Peguei nos resultados de todos os exames feitos e juntei-os. Todos os resultados, sangue, urina, pólipos da colonoscopia, tudo dentro do que era considerado normal.
O único não verificado jazia inacessível num CD que o meu portátil insistia em não abrir. Pensei para comigo, ela (a médica de família) logo vê.
À hora marcada, no Centro de Saúde, sem grande espera (eu era a primeira consulta) fui chamado. A minha médica é mas complacente comigo que a minha Teresa, embora uma e outra me digam a mesma coisa: "Pois Rogério, ah esse tabaquinho..." e acompanhava a censura com um sorriso e acrescentava "Não me passa pela ideia que, com essa idade, deixe de fumar, mas reduza..." e enquanto dizia isso ia passando em revista os resultados das análises até pegar no CD... "Ora vamos lá ver..." e não viu.
O CD não abriu. "Vamos ultrapassar isto, essa sua respiração recomenda que façamos..." e lá foi explicando o que era recomendável passar a fazer, prescrevendo-me outros exames e indicando-me onde ia conseguir que mos fizessem.
De saída, ia-me roendo o hermético CD. Em casa, peguei em mim, e fui (virtualmente) direitinho ao portal do hospital (privado, claro). Ia a entrar e não entrei. Liguei para o número da assistente ao sistema e ela, de voz simpática, explicava que, por segurança, a minha palavra-passe não chegava. Era necessária outra deles, antes da minha, e essa só me seria dada se me fizesse presente. E lá fui. No atendimento expliquei ao que ia e a funcionária, diligente, disse-me "Pronto, sr. Rogério Pereira, já seguiu para o seu e-mail. Também tem lá todas as instruções para aceder. Qualquer dificuldade, tem lá o nº para onde ligar". E assim aconteceu, entrei no portal do utente. Cliquei em "resultados dos exames" e depois em "imagiologia" e de seguida a pesquisa entre datas... e... nada.
Voltei ao hospital e expliquei tudo, do principio ao fim, para depois ouvir, incrédulo, que o médico radiologista fizera o "exame sem relatório".
Porque é que este texto é mais longo que a minha reclamação hoje deixada, no respectivo livro de reclamações, no Hospital da Luz, em Oeiras?
Sei lá! Um gajo pode não saber responder a tudo!
Sente-se doente, ou é rotina? Espero que não tenha nada com que tenha de se preocupar muito, mas ainda assim não deixe de fazer todos os exames. Mais vale, prevenir.
ResponderEliminarUm abraço e boa semana
Mas que ideia macabra foi essa
ResponderEliminarde falar em morte
e me fazer vir aqui à pressa?
Reduza lá o tabaquinho
porque desde Junho de 2012
em que entrei na urgência
fui para os cuidados intensivos
com uma forte dor no peito e
sem força nos braços
que fumei o meu último cigarrinho...
Escreveu no livro?
Reclamou?
Fez muito bem!!
Fazer exames e deixá-los
seguir sem relatar o que se
observou, não lembra a ninguém.
Mas, deixe que lhe diga,
como é que a sua médica
de família, foi na cantiga?!
Cuide de si, meu Amigo!
Abraço
Elvira
ResponderEliminarSe em matéria de saúde
se depender do privado
um gajo está lixado
(tô bem,
só um pouco constipado!)
Janita
ResponderEliminarAgora a sério
Fazer um exame a 19 de setembro
e ainda hoje não saber o resultado
não lembra ao diabo
(e há quem venere o privado!)
Reduz lá o tabaquinho, Rogério, se conseguires. Palavras de amiga...
ResponderEliminarQue susto que apanhei ao ler este título! Afinal o hospital é que está doente! Eu deixei de fumar em... 1979. Até hoje não voltei a pôr um cigarro na boca e tenho a sensação de que morrerei logo sufocado pelo fumo, se puser algum (aceso, claro!). Nunca me arrependi de ter deixado de fumar, embora me tivesse custado muitíssimo. Tive uma reação violentíssima por parte do organismo, com enjoos e vómitos e tudo o mais. Foi uma coisa de fazer uma pessoa trepar pelas paredes acima. A primeira semana sem fumar, então, foi de uma agonia total. Como consegui resistir?
