Abro o Sol, ao sol. Este primeiro dia de 2010 teve manhã soalheira. Depois de uma leitura distraída pelo editorial com o título “Um ano histórico” retenho o anúncio de que o Sol passará a ser mais caro. Interrogo-me: “mas o sol não era de borla?”. Retenho, também, um parágrafo “A consciência da nossa qualidade informativa, consubstanciada semana após semana pela liderança da agenda noticiosa, foi um tónico poderoso”
Com este registo, iniciei na página 2 “Uma viagem por 2009”. Percebi que o “tónico” referido no editorial não tinha nada a ver com Gin. A viagem é ilustrada por 17 primeiras páginas do Sol publicadas no ano histórico (das 52 possíveis). Pressuponho que a selecção tenha relação com a reclamada “liderança da agenda noticiosa”. Tem com certeza. Vejam só: das 17, 11 primeiras páginas colocam Sócrates pelas “ruas da amargura”; 4 andam lá perto e apenas uma dá essa mensagem de forma mais subliminar. Em destaque, o texto afirma tratar-se de jornalismo de investigação. Aguardo acesso à tese do jornalista que consta do meu rol de testemunhas de existência do PiG para subscrever a verdade dessa afirmação.
Quero continuar a minha atenta leitura e viro para a página 4. Tropeço no título “O ano do cozido à portuguesa”. Aqui paro. Depois de fritos e bolo-rei, todo o tipo de salgadinhos e camarão bem regados de bom vinho e espumoso de fazer “pum” apetecia de manhã uma boa salada avinagrada. Agora cozido? O Sol não percebe que a malta está empanturrada?
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