28 maio, 2022

PORTUGAL VS. UCRÂNIA - UMA COMPARAÇÃO QUE NÃO LEMBRA AO DIABO... II

«Portugal é hoje o país da União Europeia com mais emigrantes em proporção da população residente. O número de emigrantes portugueses supera os dois milhões, o que significa que mais de 20% dos portugueses vive fora do país em que nasceu. Entre 2010 e 2013, o número de saídas de Portugal cresceu mais de 50%. Entre 2013 e 2014, a emigração estabilizou em torno das 110 mil pessoas por ano.»  

Lendo isto aqui, fui ler o que se passa na Ucrânia e lá, porque há mísseis, bombas e tiros, o êxodo já ultrapassa os 5 milhões... se podemos comparar? Claro que não! Mas dá que pensar... Não é preciso um só tiro para que êxodo semelhante  aconteça... Acontece como se fosse guerra...

20 comentários:

  1. Olá, conheci agora o teu blog e já estou seguindo. Acho Portugal lindo, e tem muitos brasileiros morando aí ou que querem ir. Meu irmão passou um tempo aí e gostou muito, quer voltar. Abraços ;) https://botecodasletras2.blogspot.com/

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  2. Há guerras de misseis, e há guerras de fome, de faltas de oportunidades de empregos, de salários de miséria. Tanto a primeira como as últimas levam as pessoas a abandonar o país onde nasceram.
    Abraço, saúde e bom domingo

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    1. É mesmo isso
      Dói perceber que continuamos com salários médios abaixo do nível de sobrevivência... que o custo de vida aumenta... que não há como pagar uma renda...

      Abraço entristecido

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  3. Quando leio a palavra Ucrânia fujo como o diabo da cruz ❌

    Abandonar o país onde nascemos também pode ser por AMOR 💙 como aconteceu à portuguesa Teresa Palmira … agora HOFFBAUER 💙

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  4. Nada tenho contra os "globetrotters", mas pressinto que este excessivo nomadismo faz parte de uma estratégia silenciosa e silenciada que acaba por favorecer o capitalismo, bem mais do que os próprios viajantes...

    Quanto ao resto, estou de acordo com a Elvira.

    Abraço!

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    1. Chamar aos "desterrados" viajantes também não lembra ao diabo...

      Abraço surpreendido

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    2. Bom, lembrou-me a mim, que queres? Sei que tergiversei um bocado, mas há muitos elementos da burguesia profundamente viciados em viajar, viajar, viajar... Pronto, tens razão, eu ia começar a falar dos factores que favorecem as grandes pandemias e não é disso que aqui se fala agora. Estou desculpada?

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    3. Já estavas desculpada
      antes de assumires a culpa

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  5. Fiquei surpreendida com o número de emigrantes entre 2013 e 2015. Talvez mais jovens adultos que não conseguem emprego decente depois da sua licenciatura?
    Fiquei com curiosidade... gostaria de saber de que parte do país sairam mais portugueses.
    Quando a emigração “oficial” começou nos anos 50, para o Canadá e para a América (e mesmo nos anos 70 e 80), a grande maioria era/é do norte do país. Ou melhor, centro-norte... estou a pensar a norte da da região do Bombarral. Os açoreanos deram preferência aos Estados Unidos. Conheci pouquíssimos alentejanos e algarvios no Canadá. Mas sei de alguns que emigraram para a França. Alguns ainda lá continuam a viver.
    Na altura, a razão principal era por falta de trabalho, dificuldades financeiras e políticas até os anos 70. Também há a considerar o espírito aventureiro característico dos portugueses... um fator a não esquecer.
    Outra coisa que achava curioso (nos primeiros anos neste país) era observar a dificuldade que alguns portugueses tinham (e ainda têm) em admitir a razão por que tinham emigrado, essencialmente, se eram por motivos económicos. Havia aquele (e talvez ainda haja) “estigma” de que todos os emigrantes que saíam do país eram pobres. E ninguém gosta de ser pobre. 😊

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    1. Catarina, o que me pergunta, não sei a resposta... julgo que as razões da saída do país para encontrar vida mais digna têm variado ao longo do tempo... os destinos da migração também têm variado... Sei que de há dez anos para cá o que terá mais influenciado a saída é a estagnação económica. Deixo-lhe um link que eu próprio vou ter de explorar...
      http://observatorioemigracao.pt/np4/533.html

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    2. „Pobre“ depende da perspectiva.
      Sempre me julguei uma menina rica.
      Ao chegar a casa dos meus tios lisboetas, compreendi que era a prima da província, pobre como um rato de igreja.

      Teresa Palmira Hoffbauer 💙

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    3. Rogério, obrigada pelo link que vou ler a seguir, mas antes, se não te importas vou aqui conversar um pouco com a Teresa, está bem? : )
      As meninas podem ter, de facto, um conceito de riqueza deturpado ou não. E de pobreza também. Tudo é relativo e depende da perspetiva de cada um/a.
      “Em tempos que já lá vão” quem não era de Lisboa, era considerado/a provinciano/a. Portugal era Lisboa e o resto era paisagem. : )) Ah! E quando acabavam as férias no Algarve, regressavam a Lisboa para um “banho de civilização”.
      A propósito de seres considerada provinciana, lembrei-me... Depois do liceu tive de ir para Lisboa porque no Algarve ainda não havia estabelecimentos de ensino superior.
      Logo nas primeiras semanas tive um choque (não crise) existencial. Ninguém me conhecia!! Ninguém sabia quem era a minha família. No Algarve, mais propriamente no local onde vivia, eu era conhecida por ser neta do senhor tal e filha do senhor tal. Exatamente nesta ordem. Não fiquei incomodada, nem dececionada, mas achei este anonimato muito interessante. E todas as colegas, hospedadas na mesma casa, naquele primeiro ano, sentiram a mesma coisa. Lembro-me de uma colega ser do Porto, filha do Presidente da Câmara, igualmente conhecida na sua cidade, uma outra de Barcelos, cujos pais tinham uma boutique e uma grande amiga da mesma cidade que eu, cuja família todos conhecíamos também.

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    4. Claro que está bem! Aliás,
      ser espaço de tertúlia
      é coisa que muito me apraz!

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  6. Sem comparação possível. Mas o êxodo existe e sinto-o na pele. Uma filha foi para o estrangeiro em 2017. Outra em 2019. ....

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  7. Realidades. Nómadas por este mundo, acossados por crises e banhos de sangue... Beijo amigo

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