ResponderEliminarPrimeiro, comecei a ter catarro preto(!), do alcatrão armazenado nos pulmões que estes desataram a deitar cá para fora. Imediatamente a seguir passei a respirar muito melhor. Eu julgava que não tinha problemas respiratórios nenhuns, mas pelos vistos poderia vir a tê-los mais tarde.
Por outro lado, voltei a sentir os sabores e os cheiros da minha infância, o que me maravilhou verdadeiramente, pois não esperava que tal acontecesse. O peixe voltou a saber mesmo a peixe, e não a peixe com tabaco; a carne voltou a saber mesmo a carne, e não a carne com tabaco; as laranjas voltaram a saber mesmo a laranjas, e não a laranjas com tabaco; os pinheiros voltaram a ter mesmo o cheiro de pinheiros, e não de pinheiros com tabaco; o mar voltou a ter mesmo o cheiro de mar, e não de mar com tabaco; e assim sucessivamente. Senti-me como se voltasse a ter dez anos de idade.
Mas ainda houve mais. Logo ao segundo dia, senti-me com uma pujança física como nunca tinha sentido em toda a minha vida. Eu sentia que era capaz de bater o recorde olímpico da maratona; eu sentia que era capaz de dar uma tareia ao Cassius Clay; enfim, eu sentia-me invencível. Esta sensação foi-se atenuando com o passar dos dias, mas foi importantíssimo que eu a tivesse logo no princípio, porque me ajudou a convencer-me a mim próprio de que afinal valia a pena tão grande sacrifício. E valeu.
O meu sacrifício durou um ano exato. A última vez em que senti uma vontade irreprimível de fumar foi precisamente no dia em que completei um ano sem tabaco. Tive que voltar a recorrer a todas as minhas forças para resistir, e não arruinar um ano inteiro de esforço, mas consegui.
Foi um título bem pensado que chamou a nossa atenção! ... salvo seja, devo acrescentar!!
ResponderEliminarNão vale a pena aconselhar a que deixe de fumar. O/a fumador/a deve chegar a essa decisão por ele/ela próprio/a. Só que quando essa decisão for tomada, poderá ser tarde de mais.
Bem, estou boquiaberta, Rogério. Não é suposto os relatórios serem enviados em CD. O que pode ser - e muitas vezes assim me foi entregue - é a imagem das chapas de raios X, TAC, RM, etc, vir num CD que deveria estar acompanhado por um breve relatório tipografado.
ResponderEliminarEssa, aí em cima, é meramente ilustrativa ou foi exactamente isso o que conseguiste visualizar no teu "lap-top"? Se assim foi, não esperes por mais. E não me parece que estejas mal de todo, embora a minha fraquíssima acuidade visual não seja de fiar.
Há, por aí, um reforçozito do retículo, tanto à esquerda, quanto à direita, mas nada do outro mundo.
Abraço e as melhoras dessa constipação malvada.
Maria, obrigado
ResponderEliminarpelo teu cuidado
Fernando Ribeiro, fico impressionado com o teu esforço de convencimento,
e registo já um significativo progresso
Foi apenas ao ler o teu terceiro paragrafo
que acendi um cigarro
E enquanto escrevo
Não tenho nenhum aceso
Catarina,
ResponderEliminarDei em aprendiz de Bolsonaro
Meu título anda muito próximo de uma "fake news"
Maria João
ResponderEliminarEspectáculo!
Agora passas a ser a minha segunda médica de família...
Se fuma, aconselho a deixar...ou, a reduzir bastante. Embora quem não fume também tenha problemas pulmonares muitas vezes do companheiro (as) que fuma...
ResponderEliminarAs melhoras.
"Dando asas ao coração"
Bjos
Votos de uma óptima Terça - Feira.
Eu comecei a fumar aos cerca de 15 ou 16 anos. E fumei até há dois anos e meio atrás! E não estou arrependido. Pelo contrário. Não tive qualquer ajuda. Fiz assim, pode ser, eventualmente, que seja útil.
