30 novembro, 2018

VACINAÇÃO - Depois das touradas, touradas, a tourada em torno da vacinação


Anda p´aí um alarido...

Escreve o "Público"
«O Parlamento aprovou nesta terça-feira, com os votos contra do PS e a abstenção do CDS, a proposta do PCP que introduz no Programa Nacional de Vacinação (PNV) as vacinas contra o rotavírus, que é responsável por gastroenterites, e contra a meningite B, actualmente dada gratuitamente a crianças em situações clínicas muito graves. Para além disso, alargou a vacina contra o Papiloma Vírus Humano (HPV) aos rapazes. Esta já faz parte do PNV, só que apenas para as raparigas. Mas são os deputados as pessoas mais indicadas para aprovar vacinas?»
Repito o final «Mas são os deputados as pessoas mais indicadas para aprovar vacinas?» pois esta escrita tem sofisma. 

Na realidade quem aprova a entrada no mercado de qualquer fármaco é o INFARMED num processo complexo e exigente que também se aplica, naturalmente, às vacinas*. 

Ora as vacinas foram aprovadas e até poderão aceder aqui às suas "tabelas técnicas" referindo a eficácia, a segurança e o preço da vacina a que se juntam as "últimas recomendações fresquinhas da Sociedade Portuguesa de Pediatria".

Os deputados ao aprovarem a proposta do PCP visando a integração das três vacinas no Programa Nacional de Vacinação não interferiram em qualquer competência técnica.
Se cavalgaram as competência políticas? 
Claro que que sim!
Mas... é para isso mesmo que serve a Assembleia da República!

E quanto ao PCP ter cedido ao lobby da industria farmacêutica...  deixem-me rir (até parece anedota contada pela minha amiga Janita)
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* Entidades envolvidas no procedimento de aprovação das vacinas:
  • www.infarmed.pt/web/infarmed/institucional/documentacao_e_informacao/publicacoes/prontuario-terapeutico, preços das vacinas consultados a 5 de Março de 2018
  • Centers for Disease Control and Prevention, acesso em www.cdc.gov/ entre 5 e 16 de Março de 2018
  • Sociedade Portuguesa de Pediatria, acesso em www.spp.pt
  • World Health Organization: WHO, acesso em www.who.int/en

3 comentários:

  1. A esta, para mim, adiantada hora, já mal consigo ler duas sílabas seguidas. Partilho e volto cá amanhã.

    Abraço, Rogério.

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  2. E cá volto eu, conforme prometido, apesar de não gostar nem um bocadinho do título desta tua publicação, como calcularás, já que não vejo os deputados a bandarilharem-se mutuamente enquanto discutem a introdução de três novas vacinas no PNV. Muito menos os vejo a serem transportados coercivamente para as bancadas do hemiciclo e lidados por bailarinos vestidos de lantejoulas. Mas posso reconhecer a metáfora, por muito que ela me desagrade.

    Bom, também terei de reconhecer que alguma semelhança existe entre a aguçada bandarilha e a agulha da seringa com qual o vírus inactivado é administrado. Mas fiquemos por aí, que eu levo muito a sério tanto a saúde dos humanos, quanto a dignidade dos touros.

    Claro está que os deputados não são chamados a opinar sobre a eficácia, inoquidade e qualidade dos vírus inactivados/modificados. Penso que todos sabemos que isso cabe ao Infarmed, como muito bem frisaste. Aos deputados caberá fazer introduzir os ditos produtos no PNV. Não é um parecer técnico - que não estão habilitados para dar - aquilo que lhes é exigido no cumprimento das suas funções.

    Quanto àquilo que eu penso sobre a inegável utilidade/pertinência das vacinas, já o saberás através do extenso e.mail que te enviei há alguns meses. Não tenho grandes dúvidas quanto à completa ausência de privacidade da minha caixa de correio electrónica, mas... considera-te livre de, desse texto, publicares o que bem entendas.

    Abraço.


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  3. Alargar ou introduzir vacinas no Plano Nacional é uma medida política como tal a proposta e a votação positiva da mesma tem todo o cabimento!

    Abraço

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