“um país onde se cortam as árvores para que não façam sombra aos arbustos”
"Não sei se este é o meu último espectáculo.A amargura com que vou estrear este belo texto de Nascimento Rosa – nonagésima produção da Barraca no seu trigésimo sétimo ano de trabalho ininterrupto – não é suportável nem admissível. Nenhum governo tem o direito de ser tão desproporcionado nas suas medidas e tão arbitrário nos seus fundamentos.Depois do nosso trabalho ter viajado no País, na Europa e fora dela recolhendo distinções especiais e um carinho que estes funcionários de quem depende a sobrevivência de companhias como esta estão longe de saber o que éVemos que os Comissários de Cultura que gastam na administração dos seus sumptuários gabinetes ,nas consultas jurídicas que lhes respaldem os embustes e nas embaixadas milionárias em que transportam coisa nenhuma, a grande parte do orçamento que têm para administrar e fomentar a Criação Artística, aguardam ansiosos que A Barraca dê o seu último suspiro.Estamos num país de Inveja e Histórica Mediocridade. Por que razão seria agora diferente? Desviam-se os olhos do vizinho que jáz no passeio , na pressa com que estamos de chegar ao conforto do lar.Como disse Sttau Monteiro “um país onde se cortam as árvores para que não façam sombra aos arbustos”. - Maria do Céu Guerra
Trouxe foto e texto do post editado por Carlos Fonseca, da sua página do facebook, também como forma de me penitenciar do facto de ter publicado, há dias, um poema declamado por Maria do Céu Guerra, sem me dignar a citar o nome dela. Não sei se tenho perdão...
Concordo com o que escreve esta grande artista. E que se faça ouvir a sua voz.
ResponderEliminarSaudações,
Clarisse Silva
A amargura da Céu Guerra é bem a nossa amargura... mas a pequenina luz resiste!
ResponderEliminarAbraço grande!
Sou artista na area das artes cenicas
ResponderEliminare sua postagem
é reflexiva e verdadeira.
Bela quinta-feira
e ja seguindo deixo
Bjins
Já tinha apanhado esta declaração de Maria do Céu Guerra no facebook partilhado por alguém!
ResponderEliminarÉ uma dor de alma o que estão a fazer a todos nós, um povo sem cultura é um povo acrítico!
Partilhei no facebook mais uma vez um dos teus posts, porque partilho a indignação e a dor que se abtem sobre a gente séria e trabalhadora deste país, que é o nosso apesar de tudo.
ResponderEliminarFica bem
Eles julgam que, por cortarem as árvores, vão conseguir impedir a floresta mas estão enganados.
ResponderEliminarMaria do Céu Guerra
ResponderEliminaruma mulher de corpo inteiro
a plantar para os amanhãs
ResponderEliminarAs árvores vão continuar a crescer, cada vez mais fortes!
Beijo
Laura
Tinha já lido no Fb, mas bem merece o destaque! Está tudo dito. Podia ser a nossa voz colectiva.
ResponderEliminarbjs
ResponderEliminarPalavras que fazem doer!
Lídia
Estão assim todas as companhias, todas a agonizar, uma vergonha nacional.
ResponderEliminarBeijos
É verdade.
ResponderEliminarDistinções lá fora, em países de grande desenvolvimento cultural...
Só muito depois, por cá, lhes deram uma medalhita (a ela e ao Helder).
Mas eles não precisam de medalhas..
Precisam é ter condições para trabalhar!
Um abraço!
palavras justas e que têm eco em todas as casas e locais de trabalho do nosso pequenino país...
ResponderEliminarÉ triste, mas não surpreendente. Não é este um país de "barraca"?...:(
ResponderEliminaros artistas têm outra alma...
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