05 maio, 2023

HOJE, DIA MUNDIAL DA LÍNGUA PORTUGUESA, DIA DE LEMBRAR COISAS HÁ MUITO ESCRITAS



Na ilha cabo-verdiana do Sal  decorria, naquele dia, a XII Conferência de Chefes de Estado e de Governo da CPLP, evento que marcava a passagem da presidência do Brasil para Cabo Verde, que  que ia assumir os destinos da organização nos dois anos seguintes.

Em entrevista à agência Lusa, antecipando a realização da cimeira, o ministro dos Negócios Estrangeiros de Cabo Verde, Luís Filipe Tavares, mostrou-se convicto de que a CPLP será “uma grande organização no futuro”, e deu exemplo de iniciativas futuras:
”Vamos levar algumas iniciativas para as Nações Unidas para um cada vez maior reconhecimento da língua portuguesa no quadro das organizações internacionais. Há várias organizações internacionais em que a língua portuguesa tem um caminho a fazer para se afirmar como língua de cultura e conhecimento e uma língua que federa povos, países, hábitos”
Um dia me perguntei porque a CPLP não faz parte de um Plano  B, e mais de uma vez o fiz.

Vamos à luta? 
Comecemos pela língua, que é linda
Linda e única

Unica? Sim! Que outra possibilitaria um texto-poema assim?:
Pedro Paulo Pereira Pinto, pequeno pintor português, pintava portas, paredes, portais. Porém, pediu para parar porque preferiu pintar panfletos. Partindo para Piracicaba, pintou prateleiras para poder progredir.

Posteriormente, partiu para Pirapora. Pernoitando, prosseguiu para Paranavaí, pois pretendia praticar pinturas para pessoas pobres.
Porém, pouco praticou, porque Padre Paulo pediu para pintar panelas, porém posteriormente pintou pratos para poder pagar promessas.

Pálido, porém personalizado, preferiu partir para Portugal para pedir permissão para Papai para permanecer praticando pinturas, preferindo, portanto, Paris. Partindo para Paris, passou pelos Pirinéus, pois pretendia pintá-los.

Pareciam plácidos, porém, pesaroso, percebeu penhascos pedregosos, preferindo pintá-los parcialmente, pois perigosas pedras pareciam precipitar-se principalmente pelo Pico, porque pastores passavam pelas picadas para pedirem pousada, provocando provavelmente pequenas perfurações, pois, pelo passo percorriam, permanentemente, possantes potrancas. Pisando Paris, permissão para pintar palácios pomposos, procurando pontos pitorescos, pois, para pintar pobreza, precisaria percorrer pontos perigosos, pestilentos, perniciosos, preferindo Pedro Paulo precaver-se.

Profundas privações passou Pedro Paulo. Pensava poder prosseguir pintando, porém, pretas previsões passavam pelo pensamento, provocando profundos pesares, principalmente por pretender partir prontamente para Portugal. Povo previdente! Pensava Pedro Paulo... Preciso partir para Portugal porque pedem para prestigiar patrícios, pintando principais portos portugueses. Paris! Paris! Proferiu Pedro Paulo.

Parto, porém penso pintá-la permanentemente, pois pretendo progredir. Pisando Portugal, Pedro Paulo procurou pelos pais, porém, Papai Procópio partira para Província. Pedindo provisões, partiu prontamente, pois precisava pedir permissão para Papai Procópio para prosseguir praticando pinturas.

Profundamente pálido, perfez percurso percorrido pelo pai. Pedindo permissão, penetrou pelo portão principal. Porém, Papai Procópio puxando-o pelo pescoço proferiu: Pediste permissão para praticar pintura, porém, praticando, pintas pior. Primo Pinduca pintou perfeitamente prima Petúnia. Porque pintas porcarias? Papai proferiu Pedro Paulo, pinto porque permitiste, porém, preferindo, poderei procurar profissão própria para poder provar perseverança, pois pretendo permanecer por Portugal.

Pegando Pedro Paulo pelo pulso, penetrou pelo patamar, procurando pelos pertences, partiu prontamente, pois pretendia pôr Pedro Paulo para praticar profissão perfeita: pedreiro! Passando pela ponte precisaram pescar para poderem prosseguir peregrinando.

Primeiro, pegaram peixes pequenos, porém, passando pouco prazo,pegaram pacus, piaparas, pirarucus. Partindo pela picada próxima, pois pretendiam pernoitar pertinho, para procurar primo Péricles primeiro. Pisando por pedras pontudas, Papai Procópio procurou Péricles, primo próximo, pedreiro profissional perfeito.

Poucas palavras proferiram, porém prometeu pagar pequena parcela para Péricles profissionalizar Pedro Paulo. Primeiramente Pedro Paulo pegava pedras, porém, Péricles pediu-lhe para pintar prédios, pois precisava pagar pintores práticos. Particularmente Pedro Paulo preferia pintar prédios. Pereceu pintando prédios para Péricles, pois precipitou-se pelas paredes pintadas. Pobre Pedro Paulo. Pereceu pintando...

Permita-me, pois, pedir perdão pela paciência, pois pretendo parar para pensar…
Para parar preciso pensar.
Pensei.
Portanto, pronto pararei!

3 comentários:

  1. Eu nunca parei de lutar pela língua portuguesa, embora seja uma luta muito pouco visível, reconheço. Mas, como muito bem reconheces, que outra permitiria um poema assim?
    SINAS DE SIBILANTE
    *

    (a António Giacomo Stradivari)
    *


    A sílaba sustém-se (as)silabada,

    Silente ou simplesmente sussurrante,

    Ciente da ciência soluçante,

    Suavíssima, secreta, (en)simesmada.

    *

    Submete-se à sessão silenciada;

    Subtil solfejo de aço, sibilante,

    Subverte a situação, insinuante,

    Supinamente só, sobressaltada;
    *

    Solta silvos, (a)ssusta, serpenteia,

    (A)ssume a suave essência da sereia,

    Semeia, sábia, a sã sabedoria,
    *

    Suprime ou sobrestima a suspensão,

    Sofre os silêncios, sofre a submissão...

    Subitamente explode em sinfonia!

    *




    Maria João Brito de Sousa - 24.06.2020 - 10.30h

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  2. A língua portuguesa, tantas vezes tão mal tratada, tanto na forma escrita, como falada.
    Mas gostei do texto com a letra P (pê). Achei muito curioso. Parabéns.
    Tudo de bom para si.
    Um beijo.

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  3. É linda a língua portuguesa! de facto.
    Tão mal tratada nos tempos que correm, sou muitas vezes confrontado com email e outros textos que me envergonham como português.
    Parabéns pelo poema dos P (pês), usava trava línguas do género no teatro.
    Um abraço

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