugerido por ter dois filhos comigo, um de 4 e outro de 1 que, para grande alegria minha, com este grande acontecimento da nossa história, não teriam que partir para África com instruções de matar para não serem mortos.
ResponderEliminarEssa era a grande Liberdade que nós ardentemente desejámos. Tivemos outras benesses mas essas... andam a correr todos os riscos porque "os mercados" coitados, estão a precisar muito do dinheiro dos pobres.
25 de Abril Sempre! (vamos acreditar que ainda é possível)
Abraços Amigo!
Sempre
ResponderEliminarum dia havemos de reinventar Abril....Hoje é o dia! (Amanhã, também:-)
Meu amigo, o facto de estarmos todos em sintonia e a comemorar o 25 de Abril, ainda quer dizer alguma coisa.
ResponderEliminarPodem nos tirara tudo, menos as memórias e os ideais.
25 de Abril, SEMPRE!
beijinhos
Abril, abril sempre e para sempre|
ResponderEliminarAbraço com cheiro a cravo
Curioso ter escolhido estas palavras de Sophia.
ResponderEliminarEsperámos tanto para poder dar nome às coisas. Não é por acaso que Sophia chama ao livro onde consta este poema "O Nome das Coisas"(1977). Encontramos também aí outros como:"Revolução"; "Com Fúria e raiva"; "Nesta Hora"; "Liberdade"... que dão conta da consciência política e responsabilidade cívica da autora.
Continuar a chamar as coisas pelo seu verdadeiro nome é tão importante.
Um beijo
Recordar é bom, muito bom. Faz-nos recuperar o fôlego e o ânimo para encararmos de frente o momento presente. Precisamos deles mais do que nunca, porque agora já não existem militares que nos valham.
ResponderEliminarBeijinhos de Abril.
habitamos a "substância do tempo".
ResponderEliminare da-mo-nos conta de que somos tão precariedade movimento. depois partimos, e deixamos um vazio de saudade e mágoa naqueles que caminharam ao nosso lado...
25 de Abril, sempre.
gratidão pela partilha
Mel
Olha, olha, estivemos em sintonia!
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