1º Acto
Cenário - O palco está às escuras, o pano está levantado e a cena passa-se na sala do Palácio onde reúne normalmente o plenário. No escuro, pelas silhuetas, percebe-se que todos os juízes estão presentes e debruçados sobre uma comprida mesa. Uma réstia de luz vai se intensificando até mostrar um plenário adormecido. Em cima da mesa pilhas de jornais e dezenas de garrafas de água vazias à mistura com caixas de pizzas. Ouvem-se as pancadas de Molière e, ao seu ritmo, os juízes vão acordado
Uma juíza (bocejando) - Há quanto tempo estamos aqui? Há quanto?
Vice-presidente (pegando no telefone) - Há quanto tempo estamos aqui? (virando-se para a juíza) Dizem ser há três dias!
Presidente (consultando um pequeno bloco) - Pelo aqui registado, análises, argumentos, vantagens e contratempos, o assunto está esgotado! (olhando a todos, de frente) Temos de decidir, caso não, ainda dizem que continuamos a dormir!...
1º Juiz (esfregando o nariz) - Renuncio!
Juízes (todos em coro) - Renunciamos todos!
Presidente (conclusivo) - Está assente (levanta-se e incide sobre ele um foco) O Tribunal Constitucional renuncia em bloco!
(cai o pano)
2º Acto
Cenário - Levanta-se o pano a mostrar os Jardins do Palácio de Belém e o Presidente a olhar duas borboletas a voar
Presidente - Se tivesse aqui uma rede não me iriam escapar!
Maria (aparece correndo) - Aníbal, Aníbal, tens uma chamada do Ratton
Presidente - Diz-lhes que não estou!
(cai o pano e surge o narrador)
Estimado público o terceiro acto é inenarrável
Adivinhem, se puderem, o ambiente do Conselho de Estado depois da Assembleia ter bloqueado!
bem visto!
ResponderEliminarabraço, meu caro Rogério
Um teatro onde todos estamos metidos numa assistência silênciosa e muda.
ResponderEliminarUma peça realista... muito realista.
ResponderEliminarO meu abraço!
Uma peça que não permite ensaios.
ResponderEliminarbeijinho
Uma peça que não permite ensaios.
ResponderEliminarbeijinho
O que acabaram de ver é pura ficção.
ResponderEliminarQualquer semelhança com igual equivalência, é simples coincidência!!
Aplausos para o encenador!
Não ouvi as pancadas de Molière...?!?
Rogerito, que mauzito!! Não gosto que trate assim o senhog pgesidente!....
ResponderEliminar(Oxalá não se demitam!!! São os que ainda nos vão dando alguma segurança!!)
Aníbal no país das borboletas, poderia ser o título da peça. Indigente, o pingente sem rede.
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