22 fevereiro, 2014

OUTDOORS - III

A solidão prolongada
Em forma de sombras
Neutras
Esbatidas
Infiltrada nas paredes
das casas fechadas – com gente dentro
e a noite a fechar o dia mais uma vez
duas vezes – muitas vezes


e morre-se devagar no meu país

as árvores no Outono estão nuas – esquálidas
no Inverno o frio magoa os ossos e a alma
mas talvez os melros cantem antes da próxima primavera
se o verão chegar todos os dias
no sol de uma tigela de sopa fraterna

morre-se devagar no meu país

e depressa tudo se esquece

6 comentários:

  1. Meu querido amigo

    Morre o corpo e morre a alma na inércia de quem já nem tem alento para lutar.

    Um beijinho
    Sonhadora

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  2. Que venha o Sol porque de penumbra está o país cheio.

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  3. O sol sempre volta querido amigo. Na realidade ele nunca se vai. Pode estar abafado, mas está lá.
    Um grande bj e bom domingo

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  4. Um bonito poema da nossa amiga Piedade!
    Eu sempre acreditei na vida e recuso-me a perder a esperança...

    Deixo abraços!!

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  5. Já dei parabéns à Piedade por este poema e também aos autores dos excelente vídeo.

    Fico à espera desse dia de sol!

    beijinho

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