Ninguém, que há muito me segue, se espantará que mais uma vez regresse à minha ironia, que muitos apelidam de amarga mas que outros lhe sabem reconhecer um certo sabor condizente com o espírito deste meu espaço.
Quando, em Junho de 2010, me ocorreu dar a conhecer o "biblioburro" como solução, o contexto era o de suprir o vazio deixado em muitas aldeias e vilas do interior do País, com o encerramento pelo Governo de então de muitas centenas de pequenas escolas.
Quando, agora, tal me veio à lembrança, foi a partir da notícia de terem encerrado muitas pequenas livrarias, por esse país fora.
O Governo acode com 5 mil euros (por livraria) em socorro desses micro-empresários, mas pressinto que tal verba não passe de um "ventilador" que não recuperará o sector livreiro dos cuidados intensivos, até que o paciente (os livreiros, neste caso) já entrou na pandemia com outras maleitas...
Passada a ironia, nenhum "biblioburro" resolverá o problema. E não haverá milagres da chamada Comunidade Europeia.
Triste Dia Mundial do Livro...
Não foi totalmente triste este dia
ResponderEliminarvalorizou-o este seu biblioburros
alegrou-o os livros da Graça Sampaio:)
e mais uns quantos blogues de menções
a eles feitas, portanto, não vamos
estar sempre a ser casmurros...
Abraço e até amanhã.
Janita
ResponderEliminarNão vamos "estar sempre a ser casmurros"
eu disse isso a milhares de livreiros
e eles me enxovalharam com impropérios
chamaram-me nomes e deram-me apupos
Acho que a Graça não conhece um livreiro
pois ela que percorra Leiria
e me diga quando vai reabrir uma livraria
Tens toda a razão quando dizes/escreves que as livrarias, ao serem infectadas pelo SARS-CoV-2, já estavam cheias de comorbilidades. velhas maleitas, Rogério, velhas maleitas.
ResponderEliminarAbraço
Bom dia:- Pois eu concordo com a sua ironia. Uma ironia que nos remete para verdades indesmentíveis. Fechar livrarias é mesmo um "crime lesa leitura"
ResponderEliminar.
Tenha um dia feliz
Las crisis de las librerías viene desde hace muchos años. No vamos a entrar ahora en el debate sobre si las nuevas tecnologías desplazan y acaban con el libro o si se lee poco y siempre leemos los mismos. Supongo que muchas cerrarán tras esta crisis del virus. En España ya sé de algunas. No creo que una subvención pública solucione el problema. Y si es una cantidad tan mínima como la cifra que dices mejor que no lo digan. Supongo, por el contrario, que las grandes cadenas -de librerías y de grandes superficies de mercado- acapararán todavía más. Las librerías irán desapareciendo, como ya desaparecieron hace tiempos los libreros de raza. Eso sí, algunas resistirán mientras duren ciertas generaciones de lectores, ¿no crees?
ResponderEliminarLo del biblioburro en Colombia, ¿qué decir? ¡Queme ha emocionado! Solo ver el esfuerzo, en parte militante de un servicio y en parte de supervivencia, del bibliotecario y la ilusión expectante de los niños nos ofrece el lado constructivo del ser humano. Qué fantástico potenciar el interés en la lectura, la salida de la ignorancia -la ignorancia es la verdadera fuente del mal- y las posibilidades que se les pueden abrir a nuevas generaciones dotadas de información y cultura.
He llegado hasta aquí y me he sentido interesado. Disculpa si me he alargado. Obrigado. Saúde.