ResponderEliminarPus-me frente ao espelho e fixei profundamente os meus olhos e disse:
-> Francisco Manuel, interioriza no mais profundo do teu ser que: - Jamais irás um cigarro fumar enquanto tiveres o privilégio de viver!
E até hoje resultou. Um abraço fraterno e saúde!
Fico contente por ser apenas uma constipação. Quanto ao tabaco nem vale a pena aconselhar-lhe para deixar de fumar, porque sei por experiência que isso não vale nada se não for essa a sua vontade. Tanta vez pedi a meu marido que deixasse de fumar ou pelo menos reduzisse, (ele fumava três maços de SG gigante) por dia. Uma altura em 1990, esteve muito mal. A médica mandou-lhe para o cardiologista, que depois de vários exames lhe disse que se ele não cortasse com o tabaco tinha + ou- três meses de vida até sofrer um ataque cardíaco ou um AVC, que ou o matavam ou o deixavam dependente para o resto da vida. Ele tinha acabado de comprar um maço de tabaco antes de entrar no consultório. Chegou à rua, e atirou o maço no lixo. Até hoje nunca mais fumou. E sabe de uma coisa? Diz que a comida tem muito mais sabor. Claro que já teve outras doenças nestes 28 anos. Entre elas uma pneumonia, e um cancro na próstata. Mas graças a Deus o organismo reagiu bem à medicação e à radioterapia.
ResponderEliminarAbraço e cuide-se.
Como eu compreendo a Teresa e a médica de família! :(
ResponderEliminarVivo quase há seis anos com um doente com DPOC acrescido de CDI e nos últimos três anos com a autonomia limitada.
Mas pelo menos deixou de fumar!
Abraço
Rsrsrsr... obrigada, mas nem penses que aceito, Rogério. Sou muito ética. Não tenho habilitações académicas para isso, por muitas teses de doutoramento que tenha devorado na infância e na adolescência e por muito bom "olho clínico" que tenha. Não gosto de armar-me naquilo que não sou e serei sempre a primeira a desdizer os muitos que andam por aí a vender gato por lebre.
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ResponderEliminarTambém fumei uns dez anitos. É muito chato ter de parar. Se quer um conselho pare só por hoje. E depois amanhá volte a parar, e depois... outra vez, a ver se ainda sabe. Foi assim que deixei, tendo sempre os SG Gigante comigo. Um dia reparei que era melhor arrumar o maço que deixou de me seduzir.
Reclame, pois!...
Bj. Lídia
Rogério, tu não vais morrer, vais deixar é de fumar. Agora, já são duas Teresas que exigem que não fumes.
ResponderEliminarBeij0 desejando-te tudo de bom 😘
Pronto, estou mesmo lixado
ResponderEliminarlá tenho que reduzir o cigarro
Os que nunca fumaram também morrem.... vai ser o meu caso que nunca fumei nem um cigarrinho...
ResponderEliminarO homem cá de casa fumou o último cigarro na manhã em que foi internado para fazer uma horrível de uma operação ao pâncreas... Cuidado...
Caro amigo, faz o favor de seguir o meu exemplo e poupar saúde e dinheiro...
ResponderEliminarDEsejo sinceramente que tudo corra bem e nada de alarmante suceda
Abraço com estima
ResponderEliminarPorquê?
Porque tinhas de desabafar!
E fizeste bem!
Que o relatório não traga más notícias...
Beijinhos com bons augúrios
(^^)
Reduz, Rogério, reduz tanto quanto te seja possível. Eu fi-lo, embora fartinha de saber que, faça o que faça, nunca morrerei cheia de saúde.
ResponderEliminarEu deixei de fumar fez 6 anos em Agosto,tenho 66 fumava desde os 15 anos,morro na mesma e provalvelmente do tabaco pois foram muitos anos mas a qualidade de vida destes 6 anos já ninguem me tira,respira-se melhor canso-me menos,os sabores estão melhores etc,pena foi não ter sido mais cedo.
ResponderEliminarNão foi assim tão dificil como pensei nem custou como o Fernando que diz ter durado um ano o 1º mês é pior depois começa a esquecer quando me lembrava dizia mas eu já não fumo e assim consegui,nem a brincar lhe pego mais. Abraço