17 junho, 2014

Poesia (uma por dia) - 64

SONETO A TODAS AS MARIAS SEM CAMISA 
Às mulheres que lutam
A todas as poetas(isas)

… e quando, um dia, o mar vier beijar
A luz desse luar que te ilumina
E te afundar, depois, na areia fina
Das praias desenhadas, só de olhar,
 .
Verás que não foi vão quanto cantar
Ecoa no que tu,  de pequenina,
Entoas ao dobrar de cada esquina
Das ruas que quiseste visitar…
.
Assim saibas, em ti, salvaguardar
O estranho encantamento da menina
E, ultrapassando a mágoa que te mina,
 .
Possas seguir em frente e não vergar,
Mantendo-te intocada e feminina,
No sopro original que assim te anima…


Pintura/tela "Rapariga" - José de Brito e Poema de Maria João de Brito Sousa

8 comentários:

  1. Que possa, sim, seguir em frente!

    Beijinhops Marianos, Rogério! :)

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  2. duas obras de arte por causa de uma menina...

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  3. Belo soneto aqui trouxe, Rogério. O culminar do propósito explícito (apesar) no segundo terceto é simplesmente magnífico:
    "Possas seguir em frente e não vergar,/Mantendo-te intocada e feminina,/No sopro original que assim te anima…"

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  4. Uma ternura de poema

    desde que não se verguem as palavras

    Abraço

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  5. Essas meninas são o futuro.
    Que possam seguir em frente!

    Um poema belíssimo e uma imagem comovente.

    beijinho

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  6. Um sopro poético verdadeiramente original!
    Rogério, que bem cantaste!
    Beijinho.

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  7. Um sopro poético verdadeiramente original!
    Rogério, que bem cantaste!
    Beijinho.

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