«A ceia decorreu sob condições de tensa melancolia. Enquanto comiam, o Senhor pesarosamente comentou: “Em verdade vos digo que um dentre vós, que comigo come, há de trair-me.” A maioria dos apóstolos caiu num estado de introspecção e um após outro exclamaram: “Porventura sou eu?” “Senhor, serei eu?” E agradável notar que cada um dos que assim perguntaram estava mais preocupado com o terrível pensamento de que possivelmente seria um ofensor, ainda que inadvertidamente, do que com a possibilidade de que seu irmão estivesse para tornar-se traidor. Jesus respondeu que seria um dos Doze, naquela ocasião comendo com Ele do mesmo prato, e prosseguiu com a declaração apavorante: “Na verdade o Filho do Homem vai, como dele está escrito, mas ai daquele homem por quem o Filho do Homem é traído! Bom seria para o tal homem não haver nascido!” Então Judas Iscariotes, que já havia combinado vender seu Mestre por dinheiro, e que naquele momento provavelmente temeu que o silêncio pudesse levantar suspeita contra si, perguntou com uma audácia tão despudorada, que chegava a ser verdadeiramente demoníaca: “Porventura sou eu, Rabi?” Com prontidão cortante, o Senhor replicou: “Tu o disseste.”»
in "A Última Ceia e a Traição"
Hoje, na celebração desta quinta-feira santa, terão as coisas acontecido como se conta no acima descrito, já Judas tinha beijado Cristo.
Num erro meu, tomei por engano este dia como sendo o dia da crucificação.
Errado no facto mas certo no acto que fora a traição a determinar a morte de Cristo? Ou será, antes, que a Cristo lhe foi traçado tal destino quando ousou expulsar os vendilhões do templo?
E que riscos correm os que apontam e denunciam os novos agiotas e os que lutam contra os modernos vendilhões dos tantos templos dos nossos tempos? E quantos os gostariam de ver crucificados?
Em verdade te digo, Rogério, que a ninguém, NINGUÉM mesmo, gostaria de ver assim crucificado, com madeiro, preguinhos e outros requintes de malvadez.
ResponderEliminarQuanto a poder sabê-los - aos vendilhões, entenda-se... - tão reclusos quanto tantos de nós vamos estando nos tempos que correm, disso gostaria!
Abraço!
Antigamente, como hoje, nunca acabaram os Judas, Eles existem... eles andam por aí...disfarçados de bondade
ResponderEliminar.
Dentro do possível
Uma Páscoa muito feliz