09 abril, 2020

A ùltima ceia, o beijo e o (meu) erro


«A ceia decorreu sob condições de tensa melancolia. Enquanto comiam, o Senhor pesarosamente comentou: “Em verdade vos digo que um dentre vós, que comigo come, há de trair-me.” A maioria dos apóstolos caiu num estado de introspecção e um após outro exclamaram: “Porventura sou eu?” “Senhor, serei eu?” E agradável notar que cada um dos que assim perguntaram estava mais preocupado com o terrível pensamento de que possivelmente seria um ofensor, ainda que inadvertidamente, do que com a possibilidade de que seu irmão estivesse para tornar-se traidor. Jesus respondeu que seria um dos Doze, naquela ocasião comendo com Ele do mesmo prato, e prosseguiu com a declaração apavorante: “Na verdade o Filho do Homem vai, como dele está escrito, mas ai daquele homem por quem o Filho do Homem é traído! Bom seria para o tal homem não haver nascido!” Então Judas Iscariotes, que já havia combinado vender seu Mestre por dinheiro, e que naquele momento provavelmente temeu que o silêncio pudesse levantar suspeita contra si, perguntou com uma audácia tão despudorada, que chegava a ser verdadeiramente demoníaca: “Porventura sou eu, Rabi?” Com prontidão cortante, o Senhor replicou: “Tu o disseste.”»
in "A Última Ceia e a Traição"
Hoje, na celebração desta quinta-feira santa, terão  as coisas acontecido como se conta no acima descrito, já Judas tinha beijado Cristo. 
Num erro meu, tomei por engano este dia como sendo o dia da crucificação. 
Errado no facto mas certo no acto que fora a traição a determinar a morte de Cristo? Ou será, antes, que a Cristo  lhe foi traçado tal destino quando ousou expulsar os vendilhões do templo
E que riscos correm os que apontam e denunciam os novos agiotas e os que lutam contra os modernos vendilhões dos tantos templos dos nossos tempos? E quantos os gostariam de ver crucificados?

2 comentários:

  1. Em verdade te digo, Rogério, que a ninguém, NINGUÉM mesmo, gostaria de ver assim crucificado, com madeiro, preguinhos e outros requintes de malvadez.

    Quanto a poder sabê-los - aos vendilhões, entenda-se... - tão reclusos quanto tantos de nós vamos estando nos tempos que correm, disso gostaria!

    Abraço!

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  2. Antigamente, como hoje, nunca acabaram os Judas, Eles existem... eles andam por aí...disfarçados de bondade
    .
    Dentro do possível
    Uma Páscoa muito feliz

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