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Veterano britânico Paul Butler, 88 anos, passa ao lado de parede com pintura streetart (editada aqui) |
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Quando se formou a
Aliança dos Estados que combatiam o exército nazi, Roosevelt e Churchill
comprometeram-se perante Stáline a abrir a segunda frente (a ocidente)
em 1941. Foram adiando enquanto os exércitos nazis invadiam a URSS e
chegavam a Leninegrado, Moscovo e Estalinegrado, enquanto Hitler ia
clamando vitória. A tal segunda frente não se abria...só se abriu, com a
entrada na Normandia, em Junho de 1944.
Entretanto, o que acontecia na Russia?
----A
Batalha de Leninegrado decorreu entre 10 de Junho e 1941 e 1 de Março
de 1944. Foi o cerco de uma cidade mais longo de toda a História
mundial. O bloqueio foi rompido a 7 de Janeiro de 1943 e as tropas
soviéticas passaram ao ataque em 14 de Janeiro de 1944. E em 1 de Março
desse ano lançaram uma poderosa ofensiva que fez recuar as linhas
inimigas entre 220 a 280 quilómetros dos limites da cidade.O exército
nazi só recuou definitivamente dessa frente em Agosto de 1944.
---A
Batalha de Moscovo decorreu entre 30 de Setembro de 1941 e 20 de Abril
de 1942. As tropas soviéticas passaram à ofensiva nos dias 5 e 6 de
Dezembro de 1941. Entre 7 e 10 de Janeiro de 1942 lançaram uma ofensiva
em todas as frentes. Em Abril de 1942 o inimigo tinha recuado entre 100 a
200 quilómetros para longe da cidade.
---A Batalha de
Stalinegrado decorreu entre 7 de Julho de 1942 e 2 de Fevereiro de 1943.
As tropas soviéticas passaram à ofensiva nos dias 19 e 20 de Novembro,
conseguindo cercar 28 divisões alemãs (330 mil homens) e impor a
rendição às tropas do General Von Paulos (91 mil homens).
---A
Batalha de Kursk - as tropas alemãs, que iam recuando, lançaram um
poderoso contra-ataque mobilizando toda a sua capacidade em tanques e
carros blindados. Esta batalha, na região chamada "o Arco de Kursk"
decorreu entre 5 de Julho e 23 de Agosto de 1943 e foi decisiva para a
expulsão do Exército Alemão da terra russa. A seguir, o Exército
Soviético começou a libertação da Polónia, avançou para a Moldávia e
Roménia e Checoslováquia.
---A chamada "abertura da
Segunda Frente", com o desembarque na Normandia das tropas britânicas e
americanas, que é comemorado hoje, deu-se no dia 6 de Junho de 1944,
quando o exército alemão já estava em pleno recuo e as tropas
soviéticas, avançavam para Berlim, que de facto tomaram.»
Excerto do texto de Margarida Tengarrinha, editado no facebook
As comemorações hoje tiveram uma cena espectaclar, mas não foi protagonizada pelos políticos. Esses continuam cinzentões.
ResponderEliminarNão quero ser ave agoirenta, mas temo que estejamos muito perto de uma guerra ainda pior...
ResponderEliminarOs homens ainda não aprenderam o respeito e a igualdade.
«Não à guerra sim ao amor»
As expectativas de que as comemorações pelos 70 anos do histórico Dia D, na Normandia, serviriam de plataforma informal para conversas sobre a crise na Ucrânia confirmaram-se.
ResponderEliminarVladimir Putin, esteve no centro de diversos intercâmbios bilaterais: ele conversou com François Hollande, Barack Obama, David Cameron e Angela Merkel.
O clima entre os líderes mundiais foi notavelmente afável, apesar das ameaças ocidentais a Moscovo, no recente encontro do G7 em Bruxelas.
PLEASE NO MORE WAR!!!
Não são distorções...são complementaridades! :)
ResponderEliminarQue não volte "...aquele monstro que quanto mais come e consome tanto menos se farta..."!
Abraço
Discordo do predicativo complementaridades. Mesmo fora das comemorações deste 70º aniversário o desembarque da Normandia sempre nos foi fornecido pela indústria cinematográfica (e pelos programas de ensino) como o milagre salvador do mundo ocidental.
ResponderEliminarDos horrores da guerra lembro-me que uma vez, ao visitar St. Lô na Baixa Normandia, me surpreendeu o aspecto novinho da cidade: tinha sido destruída pelos aviões aliados e os seus habitantes (os que sobreviveram)tiveram de se refugiar
junto dos camponeses vizinhos. Leia-se o texto sobre a guerra do Pe António Vieira.
Conhecemos, na nossa maior parte as batalhas de Leningrado,de Moscovo, de Stalinegrado, embora superficialmente: o pormenor do texto de Margarida Tengarrinha elucida-nos.
No entanto para muitos de nós a palavra Kursk só evoca o desastre de um submarino, extremamente divulgado pelo mundo ocidental, e nunca a maior batalha de carros blindados, a nordeste de Kiev.
Existe uma distorção por parte da visão histórica ocidental.
Estrábica a visão histórica das comemorações
ResponderEliminarcomo se não existissem registos
vivos
O que quis dizer é que a acção na frente russa e o desembarque na Normandia se complementam!
ResponderEliminarNão estou a menorizar nenhum dos cenários de luta contra o nazismo!
Rogério,
ResponderEliminarLi este texto como uma negação da efeméride. Deixando de lado as possíveis estratégias, diferentes das tomadas, pois dessas não poderá rezar a História, foi pois um acontecimento importante. Hoje somos fruto daquele momento... e não de outro.
Rejubilemos pela paz.
Sorry...
Boa tarde!:))