O MEU PRIMEIRO 1º DE MAIO, AOS MEUS 17 ANOS - 1962

A imagem acima é de um prédio na Rua Braamcamp (o imediatamente à esquerda do portão) local onde situava a firma Ramalho Rosa, Ldª, onde, com 17 anos tive o meu primeiro emprego. O Engº Ramalho Rosa, era um republicano da velha guarda, que, vim a saber, mantinha os valores da 1ª República. No escritório, além de mim, trabalhava um escriturário, mais ,o chefe do escritório, Artur Varela Pereira e, claro, o patrão que tinha presença diária. Por vezes, com frequência, a contabilista também por lá andava.

A minha atividade era diversa e empenhada, desde todas semanas ir ao banco levantar dinheiro para pagar os salários semanais aos operários da pequena oficina pertencente à firma e ter de, frequentemente andar no elétrico, rua acima rua abaixo, para conseguir reunir dinheiro trocado, em conformidade com o montante de cada salário. Depois era fazer envelopes escrevendo à máquina o valor correspondente a cada operário bem como o seu nome. À máquina também escrevia cartas e ofícios, segundo os manuscritos que me chegavam...

Naquele dia 1 de maio, logo pela manhã, Artur avisou que iríamos almoçar com a sua família e em sua casa. Durante o almoço explicou a razão do convite e descreveu detalhadamente o que estava a ser celebrado e o porquê daquele brinde final.

Hoje, ao investigar esse meu passado dei-me conta de que o Engº Augusto Ramalho Rosa, filho do meu primeiro patrão, bem honrara a memória do nome de sua família.