Edvard Munch, Karl Johan ao Anoitecer |
Enquanto animava um debate inadiável, Sérgio Ribeiro citou. E eu fui ver o que ele tinha citado:
(...)Mas tudo cansa! Apagam-se nas frentes Os candelabros, como estrelas, pouco a pouco; Da solidão regouga um cauteleiro rouco; Tornam-se mausoléus as armações fulgentes.
«Dó da miséria!... Compaixão de mim!...» E, nas esquinas, calvo, eterno, sem repouso, Pede-me esmola um homenzinho idoso, Meu velho professor nas aulas de Latim!
(...)
Cesário Verde, extracto de "Sentimento de um Ocidental"
Adorável!
ResponderEliminarA obra... o sotaque.
Obrigada por esse deleite.
Beijos.
Eternos, estes dois; Cesário e Mário Viegas!
ResponderEliminarAbraço!
"Se eu não morresse nunca e eternamente buscasse e conseguisse a perfeição das coisas!"
ResponderEliminarCesário Verde
E que diria hoje Mário Viegas?
ResponderEliminarNão sei...mas imagino!
Abraço
O Sérgio - o Mário e o Cesário
ResponderEliminarUma bela trilogia
Boa partilha
ResponderEliminarCesário Verde, o precursor do Modernismo em Portugal que abandona os temas "nobres" e abre o poema às coisas tocáveis da vida...
Mário Viegas, o melhor dizedor de sempre, na minha opinião.
Um beijo
Pois a mim, quem me deu as primeiras lições de economia a sério, foram Sérgio Ribeiro e o falecido Blasco Hugo Fernandes. Foi muito antes do 25 de abril, era eu ainda adolescente, quando eles deram uma conferência conjunta numa das instituições culturais daqui do Porto, já não tenho a certeza de qual. Foi a primeira vez em que ouvi falar nas relações de produção, na apropriação das mais-valias, na luta de classes, etc. Nunca mais esqueci essa conferência, em que pela primeira vez abri os olhos para a realidade social e económica em Portugal e no mundo. Estou profundamente grato a Sérgio Ribeiro e a Blasco Hugo Fernandes.
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