Vale e memória de infância para reconstruir fábulas, metáforas, analogias com a realidade de todos os dias. Suponho que a história da rã me contou o ti zé sapateiro, homem que terá contribuído um tanto para os valores que hoje prezo. Recordo-a e a actualizo tendo como pano de fundo uma notícia chegada há pouco que me fez lembrar o conto.
Estava a rã posta em sossego, saltando de vez em quando e sempre que necessário, quando, chega alguém estranho ao lago e... pimba, corta-lhe uma perna. Não muito depois, outro também alheio ao lago, chega e... alheio à dor da pobre rã, corta-lhe a outra.
A imprensa, aquela que insistia em apelidar de charco o belo lago, divulgava em titulo de "caixa alta":
"Uma rã sem pernas, não salta"
Fosse o governo de Maduro tal batráquio e teria o povo venezuelano um destino trágico.