01 abril, 2013

Euro, o "DEBATE INADIÁVEL"

Antes da tão badalada entrevista eu escrevia, neste espaço, «Sócrates não é um facto isolado.»


«Marcelo dizia que "o que a televisão não mostra, não existe". Se substituirmos o "que a televisão não mostra" por "quem a televisão não mostra" o juízo permanece com a mesma mensagem, (...) O regresso de Sócrates será uma forma de impor a sua imagem e o seu discurso, e acontece em simultâneo com o regresso das imagens e dos discursos de Marques Mendes, de Jorge Coelho, de Ângelo Correia, de Bagão Félix, de Medeiros Ferreira, de Morais Sarmento, de Santana Lopes e de Francisco Louçã.»

Passado este tempo em que os comentadores comentaram até as virgulas, não me espanta que não tenham comentado a rejeição liminar que Sócrates fez, quer da saída do euro quer da renegociação da dívida. Eram exactamente 22 horas e 3 minutos, quando o afirmou. Irá como comentador voltar ao tema? Claro! e haverá coro a secundar o que disser sem, no essencial, o contradizer.

O "que" e "quem" a televisão não mostra, fará do "DEBATE INADIÁVEL" um debate quase clandestino: tal como, antes, a guerra colonial era tema proibido, hoje, a saída do euro é um debate ostracizado.... Mas há quem o vai fazendo e continuando por todo o lado:

3 comentários:

  1. Gosto de ouvir o meu vizinho Sérgio Ribeiro!

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  2. A saída do euro parece começar a ser encarada como uma inevitabilidade. Funcionará como uma desvalorização das poupanças, igual à do Chipre, mas não terá efeitos no consumo interno.
    Percebo que não se discuta. De igual modo, quando as catástrofes são anunciadas, apenas se içam avisos de alerta, mas nada se pode fazer para a evitar.
    Vêm aí dias difíceis...

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  3. Só sei que tudo isto me/nos assusta violentamente, Rogerito!

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